Volume 1
Capítulo 91: Melancolia do Rei Sábio
Depois de passar tempo no Festival do Fogo em Rufk, Yuusuke retornou para Sanc Adiet no 6º dia do Calendário da Escuridão – durante o Festival d’Água. Antes de deixar a vila, eles receberam uma mensagem de Vermeer. Ele avisou eles que os rumores sobre o Deus Maligno que haviam sido espalhados pela cidade causou inquietação entre os habitantes da cidade, e logo, Yuusuke havia desmantelado seu protótipo de carro antes de chegar no distrito de classe inferior, e ao invés disso usou a troca de mapa para chegar em sua casa.
“Chegamos.” (Yuusuke)
“Bem vindos de volta, Yuusuke-sama, Sun-sama.” (Valys)
Depois de trocar cumprimentos usuais com Valys, Yuusuke foi se atualizar com seus subordinados da corps, Rasanasha e Razsha. Parecia que a corps estava em serviço durante a noite e a maioria deles estavam instáveis em seus pés pela exaustão, Isotta até estava dormindo na mesa próxima de Aisha.
“Yo, bom trabalho pessoal. Nós de algum modo conseguimos ser pegos em outra situação problemática de novo.” (Yuusuke)
“É, e desta vez parece ainda mais perigoso porque está acontecendo dentro do nosso país.” (Shaheed)
“Eu odeio isso também, mas nós não podemos parar depois de vir até aqui.” (Vermeer)
“Eu quero dizer que não é nossa culpa, mas não parece isso.” (Yuusuke)Agradecendo todos por seu trabalho duro, Yuusuke olhou para um pássaro na mesa. Naquele momento Sun saiu da cozinha, carregando uma coxa de um tipo de pássaro. Servos seguiam atrás dela com chá e alguns lanches leves. Yuusuke decidiu deixar seu esquadrão e carregou as duas garotas dormindo para o quarto de convidados. Depois de terminar de cuidar delas, ele prosseguiu para seus próprios alojamentos para tentar entender a situação atual.¹
Seus oponentes usaram o festival para espalhar ainda mais os rumores ruins sobre ele e sua corps. Para fazê-los causar mais dano, eles torceram os fatos, misturaram à eles com alguns pedacinhos de informação falsa e deixaram a imaginação das pessoas fazerem o resto.
“Eu acho que elas não podem evitar de estarem suspeitando de nós neste momento. Nós devíamos achar a fonte dos rumores imediatamente.” (Yuusuke)
“Eu ouvi sobre isso da Rasanasha, eu também concordo que é o grupo de Ivor que está por trás disso.²” (Vermeer)
“Vocês acham isso também? Vocês ouviram qualquer coisa de Violet?” (Yuusuke)
“Sua Majestade ainda parece estar ocupada com seus deveres oficiais, e eu não consigo entrar em contato com ela. Eu pedi para Hivodir nos ajudar por ora.” (Vermeer)
Se qualquer um pudesse entrar em contato com a princesa agora, era Hivodir, o mais proeminente membro do grupo de candidatos à noivo dela. Mesmo que a princesa em si não fosse capaz de se mover, mesmo que ela pudesse ordenar Kreivol à agir por ela, isso seria uma ajuda bem vinda para a situação atual.
Contudo, mesmo com a ajuda de Kreivol, o melhor que ele podia fazer era parar os rumores atuais e manter ordem dentro da mansão. A facção anti-Corps do Deus da Escuridão não era oficial e seus membros eram em sua maioria desconhecidos. Se Yuusuke tivesse pleiteado ao Rei sem qualquer informação substancial, suas reclamações teriam sido deixadas de lado como rumores infundados.
“Oh rapaz, quem sequer poderia pensar em criar uma bagunça dessas? Como as pessoas conseguem sequer levar esses boatos como fatos…?” (Fonke)
“Aristocratas com linhagens prestigiosas valorizam ranque acima de todo o resto. Não é impensável.” (Shaheed)
“Linhagens, eh. Eles servem a família real por alguns anos e ficam todos esnobes…” (Fonke)
Não era como se ele tivesse quaisquer ambições, ele não fez quaisquer demandas irracionais nem ele causou qualquer problema aos aristocratas. Honestamente, ele não fez nada que causou qualquer problema à eles – Yuusuke não podia compreender o porquê ele estava sendo mirado assim.
“É tão entediante”, resmungou Yuusuke, entendendo os meios mas completamente incapaz de entender a razão por trás de usá-los.
“Capitão, devemos perdoar a multidão raivosa?” (Fonke)
“Eu pareço um monstro para você!?” (Yuusuke)
***
O décimo primeiro dia do calendário da Escuridão.
O Festival da Liberdade havia alcançado seu clímax, no que era o dia onde metade dos habitantes da cidade haviam terminado seu último dia de trabalho antes de suas folgas, e a outra metade havia acabado, então eles queriam todos sair por uma última vez.
Numa certa sala no andar do topo do palácio, uma certa princesa rudemente bufou, desagradada depois de ouvir por um relato de seu Guarda Pessoal e Educador Apontado.
“Droga, eu fui por todo o trabalho problemático e pensei que eu finalmente podia ir brincar com Yuusuke de novo!” (Violet)
“Você não simplesmente entendeu as coisas errado?” (Kreivol)
Yuusuke estava passando pelos dados do protótipo de trem em sua tela de customização, aproveitando um copo de suco de lala azedo. O trem tinha alguns lugares que estavam quebrando frequentemente, e Yuusuke estava passando por eles para deixar sua criação mais resistente.
Enquanto o festival da liberdade era conhecido por sua atmosfera vívida e as pessoas ficando estupidamente bêbadas durante ele, mas também era conhecido por uma miríade de lutas e roubos, causados por todo mundo saindo. Os guardas da cidade estavam fazendo seu melhor para parar o último de acontecer, mas ano após ano eles simplesmente não tinham mãos o suficiente para cobrir a cidade.
Kreivol havia avisado Yuusuke e Violet, que decidiu aproveitar o festival com ele, sobre o rumor sobre o Capitão da Corps do Deus da Escuridão ser na verdade a manifestação do Deus Maligno. Yuusuke não estava muito preocupado sobre os bêbados surtando, mas ele não estava confiante que seu trem seria capaz de aguentar a multidão raivosa na caçada pelo Deus Maligno.
Yuusuke estava mantendo isso em mente e usualmente só viajava entre sua mansão e o palácio em seu trem, contudo, hoje ele havia feito uma promessa com Violet e, apesar dele não ter outra razão para visitar o palácio, ele havia relutantemente saído para a cidade para honrar isso.
“Meu pai também expressou seu apoio sobre sua questão. Ele disse que ele ouviria sua opinião sobre como recuperar sua reputação.” (Violet)
“Eu acho que Reifold teria muito mais visão para lidar com rumores.” (Yuusuke)
“Não diga, mas você não acha ele suspeito?” (Violet)
Violet sentia que ela não podia confiar em Reifold depois do incidente em Driadria, mas ela era incapaz de mudar qualquer coisa e só podia olhar para o Rei enquanto mordia seu lábio para se impedir de vocalizar suas dúvidas.
***
Rei Esvobus estava em seu quarto privado. Ele acabou de ouvir as preocupações de sua filha e soltou um suspiro doloroso no que ele afundou nas costas da cadeira.
Além disso, os rumores sobre o deus maligno também pesavam na mente dele, especialmente como havia pouco o que podia ser feito já que a fonte deles estava em algum lugar na alta nobreza do palácio, e seria terrível se ele agisse neste momento para parar ela.
Ele estava pronto para fazer vista grossa aos ataques do Marquês à reputação do Capitão da Corps do Deus da Escuridão que estava preocupando sua filha tanto, e diminuir isso como ‘ventilando emoções acumuladas’.
A verdade era, que a guerra de libertação de Rinwaal foi causada pelo Deus da Escuridão. Os oficiais do palácio chamaram por ele para assumir responsabilidade e ser demovido, dizendo que ele só tinha esta posição porque ele tinha o apoio da princesa Violet, e era natural que muitos vissem isso como uma ameaça ao balanço de poder dentro do palácio.
E ainda, a Corps havia prevalecido e até conseguiu ganhar a guerra. As circunstâncias misteriosas sob as quais a Corps do Deus da Escuridão havia prevalecido ergueram o status de Herói do capitão ainda mais alto, e era apenas natural para os oficiais do palácio formarem uma facção de oposição como uma resposta.
“Seria problemático se esses eventos causassem Yuusuke à começar a considerar a proposta de Gazzeta por causa disto.” (Esvobus)
o Rei estava perplexo sobre os possíveis resultados do incidente. Yuusuke em si não via qualquer perigo na situação. Além do mais, ele estava cercado pelos subordinados confiáveis, e ele frequentemente interagia com o povo do distrito da classe média. Os rumores eram certos de morrer antes de tarde, provavelmente sem fazer nenhum dano real à ele. O perigo real eram as suspeitas que eles podiam causar em Blue Garden e Gazzeta.
A relação de Fonclanc com Blue Garden havia acabado de aquecer e ainda haviam dúvidas pairando e desconfianças entre os países. Enquanto isso, apesar de não haverem hostilidades abertas com Gazzeta neste momento, a usurpação deles da ex-Nossentes havia claramente mostrado sua intenção em restaurar o ex-país Artless de volta à sua força.
O plano da aliança de 5 países também estava rolando, e esse plano requiriria a cooperação até entre o povo comum.
“Ahh, não tem como eu lidar com esses rumores, tem…?” (Esvobus)
“Eu acredito, que a questão de Gazzeta se resolverá mais cedo ou mais tarde, mas nossas relações com Rainha Rishause ainda não são fortes o suficiente.” (Reifold)
Rei Shinra de Gazzeta, e Rainha Rishause de Blue Garden, os dois haviam tido um relacionamento próximo desde a infância. Pouco era sabido sobre o Deus Maligno, mas ao cavar um pouco, as histórias sobre ele não eram difíceis de se achar. Porque de todas as conquistas do Capitão, havia uma chance que eles podem vir a acreditar algum dos rumores sobre suas ligações com o Deus Maligno de Desastre. Esvobus em si achava eles até que acreditáveis depois de ler apenas um pedaço do mito do Deus Maligno, espalhado por todo o mundo.
E ainda, ele havia cometido um único erro em seu julgamento – ele ligou demais sobre seus amigos e subordinados. Um inimigo, alguém de um país estrangeiro, que acreditasse nesses rumores e quisesse ganhar seu poder certamente tiraria vantagem disso caso ele ficasse ciente disso.
Outra noção que não podia ser ignorada era que a verdadeira intenção da facção anti-Corps do Deus da Escuridão era interferir com a iniciativa de Unificação dos Cinco Países da Rainha Rishause. O Rei tinha uma fraqueza similar de confiar demais em seus vassalos e não vê a possibilidade deles ficando sabendo deste plano.
“Então talvez vala a pena forçar Yuusuke num problema?” (Reifold)
“Você está me dizendo para usá-lo como um rei? Não é meu estilo jogar assim.³” (Esvobus)
Esvobus recusou direto a sugestão de Reifold. Contudo, mesmo que ele recusasse a proposta, ele estava bem ciente que era tarde demais para parar o que havia entrado em movimento, Yuusuke podia ser usado para ganhar segurança do mundo inteiro.
“Você não é ganancioso, eh?” (Reifold)
“Eu sou ganancioso o suficiente, mas ainda eu falto com ambição.” (Esvobus)
O Rei repetidamente caçoou da palavras que Zeshald havia lhe dito uma vez. Reifold deu de ombros. As feras malignas estavam causando mais e mais dano ao reino e isso era a questão mais urgente no momento. E um número de questões era ainda outro problema…
“Ah, o rosto sorridente de minha filha me curaria de todas minhas preocupações…” (Esvobus)
“Eu acho que você só veria o rosto mal-humorado dela neste momento.” (Reifold)
“Não, eu acho que o rosto mal-humorado dela também é fofo de certo modo.” (Esvobus)
“…” (Reifold)
Reifold soltou um sorriso amargo pelas falas bobas e incompreensíveis de pai do Rei.
Nota(s):
1 – Eu não faço ideia do motivo de ter um pássaro assim, até o Baka estranhou, colocando interrogações nessa parte…
2 – Sinceramente, eu já desisti de nomear o Marquês – Ivor, Ivors; Vordat, Voldat, Voldart… eu vou pelo que achar que está certo, preguiça de ir checar como coloquei nos outros capítulos.
3 – Esse rei é do Shogi, que é basicamente um xadrez oriental mais complexo… enfim, a ideia é peça de jogo, peão, só que mais importante.