Volume 9
Capítulo 318: Interlúdio: Jofre e Elise naquele momento
No profundo subterrâneo abaixo do Monte Landau. Centauro estava trotando em frente. Mas o local tornou-se um labirinto, por isso ele não podia prosseguir em linha reta. Pelo contrário, com o tamanho de Centauro, não havia escolha a não ser voltar.
No entanto, para que Centauro protegesse sua promessa de comida ― ou melhor, para garantir que ele também pudesse receber comida no futuro ― ele forçou a ampliação do caminho estreito, em outras palavras, ele quebrou a rocha ao bater com seu corpo enquanto se movia.
Normalmente, seria impossível ver na escuridão, mas para Centauro, a visão era apenas um de seus sentidos para perceber comida.
Ao longo do caminho, ele tropeçou em um ninho de kobold e estava prestes a ser atacado, mas derrotou todos eles com golpes corporais.
Em essência, o burro era capaz de andar mesmo no escuro, como se estivesse dando um passeio durante o dia em uma rua qualquer.
E então, nas profundezas do monte Landau.
Havia uma luz.
Os dois aventureiros estavam usando a ferramenta mágica emissora de luz chamada lanterna mágica feita com cristais aglomerados com poder mágico ― cristais mágicos que emitiam uma luz fraca.
― Não há nenhum dragão, Elise.
― Não há nenhum dragão, Jofre.
Aqueles dois aventureiros eram Jofre e Elise.
Eles vieram ao Monte Landau para derrotar o dragão.
Contudo, devido à complicada estrutura da caverna, eles haviam evitado o amplo espaço onde o dragão morava e também os ninhos de kobold, e acabaram neste local.
— Hmm? Ó, veja, não é o Centauro?
— Hmm? Ó, é o Centauro.
— Há quanto tempo!
— Há quanto tempo!
Os dois abraçaram o burro.
Centauro ignorou o abraço enquanto lambia o musgo que crescia no chão como se fosse comê-lo.
Ichinojo pediu que o burro descesse a montanha com Jofre e Elise. Mas essa localização atual já estava abaixo do sopé da montanha ― como o ponto estava abaixo do solo, ele acreditou ter cumprido sua promessa.
Se forçados a descer ainda mais daquele lugar, as únicas opções seriam os lagos subterrâneos à esquerda e à direita, mas o musgo ali era extremamente delicioso, então o burro não se moveu.
― A propósito, Elise. Isso é aquilo, não é?
― Sim, eu também estou curiosa. Isso é mesmo aquilo, né?
― A coisa que a Daijiro-san pediu, certo?
― A coisa que Daijiro-san pediu, né?
Jofre e Elise o iluminaram com a lanterna mágica.
Havia um enorme fóssil de dragão lá.
Jofre e Elise foram instruídos a levar o chifre do enorme fóssil de lagarto que dormia nesta montanha.
― É mesmo um lagarto enorme, não é?
― É mesmo um lagarto enorme, né?
― É maior que o Peixe-Lagarto, certo?
― É maior que o Peixe-Lagarto, né?
Jofre pegou um dos dois chifres.
Assim, Jofre e Elise guardaram o item em sua bolsa.
― Dragões são maiores que isso, não são?
― Dragões são maiores que isso, né?
Para os dois, o termo “dragões” se referira ao Rei Dragão que eles viram cobrindo o céu de Ferruit¹. Eles não conheciam outros dragões.
Aliás, eles também viram Wyverns, mas Wyverns e Dragões eram tecnicamente tipos diferentes de monstros, por isso não eram considerados dragões.
Por estarem usando o Rei Dragão como padrão, eles sentiram que mesmo esse enorme dragão, que era muito maior que o dragão ancião, era pequeno em comparação.
Daijiro explicou a eles inúmeras vezes, mas ela não pôde mudar a percepção deles, assim, no fim, ela ordenou que eles coletassem um chifre de lagarto.
Dessa forma, os dois coletaram com segurança um chifre de dragão em vez de um chifre de lagarto, porém...
― Onde fica a saída?
― Onde fica a entrada?
Seria preciso um pouco de tempo até que os dois saíssem da caverna.
Nota
[1] Eventos do capítulo 106.