Volume 1

Capítulo 2: Eu sai da Montanha e... estou em uma floresta

Uma montanha no centro do maior continente do mundo em que ninguém nunca pisou. De fato, nenhuma pessoa se atreve a se aproximar dela. Em uma certa altitude, o clima sofrerá mudanças muito rápidas, dessa forma é impossível para os humanos a escalarem. Nem mesmo uma pequena pegada permanecerá neste lugar onde desastres naturais fazem parte da rotina. Além disso, esta montanha é um lugar onde as criaturas conhecidas como monstros vivem.

Há um sistema de classificação na sociedade humana para diferenciar os monstros. Os ranks, do mais alto para o mais baixo, são: S, A, B, C, D, E, F. E aqui neste lugar você pode encontrar facilmente monstros de rank S. Falando sobre a força de um monstro de rank S, é um nível onde Cavaleiros de Elite de grande poder seriam eliminados facilmente em uma luta, ou, de alguma forma, eles seriam capazes de repelir os monstros com grandes sacrifícios. De fato, eles estão em um nível onde humanos não são capazes de fazer nada. Como desastres naturais.

Entretanto, o rank máximo S é algo que as pessoas arbitrariamente decidiram. Para dizer a verdade, nesta montanha também existem monstros que excedem até mesmo o rank S. É exatamente por isso que esta montanha se tornou uma espécie de tabu para as pessoas.


A floresta é formada por árvores enormes. Elas são tão altas que a luz do Sol não consegue chegar ao chão. Devido a isso, é difícil ver o que está a sua frente. Enquanto eu pensava em quão grande a floresta é, eu andava e descansava enquanto comia nozes e frutas que encontrava.

Delícia...

Bem, falando sobre essas nozes e frutas, se elas são deliciosas ou não... eu me atrevo a dizer que elas são incríveis. Particularmente a que tem uma cor que me lembra veneno é muito, muito deliciosa.

Honestamente, posso dizer que esta fruta e a noz são mesmo venenosas. Eu posso distinguir isso até certo ponto. Provavelmente... porque nos últimos dois anos eu não pude comer nada decente, eu adquiri algum tipo estranho de resistência como resultado...

Claro que quando eu estava vivendo na montanha só conseguia comer carne de monstro!?

Eu colocava qualquer coisa na minha boca para poder sobreviver... embora eu tenha sobrevivido, foi muito difícil no começo... eu vomitei, meu estômago doía, fiquei com o corpo dormente, tive alucinações, febre a minha temperatura corporal despencou. Eu estive em uma condição bem instável antes de me acostumar a isso...

Eu estou me saindo bem para sobreviver... eu tenho trabalhado duro...

Comparado com o que eu comi até agora, mesmo esta noz comum é muito deliciosa! Há um monte delas, mas vamos comer uma por vez!

Munch, munch, munch.

Mesmo não tendo problemas para caminhar na floresta sozinho, meu coração ainda bate incontrolavelmente quando penso em encontrar alguém. Eu me pergunto se correrá tudo bem... eu me pergunto se eu serei capaz de falar apropriadamente... será que tem algum problema com a minha aparência?

Uma vez eu estava fazendo uma faca pequena com um osso afiado de um monstro para cortar meu cabelo. Minhas roupas são feitas de peles de monstros. Eu as lavei corretamente no rio então não tem nenhum cheiro nelas. Não há nada para se preocupar. Depois de tudo, a primeira impressão é a que fica.

AaaaaAaaaaUuuuuu

Isso é mal... eu estou animado demais e não consigo me acalmar.

Vamos ver. Eu tenho que ter a aparência adequada aos olhos dos outros... prestar atenção no meu tom para não ser rude... hmmm? Como eu posso começar uma conversa mesmo? Primeiro o cumprimento... e depois a apresentação... então um pouco de conversa fiada... depois disso... depois disso... o que eu tenho que falar mesmo? Não consigo conversar sobre os eventos do mundo porque eu me isolei na montanha por dois anos.

O que eu deveria fazer... eu consigo ver o meu eu do futuro perdido no meio de uma conversa.

Primeiro, vamos conseguir informações escutando as pessoas ao redor. Vamos fazer parecer que eu vim do outro lado do país... não há problema com dinheiro... desde que o dinheiro que eu trouxe quando fugi de casa continue inteiro, eu devo ter umas dez moedas de prata....

Eu não estou chorando okay...

É uma quantia razoável de dinheiro que qualquer cidadão comum teria!

É toda a fortuna que eu guardei antes de deixar a capital Imperial!

Porém, quando considero minha vida futura, não tenho escolha a não ser ir para casa porque eu não tenho mais ninguém com quem eu possa contar... tanto tempo depois huh...

Eu ganhei um pouco de poder de quando eu vivi na montanha. Caso seja preciso, eu posso apenas me registar como um Aventureiro e viver uma vida simplória com o dinheiro que eu ganhar de pedidos de baixo rank, algo como coletar ervas talvez... não muitos, mas eu também gostaria de fazer um amigo. Eu não quero me encontrar com meus amigos da Cidade Imperial nunca mais... ser capaz de dividir um conto tolo com meu novo amigo, esse tipo de vida seria...

Enquanto eu estava perdido em pensamentos, uma flecha voou de longe e acertou a fruta na minha mão magnificamente.

OooooOpss‼

Eu não estava consciente antes. Eu pensei que não teria tempo para desviar da flecha, por isso ei tentei pegá-la. Eu esqueci que minha mão estava segurando uma fruta, graças a isso a flecha ficou presa na fruta desse jeito.

Da direção de onde a flecha voadora veio, um pouco mais longe, de alguma maneira eu vi a figura de uma pessoa olhando na minha direção. Pensando bem, seria impossível para uma flecha voar por conta própria.

De novo meu coração está palpitando.

Depois de dois anos, a oportunidade para falar com pessoas chegou... Yo-Yosh! Aqui vou eu!!

Sem me preocupar com as flechas que voaram na minha direção antes, eu andei direto para aquele lugar. Pouco depois eu percebi que havia mais do que uma pessoa lá. Oh! De repente eu vou conhecer tantas pessoas... eu estou em desvantagem aqui. Eu não posso dar uma resposta quando eles falaram comigo ao mesmo tempo... eu devo recuar?

Liberte a criança‼!

Solte a arma e se renda se você não quiser se machucar!!!

No momento em que eu ouvi as vozes deles eu joguei as frutas e as nozes da minha mão e comecei a correr.



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