Volume 1
Prólogo
Nos primeiros tempos, quando o Criador, um ser imaterial e poderoso, criou o universo, entre várias galáxias e planetas Ele fez um grande mundo — Arbidabliu.
Dotado de grandes poderes e riquezas, com componentes fundamentais para a sustentação da vida.
Com a conclusão da “Natureza”, seres vivos da terra; água e céu; de planta a animal; de pequeno a grande. O Criador, mais conhecido como Senhor dos Mundos, fez três seres para auxilia-lo em Arbidabliu.
Três seres divinos na Sua semelhança, seres materiais e imortais, denominados “Electi” — Os escolhidos por Deus — junto com eles, o Senhor dos Mundos criou em abundancia outros seres semelhantes, “Humanos”, seres com capacidade de aprender tudo que for criado e proporcionado, seres excepcionais, mas mortais.
Durante séculos todos viveram em paz e prosperidade com o Senhor dos Mundos, ensinando os Electi, e assim os três orientaram o mundo para viver com honra e lealdade uns com os outros.
Muito tempo depois, aos 800 anos de vida de Arbidabliu, o Senhor dos Mundos — se ausentou — deixando os três Electi no controle, para que continuassem com o “Desejo de Deus”, fazendo um mundo de bem e de vida plena.
Porém, esses “deuses”, durante duzentos anos após a — saída — do Criador, começaram a adquirir maldades em suas mentes, pecados que afetavam uns aos outros, e, em um conflito sem motivos concretos, fizeram Arbidabliu cair em desgraça e caos.
Quanto mais os três brigavam, mais o planeta padecia, e antes de o mundo completar mil anos, um dos três tomou consciência do mal que estava acontecendo e, como solução, sacrificou-se junto com os outros dois para curar o mundo, sacrificando o sangue divino e espirituoso que lhes foi dado para salvar Arbidabliu.
Durante um ano após esse sacrifício, o mundo paralisou, curando-se voltando à paz que era em seus primórdios. Os salvadores, assim chamados pelo ato de consciência, sumiram em um mito de que se tornaram uma Orbe de sangue, uma relíquia contendo o poder e o “Desejo de Deus”, o Amor.
Este sentimento com o tempo começou a ser definido de várias formas, tendo cada uma delas uma definição diferente do que é amor e amar, com alguns impondo regras para tê-lo ou fazê-lo.
Com os sacrifícios desses primeiros Electi, outros surgiram — doze novos seres divinos — para ajudar a humanidade a seguir em frente. Esses Electi criaram e fizeram novas raças, outros seres extraordinários e diversos para viverem e prosperarem junto com Arbidabliu.
Algumas batalhas e controvérsias foram feitas, guerras, doenças, e o próprio tempo deu fim a algumas raças, causando a extinção ou quase eliminação da raça.
Um grupo de humanos treinou e se tornou poderoso, contendo uma guerra global chamada Guerra-D e extinguindo uma raça estranha criada por acaso para a destruição de tudo que Deus criou.
Esses heróis mandaram uma mensagem boa para o mundo lembrando os primeiros Electi. Eles foram chamados de — Os Imortais —, pois seus nomes e ações marcam tudo e a todos.
Vilas e pequenas cidades conseguiram prosperar se tornando grandes cidades, países e até impérios, tendo pouca intriga entre eles, uma paz que com o tempo é fragilizada com a ganancia e rumores ruins do passado.
Em Arbidabliu, entre tantas ilhas populosas, existe uma em especial, o Grande Continente, que é o maior em tamanho, população, variedade de raças e em risco de guerra.
Todo Ano-Novo os líderes do Grande Continente se reúnem para promover paz, negociando e planejando suas atividades para que não tenha conflito de interesses, guerras ou mortes de inocentes.
Em torno do ano de 1570, novos Electi foram criados, deixando os antigos mortais para que vivam uma vida comum depois de representarem Deus por séculos. Esses novos foram inspirados nas dez luas que rodeiam Arbidabliu; dez luas, dez Electi que fizeram suas heráldicas como elementos que acharam atraentes e convenientes para si, sendo eles Ar, Trovão, Terra, Planta, Água, Gelo, Fogo, Luz, Trevas e Tempo.
Nos tempos atuais há um diálogo hostil entre seres com um grande grau de influência:
— Por que você está me incomodando com isso?
— Você ainda pergunta? Você é uma mulher inútil pedindo para morrer.
— Como ousa?
— Como você ousa! Você viu o que você fez?
— Fiz o que era necessário…
— Necessário? Você os mandou para a morte só para descobrir um plano óbvio do Império de Cristal e, não contente com isso, iniciou mais uma missão suicida mandando…
— Sacrifícios são necessários, veja o exemplo dos primeiros Electi.
— Sacrifício? Estranho, pois não vejo você sacrificar nada.
— Não ligo e não me importo. Pena que nem todos são “maravilhosos” como você, não?
— Não sabe o que está dizendo.
— Chega!… Se vai me matar, faça logo.
— Como eu quero isso… Mas tenho mais o que fazer, tentar consertar o que você iniciou… Mas te garanto, no nosso próximo encontro eu vou dar um fim nisso. Você vai pagar por todas as vidas que mandou para a morte.
— Se você sobreviver até lá.
— Sou um homem de palavra… E tenho certeza de que nos veremos de novo.