A Garota que Comeu a Morte Japonesa

Tradução: Apollo

Revisão: Edge


Volume Único – Primeira Parte

Capitulo 3: Feijões Torrados são uma Delícia

Castelo de Antigua, Portão dos Fundos

Um único soldado, verificando a situação da vizinhança, acenou com sua mão e chamou seu companheiro.
O guarda que devia ser o porteiro, neste momento, deu um sinal com um leve Balançar de sua cabeça e pegou uma chave.
Não era a chave para os portões rígidos e fechados do castelo. Era para um portão de ferro pequeno e robusto construído próximo.
Era um pequeno portão que era proibido abrir, a não ser em circunstâncias complicadas. O guarda, sobrecarregado com o dever de proteger este mesmo portão, abriu-o para os soldados que decidiram escapar.

Este porteiro havia conspirado com o Exército da Libertação e foi apontado com o dever secreto de reduzir a moral e oferecer seus serviços gentis aos desertores. Esta era uma cena que já se repetia muitas vezes. O sistema de guarda dentro do castelo era bastante lento. Esta noite não havia nada acontecendo e deveria ter terminado como de costume, com ele fazendo vista grossa para os soldados desertando.

— … Então, para que vocês não sejam encontrados pelos vigias, agachem-se e avancem. Em uma casa em ruinas, nas profundezas da floresta nortenha, há um contato esperando. Aqui está um mapa até lá. Quando ele não for mais necessário, tenham certeza de destruí-lo.

Quando o porteiro lhes entregou o mapa, um homem o pegou e deu uma olhada.

— …. Foi mal. Você nos salvou.

— Além disso, dê esses documentos para o cara que está esperando.

O conspirador pegou um envelope com os documentos.

— Tudo bem. Entendi.

— A vigilância é fraca, mas sejam cautelosos o suficien...

— Vocês aí, o que está acontecendo?

— …!

No meio da entrega dos documentos, uma voz inadequada para a ocasião falou para os homens. Embora eles sentissem que seus corações parariam, o porteiro e os desertores se viraram para aquela direção.

— Se não estou enganada, vocês eram do Décimo Primeiro Pelotão da Infantaria, creio eu. Onde vocês vão, carregando esse tipo de bagagem? Me pergunto se vocês também vão dar um passeio para ver as estrelas?

— Você é… do Décimo Terceiro Pelotão da Infantaria…

— … Ei, espere. É apenas ela.

O ainda muito jovem que estava em uma postura como se estivesse pronto para puxar sua espada a qualquer momento, ao ver que era Shera, deu um grande suspiro de alívio. Ele estava aliviado, já que ela deixaria eles irem.

O porteiro não relaxou seu olhar vigilante. Se ela falasse alto demais, ele planejava matá-la. Tudo estaria acabado se ela fizesse uma algazarra.

— Segunda Tenente Temporária Shera.

— Ahhh, o garoto que tinha um trabalho irritante jogou a posição para ela. O “Temporário” não é banal?

— Isso se tornou um assunto em outros pelotões também. Quanto tempo ela tem para viver, eles dizem. Ela também se tornou um alvo de algumas apostas.

— … Mais importante, o que está acontecendo?

Perguntou Shera, sorrindo enquanto colocava sua grande foice em seu ombro.

— Não é óbvio? Estamos fugindo da merda do exército. Todos querem estar no lado vitorioso, certo? Rumores dizem que o Império se juntará em breve. Desse jeito, teremos uma morte de cão.

— Nós nos juntaremos ao Exército da Libertação da Capital Real. Ouvi dizer que se pode ganhar muito dinheiro. Desculpe, mas não tenho a intenção de morrer pelo Reino.

— Todos os membros do grupo concordaram. Nós temos armas apropriadas de presente e comida. Provavelmente não seremos tratados mal.

O homem que parecia ser o líder, com sua mão, bateu na bolsa em suas costas com um ‘puf’. Shera, que ouvia a resposta deles, assentiu várias vezes ao ter compreendido a situação.

— Entendo. Bem então, aqui é onde nos despedimos.

— … Quer vir conosco? Você vai simplesmente morrer em algum lugar desse jeito.

— E-Ei.

Um dos desertores retorquiu espontaneamente. Ele estava preocupado que fardos alheios aumentariam.

— Não podemos simplesmente deixá-la desse jeito… ela é uma testemunha de nosso crime. Ei, você não se importa se trouxermos mais uma pessoa, certo?

O porteiro franziu a testa quando o Líder do Pelotão perguntou, mas como não havia jeito, ele assentiu com a cabeça.

— Isso não estava no plano, mas não há outro jeito. Matar mulheres e crianças é inquietante, como pode se esperar. Porém, apenas você. Você não pode chamar nenhum outro membro de seu grupo.

— Isso aí. Você vem, não é? Nós, como peixinhos, com certeza não temos obrigação para com um exército como este.

— … Eu acho. Então estarei indo junto. Provavelmente será pouco tempo, mas cuidem de mim.

Com um sorriso brilhante e doce, Shera expressou seu consentimento. Os homens assentiram e eles escaparam silenciosamente pelo portão.

— Deserção era um crime grave. Se exposto aos militares, argumentar seria inútil: pena de morte.

Os desertores sufocaram sua respiração e se apressaram para a Floresta enquanto pressionavam seus corpos na grama. Não havia nada mais difícil do que se mover com bagagem pesada, mas não podiam ficar com as mãos vazias.
Shera também tinha sua grande foice e ela não era diferente dos homens.

— Ei, Srta. Segunda Tenente Temporária Shera, o que acha de jogar isso fora, essa gigantesca e estranha foice? Isso não é um pé no saco?

— Sem isso, não posso lutar.

Shera esfregou gentilmente o cabo de sua foice. O homem, ainda chocado, sussurrou:

— Nossa. Tudo bem. Vou deixar você carregar essa foice, já que você quer. Você não vê a pArt difícil. Quando chegarmos no Exército da Libertação, se apresse e volte para sua vila. Não vai fazer diferença para mim.

— Vou manter isso em consideração.

— Líder do Pelotão! Não é por lá?

Um dos membros do grupo relatou enquanto abria o mapa para confirmar a posição atual deles. Havia uma grande árvore com um X marcado nela para servir como marcação. Embora estivesse escuro e eles não conseguissem ver bem, trinta passos à frente deles, com certeza havia uma única e grande árvore se destacando entre as mais pequenas.

Os soldados desertores começaram a caminhar silenciosamente, visando sua árvore marcada enquanto tentavam não fazer barulho.
Eles haviam gradualmente atingido o ponto mais distante da vigilância dos soldados do Reino. Mas eles não baixaram a guarda até o fim. Esta era a única coisa que tinham aprendido com as forças armadas; era a chave da sobrevivência.

— … Certamente, esta marca parece ser feita por um humano. Então viramos à esquerda aqui?

— Sim. Muito provavelmente é este caminho, eu acho. Há algum tipo de rastro de animal.

— Apenas ao redor dali há algumas pegadas randômicas deixadas para trás. Parece que chegaremos se seguirmos elas.

— Apesar de o inimigo conduzir suas operações tão minuciosamente, eles não perceberam. Que maravilha. As cabeças de nossos líderes estão vazias?

Murmurou o Líder do Pelotão enquanto tocava a grande árvore com sua mão. Todo os membros do grupo concordaram.

— Posso imaginar o porquê de nosso ataque surpresa foi descoberto, heh.

— Nossa decisão de escapar foi perfeita. Para ter escolhido a opção correta no último momento, somos homens abençoados. Se eu chegar em casa, vou rezar para as Estrelas. Este é o favor de Deus para nós, devotos.

— Viva o Deus Estrela.

— Viva!

Esses homens deixaram famílias para trás. Eles não queriam morrer em vão, ter uma morte de cão. Mesmo que eles fossem chamados de traidores, sobrevivência era tudo. Este pensamento compulsivo era compartilhado por todos.

Shera estava alegremente olhando para a cena de um local levemente distante deles, tudo isso enquanto brincava com sua amada foice pendurada em seu ombro. A propósito, seu estômago estava vazio e ela jogou em sua boca os feijões assados em conserva que ela estava carregando consigo. Os feijões, desta vez, eram apenas um pouco salgados. Não eram bons, mas também parecia que não era ruim.

— Tudo bem. Nossa pausa terminou. Vamos rasgar o mapa e enterrá-lo. Promessa é promessa. Não deixar traços para trás.

— Entendido!

— Ei, Shera. Não fique apenas comendo esses feijões, nos ajude um pouco.

Um membro do grupo reclamou com Shera, que estava mastigando vagarosamente seus feijões. Ao invés de responder, ela golpeou com a ponta da grande foice e fez um pequeno buraco.

— Então essa foice é uma substituta para enxada? Se você chegar em casa, tenha certeza de ajudar seus pais. Enquanto eles viverem, dê a eles o respeito apropriado.

Ele disse com um tom tocado e de pregação enquanto virava seu olhar na direção de Shera.

O mapa foi rasgado, colocado no buraco e, então, violentamente coberto com terra. Eles pisaram no solo com suas botas militares. Eles lidaram com isso de uma forma para não deixar qualquer vestígio. Um “Isso já está bom” sinalizou o fim para todos.

— Se eu sentir vontade.

— Comece a colocar um pouco de esforço e sinta vontade.

— Tudo bem. A propósito, você é meu Pai?

— Eu tenho um filho bonito esperando por mim em casa. Me desculpe, mas não posso ser seu pai. Vá encontrar alguém legal com seu próprio poder.

— Muito lamentável.

Enquanto tinham essa conversa frívola, Shera tentou imaginar seus pais que existiam antes. Porém, ela não conseguia encontrar nenhuma memória. No entanto, ela não achava isso nem um pouco lamentável. Seu ódio para com o Exército da Libertação da Capital Real era fato. As lembranças de sua aldeia destruída eram fatos. No entanto, ela não conseguiu lembrar dos rostos das pessoas que deveriam ter estado lá. Ela não achou isso triste. O que ela conseguiu lembrar que era triste, era apenas aquela sensação mortal de fome.

— Sim. A única coisa que ela se lembrava era aquela sensação enlouquecedora de fome.

Shera jogou silenciosamente o último feijão em sua boca. Ela o esmagou violentamente e não prestou atenção ao seu sabor.

***

Exército da Libertação, Corpo de Inteligência

Uma casa dissimulada e em ruínas.
Normalmente, apenas os batedores usariam esse ponto, mas esta noite, um único comandante do Exército da Libertação, o Coronel Voleur, estava visitando uma inspeção diante do inimigo. Voleur era um oficial militar sênior enviado do exército do Império como reforço.
Ele tinha um físico alto e seus músculos estavam saltando. O gênio militar com o qual ele nasceu tinha sido habitualmente temperado e depois polido.
Sua habilidade com a lança foi reconhecida como distinta, mesmo entre todo o Império. Como instrutor de lanceiros, ele também atuou como instrutor do Segundo Príncipe, Julius, o segundo em comando. Sua força e vigor eram amados pelos soldados, e ele também possuía talento como comandante.

— Muito bem, continue sua tarefa durante a noite. Eu venho para verificar a situação com o Castelo de Antigua com meus próprios olhos.

— Coronel, Vossa Excelência não precisava vir. A situação aqui é a mesma de costume…. Por favor, use isto.

— Eu vou.

Um batedor entregou uma luneta a Voleur. Esse equipamento mágico tinha um encantamento especial sobre ele que poderia projetar cenários através das lentes, como se fosse dia. Era uma tecnologia escavada de uma certa Cidade Labirinto. Era um item autorizado a ser mantido apenas por oficiais comissionados e ligados ao Corpo de Inteligência do Exército.

— Vejo tudo através das lentes. ‘Isso é uma armadilha para diminuir nossos guardas? ’ Por favor, dê uma olhada para a torre principal lá.

Voleur virou a luneta na direção que o membro do Corpo de Inteligência apontou. Dentro das paredes da muralha, havia uma torre evidentemente conspícua. Certamente, uma torre de vigia que costumava descobrir o inimigo. No entanto, o vigia estava encostado na parede sem um único movimento.

— … O vigia está dormindo no trabalho. A disciplina decaiu?

Voleur murmurou com um tom espantado enquanto verificava o estado dos afazeres do Castelo de Antigua pela luneta.

— É muito raro haver um vigia que leva sua posição a sério. Enquanto estamos mantendo uma sensação de tensão, está ficando bastante difícil.

— No entanto, absolutamente não seja negligente. O inimigo também deve ter alguém incrivelmente nítido. O Reino não teria durado até hoje de outra forma.

Voleur entregou a luneta ao batedor e deu um aviso.

— Ordens entendidas, Coronel Voleur… algo tropeçou em nosso cordão. Irei confirmar imediatamente.

O cordão especial de aviso foi desenvolvido de acordo com tecnologia mágica do Império, e ele foi uniformemente colocado em volta do perímetro da casa em ruinas. Um subordinado utilizou uma luneta e foi identificar o tal algo.

— … Eles parecem ser desertores mencionados por um contato. Eles estão em dez. Não, onze. Há uma pessoa a mais do que aquilo indicado pelo contato.

— Houveram pessoas que desertaram antes também. Neste momento crítico, esses caras também estão decidindo isso. Depois de lhes fazer as perguntas habituais, leve-os à sede do Exército da Libertação. Não se esqueça de pegar os documentos do espião.

— Entendido.

— … O Corpo de Inteligência está guiando os desertores?

Voleur perguntou enquanto esfregava seu queixo.

— Sim. Ordens de nosso estratégico, devemos agir para pressionar mais o colapso interior. O número de desertores já ultrapassou mil. Dos traidores, recebemos contato, até mesmo foram aqueles que chegaram a uma patente superior depois de terem começado a partir do fundo……. De qualquer forma, os frutos de nossos esforços devem ser evidentes.

Havia muitas pessoas que mantinham animosidade em relação ao Reino. Tinha sido fácil trabalhar para tirar proveito deles. As pessoas que naturalmente vieram a vender o Reino não eram poucas.

— … Então é isso. Então o Reino começou a apodrecer por dentro.

— Sim. É exatamente como você disse.

Uma árvore gigante poderia ter uma aparência imponente por fora, mas poderia estar completamente decomposta por dentro. Mesmo se nada fosse feito a ela, ela murcharia miseravelmente e seu colapso seria apenas questão de tempo. Nesse caso, o Corpo de Inteligência estava responsável pelo dever de acelerar esse processo.

— Eu gostaria de perguntar aos desertores sobre a situação interna. Você se importa?

— … Não concordo muito. Não há como esses homens jurarem lealdade à princesa. Como eles são, eles fugiram por causa de sua insatisfação. Estou dizendo isso apenas por dizer.

O membro do Corpo de Inteligência avisou, mas Voleur Balançou sua cabeça para os lados, dizendo que não havia o que temer.

— “E se formos atacados sorrateiramente pelos desertores”? Também sou um homem que leva isso em consideração. Eu terei que pedir que você me deixe perguntar a eles sobre a informação, quero ouvir em primeira mão.

—… Entendido. Porém, deixe que nós te acompanhemos. Se algo acontecer ao Coronel, nós seremos os responsáveis.

Quando o membro do grupo deu um sorriso, Voleur riu secamente.

— Hehehe, quando você tem um subordinado com um forte senso de responsabilidade, é bastante problemático.

— Quando alguém tem um oficial superior forte e desejado, existem vários problemas.

Voleur saiu do pequeno galpão, e os membros do Corpo de Inteligência em espera seguiram atrás dele.

***

— Sou o Coronel Voleur, membro do Batalhão de Lealdade do Império do Exército da Libertação da Capital Real. Vocês são as pessoas que vieram do Castelo de Antigua?

— S-sim. Isso mesmo! Fugimos do castelo para nos juntarmos ao Exército da Libertação liderado pela Princesa Alturia! D-de agora em diante, gastaremos nossas vidas e lutaremos pelo Exército da Libertação da Capital Real!

Descaradamente mentiu o líder de pelotão.
Voleur sabia disso, mas ele assentiu solenemente com a cabeça. Afinal, no que diz respeito a um único soldado privado, as guerras de hegemonia eram apenas esse tipo de coisa.

— … Ok. Nós damos as boas-vindas à chegada dos companheiros de pensamento igual. Daqui em diante, sob o Exército da Libertação, eu gostaria que você exercesse sua força livremente.

— Senhor-!

O líder do pelotão e o resto dos soldados se curvaram respeitosamente. Voleur olhou os rostos de todos, um a um.

Mas, seu olhar parou em um único soldado segurando uma arma peculiar.

— … Garota. O que é tão engraçado, você pode me dizer?

— …

— Estou te perguntando por que você tem um sorriso grudado no rosto o tempo todo.

— … Aha, Ahahaha-! O que é tão engraçado, você pergunta? Tudo, TUDO! É tão divertido, eu simplesmente não consigo evitar!

— O quê?

— Quer dizer, ‘Nós escapamos do castelo para nos juntarmos ao Exército da Libertação’! Ele disse algo assim com tanta seriedade, mas ele fugiu porque, na verdade, não queria morrer!

Shera ria enquanto segurava seu estômago, agora já não conseguia mais se segurar.
Os membros do Corpo de Inteligência à espera franziram o cenho e alcançaram suas armas pessoais. Se ela continuasse com o desrespeito, eles planejavam descartá-la imediatamente.

— E-Ei, Shera! Isso é desrespeitoso!! Pare!

O líder do pelotão estendeu sua mão para parar Shera, mas ela o afastou violentamente.

— Oh não. Como poderia um cão do exército rebelde me tocar? Você não é mais meu aliado afinal de contas.

— … E-Ei Shera!! Você está Falando sério-!!?

— Você, então você não veio para se juntar ao Exército da Libertação?

Voleur fez a pergunta. Quando intenção assassina foi liberada de Shera, esta seria a pergunta final.
Ele segurou a lança firmemente e forçou mais seu aperto.

— Não ficou claro que não vim? Todo esse negócio de se esgueirar… eu vim para caçar vocês, seus cães horrendos. Quanto maior a presa, mais cedo posso me distinguir, certo?

— Ei, Shera!! N-não, não é isso. Por favor, perdoe-a de alguma forma. E-esta pessoa é um pouco louca da cabeça.

O líder do pelotão foi implorar pela vida de Shera, mas ela o ignorou, dizendo que ele era um incômodo.

— Você poderia não tratar as pessoas como idiotas? Sendo protegido por um cão, isso prejudica meus sentimentos.

Ao ver isto, Voleur soltou um grande suspiro.

— … Então, está é sua resposta. Parece que você ficou louca por causa da vida turbulenta do exército. Agora, te darei paz.

— Por favor, pare Coronel!! Por alguém assim, nós lidaremos com ela!

— Sua preocupação não é necessária. Eu sinto um pouco de pena. Não consigo me ver levantar a mão contra uma garota de idade tão jovem, mas não há outra forma. Sua aparência já é a de um cão raivoso. Eu não consigo nem olhar.

Com um aceno de sua mão, Voleur parou os membros do Corpo de Inteligência e tomou uma posição com movimentos simples.

Depois de muitos segundos, Shera morreria. Ela não seria oponente para um homem tão grande, além disso, um Coronel do Exército da Libertação. Nada mais poderia ser feito pelos desertores. Eles ficariam implicados e morreriam com certeza. O que eles podiam fazer era apenas engolir a saliva na boca, devido à tensão e verificar os momentos finais de Shera.

Porém, Shera, apesar da preocupação deles, deu um passo à frente com uma expressão alegre.

— Fufu-, pelo bem de minha comida deliciosa…, me desculpe, mas você morreria por mim?

Ela agitou poderosamente a grande foice presa em suas mãos, seus lábios se distorceram e ela apontou sua foice para Voleur.



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