Volume 8
Capítulo 237: O convite do Conde Paul
“Eu imaginei uma casa parecida com um castelo, mas ela não é tão grande.”
Bom, era um prédio com três andares e o terreno ao redor era enorme.
No momento que chegamos na mansão do Conde Paul, fomos diretamente levados para o banho.
Entretanto, não era um banho com uma banheira, mas um banho de fonte termal, do tipo onde você vestia roupas de banho para entrar.
Eu não precisava disso já que tinha o Limpar… a propósito, eu tenho uma fonte termal dentro do Meu Mundo, então eu não precisava fazer isso, mas Suzuki estava recomendando o banho dizendo que ele era ótimo, assim, no fim, eu decidi entrar sem recusar.
Eu estava neste momento seguindo a rota BL com Suzuki? Eu estava um pouco preocupado, mas, bom, Suzuki tinha três garotas fofas.
Além disso, se eu excluísse Haru, eu também tinha muitas garotas que não poderia tocar, então nós acabamos tendo uma conversa animada sobre este assunto.
Nossas roupas foram levadas para lavar, dessa forma, eles nos prepararam roupas de dormir e nos pediram para passar uma noite no local.
Naturalmente, em quartos separados.
No dia seguinte, uma camareira trouxe minhas roupas.
Não apenas eles a dobraram perfeitamente, como todas as manchas nas roupas também foram removidas.
Eu comecei com esse tópico no momento que fui para o quarto de Suzuki.
— Eu acho que eles usaram o feitiço Limpar.
Entendo, Magia Cotidiana era rara, mas isso não significava que não havia ninguém que pudesse usa-la.
Ele mencionou que as pessoas que têm Magia Cotidiana II são capazes de trabalhar em castelos e não seria estranho ver pessoas com Magia Cotidiana I, que podiam ser encontrados com mais facilidade, trabalhando para famílias nobres.
Nós seguimos na direção da sala de audiências.
Eu imaginei um quarto com pelo menos três degraus e uma cadeira em forma de trono quando ouvi que essa era uma sala de audiências, mas era apenas uma sala regular de recepção.
— Kusunoki-kun, você por acaso está nervoso?
— O contrário, por quê? Você não está nervoso? Um Conde está em um nível mais alto do que o pai de Oregeru.
— Oregeru… quem?
— Um nobre que queria comprar Haru… bem, ele não era exatamente um cara ruim.
Embora ele fosse um imprudente que tentou algo como levar Carol, uma Tentadora, para dentro de um Labirinto.
— Não se preocupe, Conde Paul é um cara agradável. Além disso, ele é meu atual empregador.
— Eu também veria Suzuki como uma existência nobre se você falasse dessa forma, então pare com isso.
Eu disse e encarei o chá.
Isto… está tudo bem beber isto? Ou eu devo beber só após obter a permissão do Conde?
— Se acalme Kusunoki-kun. Você não acha divertido pensar nisso como uma entrevista para um emprego de meio período? Você já participou de uma, não participou?
— Entendo, estou acostumado com entrevistas… ha!?
Eu inconscientemente me levantei.
— Os fundamentos de uma entrevista. Eu quebrei a regra determinada… não sentar sem obter a permissão do entrevistador. Isto é ruim, isto é ruim.
Eu disse isso e me levantei para ficar perto da porta.
É cortesia esperar ao lado da cadeira até o entrevistador chegar.
Este era o momento em que o exame começava.
— Suzuki, qual é a ideologia do Conde Paul? Ajudará se você souber sobre o time de beisebol favorito dele.
— Se acalme, não há times de beisebol neste mundo.
Oh, isso mesmo… eu falei sobre beisebol quando estava sendo entrevistado na sede de uma companhia em Osaka¹ e pensei que o entrevistador era um fá dos Tigers, mas ele na verdade era um fã dos Giants e essa se tornou minha história de fracasso para minha 52º entrevista. Estou feliz por não existirem times de beisebol neste mundo.
— Erm, a ideologia dele seria que os nobres devem trabalhar por seus súditos e os súditos devem trabalhar pelo país? Eu me lembro dele dizer que nobres devem trabalhar para ajudar os cidadãos a ajudarem a nação e que isso deve ser feito atrás das cenas.
— Entendo… esta é uma empresa espetacular.
— Acalme-se, isto não é uma empresa.
Oh, é verdade, isto não é uma empresa.
Mas eu ainda me sentia nervoso.
O nervosismo que eu estava sentindo me fez lembrar das memórias de minhas cem falhas consecutivas.
Assim que esse pensamento veio a minha mente…
— Me desculpem pela espera… oo, Suzuki-dono! Você está bem. Nesse caso, você é Ichinojo-dono? Não apenas você ajudou a capturar o grupo de contrabandistas, você até derrotou o Elefante Demônio que estava assolando esta ilha por muitos anos. Eu sou sinceramente grato. Obrigado.
O homem que apareceu disse e se curvou.
Eh? Esta pessoa é o Conde Paul?
Ele era muito mais modesto do que eu esperava. Ele é mesmo um nobre?
Nobre: Lv42
Ele era mesmo um nobre… e um de nível bem alto.
Eh? Os Nobres abaixam suas cabeças tão facilmente?
— Subjugar o Elefante Demônio tem sido o desejo mais profundo desta ilha. Dez anos atrás, três mil soldados se reuniram e embarcaram para derrotar o monstro, porém, sem nem mencionar a subjugação, eles foram incapazes de ferir o inimigo de qualquer forma e pagaram por isso com um enorme número de sacrifícios. E desta vez, apenas vocês dois concretizaram esse feito.
— Conde Paul, ele basicamente realizou a subjugação do Elefante Demônio por conta própria. Eu não fui nada além de um suporte.
— Suzuki-dono é genuinamente humilde. Em primeiro lugar, eu espero que vocês dois aceitem isto.
Eu recebi uma pequena bolsa.
Dentro havia dez moedas de prata… mil sense, huh?
Hn, isso era meio que pouco…
Não, eu acho que era muito incrível ganhar 100.000 ienes² em um dia.
— Dez moedas de prata sagrada, está mesmo tudo bem receber isso?
— Sim, está sim. Os cidadãos também irão entender.
Suzuki perguntou com surpresa e Conde Paul assentiu com a cabeça.
Tamanho exagero.
Se é este o caso, teria sido muito mais lucrativo desmantelar o Elefante Demônio e vender o marfim… hn?
— Moeda de prata sagrada? Não moedas de prata?
— Você está enganado. Moeda de prata sagrada é feita com Prata Sagrada… em outras palavras, uma moeda feita de mithril³. Elas são moedas que você normalmente não encontra em circulação, mas elas valem cem vezes mais do que uma moeda de ouro… você entende se eu colocar dessa forma?
— Cem vezes mais do que uma moeda de ouro?
Uma moeda de ouro valia 10.000 sense, ou um milhão de ienes⁴.
Nesse caso, cem vezes isso, cem milhões… e dez delas… um bilhão de ienes⁵!?
Eh? Um bilhão!?
Essa era uma quantia de dinheiro que nunca imaginei obter, a menos que eu ganhasse na loteria.
— Is-isso não é demais?
— Está tudo bem. Meu país precisa gastar três milhões de sense em pedras mágicas por ano para manter a barreira que sela o Elefante Demônio. Agora, nós não precisamos mais dela. Pensando dessa forma, vamos recuperar esta quantia em sete anos.
Essa foi uma conversão de escalas grandiosas.
Bom, eu acho que um nobre com um território deve ser capaz de ganhar algo como isto, não é?
— Aliás, Ichinojo-dono. Eu desejo conceder o título de Barão⁶ a você. Você aceitaria isso?
— … quê?
Barão?
Isso significa que eu me tornarei um nobre?
Em outras palavras, eu mudaria de emprego de Desempregado para Nobre?
Notas:
1 – Osaka é uma cidade japonesa localizada na província de mesmo nome. Com uma população estimada em 2.649.601 habitantes (em 2010) é a terceira cidade mais populosa do Japão, atrás somente de Yokohama e da capital, Tóquio. Localiza-se em região de Kansai, no sul da ilha de Honshu. Forma com as cidades periféricas de Kobe e Kyoto (e respectivas regiões metropolitanas) uma aglomeração urbana de 17,4 milhões de habitantes. Originalmente fundada durante a Era Edo, está entre as cidades mais antigas do país, havendo vestígios de palácios imperiais desde o século IV, incluindo o mundialmente famoso Ōsaka-jō (ou “Castelo de Osaka”, em tradução para o português), erguido no século XVI e um dos mais importantes símbolos da cidade;
2 – R$ 3.445,26 (cotação do dia 24/01/2019);
3 – Mithril é a chamada Prata dos Anões do mundo inventado por J. R. R. Tolkien. Nas obras deste autor, Mithril é um metal mais valioso do que o ouro. É valioso devido à sua raridade, ao seu brilho, ao peso incrivelmente leve e à resistência imensa. A sua cor é azulada;
4 – R$ 34.441,31 (cotação do dia 24/01/2019);
5 – R$ 34.441.313,20 (cotação do dia 24/01/2019);
6 – Barão é um título nobiliárquico da baixa nobreza existente em muitas monarquias, sendo imediatamente inferior a Visconde e superior a Baronete ou a Senhor. É o primeiro título nobiliárquico que não pode ser utilizado em repúblicas.