Volume 9
Capítulo 296: Panqueca
Minha celebração por passar nos exames de Joalheiro terminaram.
A sopa de arroz de tartaruga estava realmente deliciosa.
— Certo, farei algo como agradecimento.
Eu disse e pedi a todas que esperassem um pouco enquanto eu preparava os ingredientes na casa de madeira.
Depois de preparar farinha, açúcar, leite, manteiga e ovo, comecei a cozinhar.
— Mestre, ajudarei a fazer o merengue.
— Ah, obrigado.
Sheena Nº3 fez merengue a partir da clara do ovo.
Imaginei que teria que tolerar um método caótico de cozinhar, transformando a mão dela em um batedor, mas ela na verdade derramou toda a clara do ovo em sua boca e começou a balançar a cabeça em alta velocidade.
— Que diabos você está fazendo?
— Hnennnn.
Ela estava com a boca fechada, então eu não sabia o que ela estava tentando dizer, mas Sheena Nº3 cuspiu merengue pronto de sua boca.
Batendo em sua boca... bem, o interior da boca também era uma máquina e ela se lavava todos os dias, então devia estar tudo limpo.
… espero que ninguém tenha visto isso.
Acho que vou usar isso depois de aplicar o Limpar.
Misturei os ingredientes restantes em quantidades apropriadas.
Então peguei o gerador de energia e uma placa quente para juntar tudo.
— Ichinojo-sama, o que é isso?
— Esta é uma ferramenta para aquecer a placa de metal — Criar Óleo.
Apliquei óleo na chapa quente com o Criar Óleo e derramei a massa que fiz.
— Isto é pão?
— Parecido, mas diferente. É panqueca.
Respondi à pergunta de Rarael enquanto fazia panquecas para presenteá-las.
— !!! É tão saboroso! Isso é delicioso Ichinojo-sama.
Rarael comeu seguindo Pionia e Neete e comentou com sinceridade.
— Entendo. Elas são feitas com ingredientes do Meu Mundo, então ensinarei a vocês a forma para fazê-las da próxima vez. Afinal, é muito simples.
Não usei fermento em pó porque não sabia como fazer esse ingrediente a partir do que pude reunir no Meu mundo.
Embora eu pudesse conseguir se lesse com atenção o livro de culinária que Miri trouxe do Japão.
— Um item tão delicioso pode ser feito com facilidade?
É, isso é fácil…?
Mas seria necessário um grande número de ovos para compensar o número de pessoas que tínhamos e as galinhas à disposição agora deviam ser insuficientes.
Fazer manteiga com leite de Sugyu também seria trabalhoso.
— Desculpe, preparar os ingredientes pode ser difícil.
— Não, não é muito problema se puder ser feito com os ingredientes deste mundo. Esperamos poder fazer Ichinojo-sama provar a panqueca feita por nós um dia.
— Obrigado.
Agradeci e fiz um grande número de panquecas para elas.
Independentemente de serem Elfas-Negras ou Hume, parecia que as garotas sempre amariam panquecas.
Aliás, só me lembrei que troquei meu trabalho de Chef ao ar Livre para Joalheiro depois de terminar de fazer panquecas para todas.
Assim, a festa do guisado de tartaruga destinada a comemorar minha aprovação terminou. Havia algumas panquecas sobrando, mas não havia muitas e eu as deixei com Pionia para que isso não se transformasse em uma briga.
Dado seu interesse pela comida, ela provavelmente lidaria com isso às escondidas.
Me voluntariei para lavar a louça também. As Elfas-Negras disseram que elas fariam isso, mas eu poderia terminar em um instante com o Limpar, então acabei fazendo isso. Neete ajudou a limpar. Porque ela ainda tinha que ser punida de forma severa pela fronha do travesseiro de abraço.
Aliás, ela estava usando o uniforme de camareira, que foi o primeiro traje que vestiu depois que nasceu.
Ela normalmente usava roupas de camareira para uso diário, mas esse devia ser o uso mais adequado dela até o momento.
Quando estávamos prestes a terminar a limpeza, Pionia voltou depois de enterrar o lixo nos campos.
— Mestre, minha tarefa está completa.
— Bom trabalho. Limpar.
Ela não parecia suja de relance, mas eu limpei seu corpo inteiro com o Limpar.
Pionia se curvou para mim com seu rosto inexpressivo.
Embora elas tivessem o mesmo rosto inexpressivo, eu poderia dizer quando Haru estava feliz com seu rabo balançando, mas eu não sabia o que Pionia estava pensando.
— Posso emprestar Neete por um tempo?
— Hmm? Há outras tarefas?
— Afirmativo. Atender nossa visitante.
— Visitante? Quem?
— A Deusa Minerva veio nos visitar.
— Minerva-sama!?
Deixei a louça e limpei Neete e meu corpo antes de ir para onde Minerva-sama estava.
Uma linda mulher de cabelos pretos e compridos derramava algo em um lavatório.
— Uaaa! Minerva-sama, pare, pare! O que você está planejando fazer?
— … você sabia que gás venenoso será produzido quando você mistura dois tipos de detergentes? Gostaria de saber se posso morrer confortavelmente com isso.
Minerva-sama parecia ter retirado detergente da minha bolsa de itens por conta própria e derramou dois tipos no lavatório.
Porém…
— Erm, eu não acho que nenhum gás venenoso será produzido se você misturar o mesmo tipo de detergente.
Eu não tinha muita certeza, mas acreditava que o gás venenoso só era produzido quando você misturava com alvejante clorado.
De qualquer maneira, mesmo que o gás venenoso fosse produzido, estávamos ao ar livre, assim, isso não seria perigoso.
Talvez ela tenha lido minha mente (Deusa-samas podiam ler mentes), Minerva-sama parou de fazer o que estava fazendo.
— Acho que estava enganada.
Não, você não estava enganada.
Ela era a Deusa da Medicina, afinal.
— Ara? Eu sou um fracasso como Deusa da Medicina.
... eu sabia que elas podiam ler mentes. Por favor, pare de ler minha mente.
— Mesmo no beisebol profissional, existem quartos rebatedores que não conseguem um home run, certo? É a mesma coisa.
Por favor, não use esse exemplo. Achei que existiam muitos jogadores de beisebol que se encaixavam nessa descrição.
— Minerva-sama, preparamos chá e doces ali. Por favor...
Pionia disse e gesticulou para o terraço ao lado da casa de madeira que ela preparou sem que eu notasse — sério, quando ela preparou isso? Isso não estava lá esta manhã! Tudo bem, eu conduzi Minerva-sama.
Panqueca foi servida com o chá.
— É saboroso... não tenho permissão para fazer minha própria comida, de modo que só posso contar com outras pessoas cozinhando para mim dessa forma.
Eu pensei comigo mesmo que era algo esperado que Minerva-sama não tivesse permissão de fazer comida, em vez de não conseguir fazer comida.
Neete serviu o chá em silêncio.
Eu só estava pensando que ela estava fazendo um trabalho que se adequava ao seu traje, mas agora ela atualizou minha impressão em apenas alguns minutos.
— Pionia-chan fez esta panqueca?
— Negativo. Esta panqueca foi feita pelo Mestre.
— Eh? É isso mesmo, Suke-kun?
— Suke-kun!? Hã? Ah, sim.
Essa foi a primeira vez que fui chamado de Suke-kun.
— O curry estava bom, a panqueca também, Suke-kun gosta de cozinhar? Você quer se tornar meu chef particular?
— Eu respeitosamente recuso.
Eu ficaria perturbado se ela tentasse cometer suicídio toda vez que ela falhasse na cozinhava — em situações normais, ficaria honrado em aceitar, mas recusei seu convite.