Volume 8

Capítulo 256: Para a guilda dos mercenários

— Obrigado por seu trabalho duro.

— Yo, bom trabalho.

O mesmo guarda esteve de guarda o tempo todo sem mudar de camisa.

— Hmm? Que lança é essa?

— Lança... ? Ah, esqueci que estava carregando isso.

Era a Lança do Escorpião que foi deixada pelo chefão.

Ó, verdade, o guarda era um Aprendiz de Lanceiro.

Ele estava segurando uma lança de bronze e ele me contou muitas informações.

Muito bem, não faria sentido eu ficar com ela, então imaginei que poderia dar a arma para ele.

— Erm, isto foi deixado pelo chefão e você pode usar ela se quiser.

— Eh? Mas...

— Isto tem o efeito de infligir paralisia durante os ataques. Sinto que seria perfeito para um guarda usa-la, não concorda? Eu ficaria muito grato se isto pudesse ajudar mesmo que só um pouco para manter a segurança.

— … nesse caso, vou recebe-la com gratidão. Quando soldados recebem mercadorias, temos uma obrigação de relatar para nossos superiores, então vou preparar um relatório. Se meu superior a tomar… espero que ele não faça isso.

— Hahaha… se ele ficar com a lança, você deve obedientemente entregar para ele e usar isso para melhorar sua carreira.

Eu não tinha mesmo muita experiência nisso, já que só tinha experiência trabalhando com meio período.

Na verdade, quando estava trabalhando em tempo parcial em um restaurante familiar, foi meu superior quem me disse para valorizar meu tempo livre.

A situação provavelmente mudaria se eu me tornasse um empregado de tempo integral.

— A propósito, desejo me tornar um mercenário, mas para onde devo ir para fazer isso?

— Ah, você quer virar um mercenário? Nesse caso, você deve caminhar em linha reta por esta estrada três horas depois dos sinos da manhã do próximo dia. Você deve conseguir encontrar o lugar na mesma hora, mesmo sem saber a localização exata. Como você pôde derrotar o chefão deste labirinto por conta própria, acredito que você se tornará um grande mercenário. Aliás, não se esqueça de levar sua arma.

— Entendido, muitíssimo obrigado.

Me curvei para o guarda e parti após perguntar a ele a localização de uma estalagem.

Assim, limpei a sujeira da travessia do deserto e da investigação do labirinto com Limpar e segui para a estalagem.

Na manhã seguinte.

Eu logo entendi o significado por trás das palavras do guarda de que eu poderia reconhecer a Guilda dos Mercenários sem dificuldades.

Homens robustos estavam caminhando para a mesma direção e essa era a direção que a tia do mercado me indicou, portanto, eu podia dizer para onde seguir com apenas um olhar.

Cerca de 50 homens esperando se tornar mercenários estavam alinhados, dessa forma, me juntei ao final da fila.

Talvez todos eles ouviram que só precisariam fazer um simples teste para serem contratados como mercenários.

Por algum motivo, havia um ar de nervosismo e impaciência.

No fim...

— Não fure a fila!

— Quê! Este era o meu lugar!

— Não minta, você nunca esteve aqui!

Ouvi vozes da frente da fila e inconscientemente falhei em conter minha gargalhada.

Bem, não sei se o jovem homem na verdade furou a fila, ou se isto era devido a péssima organização da mesma, ou se ele estava certo e o outro homem começou uma briga.

Não era algo para se orgulhar, mas eu estava acostumado a me alinhar assim.

Esperar por minha vez para uma entrevista de emprego; haveria cadeiras preparadas para entrevistas, mas aquele senso de nervosismo era o mesmo das pessoas esperando por seus números na Guilda dos Mercenários. Bem, esse era o resultado de falhar em conseguir um emprego cem vezes, então isso não era algo para se orgulhar.

— Yo, parceiro. Você parece relaxado.

O homem de meia-idade (cerca de 40 anos de idade?) com um moicano falso esperando na minha frente falou.

— Hmm? Ah, bem, estou acostumado com testes e entrevistas como essas... apesar do motivo ser ter falhado nelas.

— Hahaha, entendo. A propósito, o companheiro é um espadachim?

— Eu sou bom com uma espada. E quanto a você... ah, Usuário de Machado?

— Pode apostar. Sou capaz de matar qualquer monstro com um único golpe contanto que tenha este machado.

— Tão confiável.

Mas o emprego dele era Lenhador.

Tentei investigar o emprego do homem.

Lenhador: Lv17.

Bom, um Lenhador teria a habilidade Equipar Machado assim que passasse de level e seria capaz de usá-lo, mas um monstro se movendo era completamente diferente de uma árvore parada. Se o emprego dele era Lenhador, ele não seria capaz de se tornar um Aventureiro, mas olhando para as pessoas na fila, pude perceber que havia muitos com empregos de não combatente.

É claro que mesmo entre empregos de não combatentes, há alguns que são mais fortes do que empregos de combatentes que estão em um nível menor e há habilidades para não combatentes que podem ser usadas em lutas.

Por exemplo, ao usar a habilidade Manipulação de Fios do emprego de Pescador de Linha, seria possível atacar com fio de aço.

A propósito, falando de empregos de combate, não havia ninguém com emprego de criminoso, tais como Ladrão, Bandido e Pirata.

— Ei, você sabe que tipo de entrevista e testes vamos ter?

— O teste é o mesmo para todos, com exceção dos magos. Se somos capazes de danificar de forma eficiente um boneco de madeira. O conteúdo da entrevista seria baseado nos resultados do teste.

Boneco de madeira, hum. Com certeza, com um alvo de madeira estacionário, até um Lenhador passaria; não, usar um machado que tem poder destrutivo surpreendente parecia mais vantajoso.

Devo comprar uma boa arma ao invés de usar minha espada de aço? Não, eles estão em guerra no momento, então os preços das armas devem ter disparado e uma loja de armas não deve vender boas espadas. Mesmo que elas vendam, ela deve ter um preço muito exorbitante.

— A propósito, temos permissão para usar qualquer arma?

— Sim. Já que a arma que você carrega tem um critério no teste. O país não pode nem mesmo fornecer armas para seus soldados, quanto mais para mercenários. Mesmo se um espadachim habilidoso seja contratado como um mercenário, ele ainda será inútil se só tiver uma espada desgastada.

— Entendo…

Este cara é muito informado. Devo chamar ele de versão masculina da Carol? Pensei comigo mesmo, mas decidi não usar o nome fofo de Carol em um homem de meia-idade musculoso só pela conveniência.

Entretanto, fiz a pergunta que estava com dificuldade de fazer.

— Por que você planeja se tornar um mercenário?

— Hmm, deixe-me ver. Você acha que podemos vencer esta guerra?

— Er…

Eles provavelmente enfrentarão uma derrota esmagadora. A escala das forças era muito diferente.

Também havia rumores de uma porção dos soldados do país fugindo.

— Entendo apenas pela falta de uma resposta. Esta guerra não será vencida por métodos normais. Por isso, decidi me tornar um mercenário.

— Eu não entendi como você chegou a essa conclusão.

— Soldados serão mais inúteis quando a guerra parecer mais provável de ser perdida. Deixando de lado os nobres, que têm seus próprios territórios e cavaleiros, haverá soldados que foram contratados e fugirão quando o país estiver em perigo. Quando o país enfrenta uma falta de mão de obra, mas não tem escolha além de continuar a guerra, a única escolha será contratar mercenários. É por isso que o país está gastando tanto dinheiro na contratação de mercenários. E assim, mesmo que a guerra seja perdida, ou se a guerra chegar a um cessar-fogo ou a uma trégua, houve casos em que mercenários que obtiveram conquistas na guerra receberam títulos de cavalaria. Há história de mercenários que salvaram a vida de um grande aristocrata do país e recebeu território em troca. Mesmo sem isso, o adiantamento é uma quantia considerável.

Entendo, era oferta e demanda. Quando a demanda por um produto era alta, mas havia pouco em estoque, o preço do produto iria disparar. No caso deste país, esse produto era: poder militar.

Em outras palavras, o país estava desesperado com a necessidade de pessoas capazes de lutar.

Isso significava que eu seria capaz de passar, mesmo se minha identidade fosse um pouco incerta.

— Obrigado por me ensinar tudo isto.

Agradeci o Lenhador de meia-idade e me virei para olhar para a frente da fila. Parecia que quatro pessoas na frente da construção entraram. A propósito, os dois que estavam brigando pareciam ter finalmente chegado a uma conclusão e o jovem homem que tentou furar a fila se posicionou atrás de mim de modo obediente.

A espera continuou, mas eu estava feliz por dentro.

Independente de meu emprego, tinha um certificado falso como um Aprendiz de Espadachim que Miri me fez enquanto minha habilidade com a espada era a de um Santo da Espada. Havia algumas pessoas com empregos de não combatente entre os candidatos a mercenário na fila.

Em outras palavras, não tinha como eu falhar neste teste.

Contanto que eu não estrague tudo na entrevista mais tarde.

Minha sorte como profissional por fim vai mudar para melhor?



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