A Aurora Dourada Brasileira

Autor(a): W. Braga


Volume 1

Capitulo 1: ENUNCIADO

O eco de passos rápidos ressoava em direção a uma sala específica, prenunciando uma chegada iminente.

O rangido da porta anunciou a sua abertura, revelando a figura oculta por trás do capuz de uma capa sombria.

Com olhos atentos, essa misteriosa figura observava um antigo mapa estendido sobre uma mesa de madeira robusta, cercado por vários pergaminhos desenrolados.

Este era o mapa das lendárias Terras de Téryna, fonte de inúmeras histórias e mistérios.

Foi assim que o enigmático indivíduo decifrou os segredos inscritos no mapa e nos pergaminhos.

As Terras de Téryna, com suas densas florestas predominantemente ao norte do território, revelavam-se diante dele.

Onde percebeu que algumas dessas florestas eram encantadas, outras amaldiçoadas, como a misteriosa Floresta de Eptas, onde a luz e as sombras dançavam em harmonia, impregnada de um poder místico incomparável.

Sendo assim, teria que tentar de evitar passar por aqueles locais, como por exemplo, a floresta mencionada nos textos antigos.

Aquela era a maior e mais intrigante das florestas, e próximo a ela erguia-se o reino de Tanys, um dos mais poderosos e ricos da região.

No entanto, assim como o reino, uma aura de mistério envolvia a floresta, despertando curiosidade e temor em igual medida.   

A figura enigmática vasculhava o mapa com afinco, buscando o local exato para onde deveria se dirigir, enquanto seus dedos folheavam os antigos pergaminhos e grimórios dispostos sobre a mesa.

Reunindo todas as informações necessárias e seguindo as orientações minuciosas de sua mestra, a pessoa misteriosa se preparou rapidamente para sua missão iminente.

 

E assim, nas sombras da noite, começou uma jornada que daria origem à lenda capaz de alterar o curso da história da região, dos povos e do mundo inteiro.

 

Em Tanys, a principal cidade era Nincira, conhecida por sua arquitetura magnífica, com templos imponentes que se destacavam na cidadela.

Em um deles, um grande mestre terminava seus ensinamentos a uma linda criança. Ela absorvia cada palavra do mestre como uma esponja, ansiosa por adquirir mais conhecimento e compreender as histórias e mitos que moldavam o mundo ao seu redor.

— Essa é sua lição de hoje minha jovem aprendiza de sacerdotisa do Templo das Três Luas. — falou o grão-mestre do templo a uma sorridente criança. Ele continuou: — Você, minha pequena, ainda terá muitas aulas e terá um vasto conhecimento das histórias de nosso mundo, que usará junto ao seu dom celeste.

Ela, continuava com seu sorriso meigo e sincero na qual mostrou-se agradecida pelo ensinamento e expressava sua vontade de aprender ainda mais.

Seu dom celeste, ainda em desenvolvimento, era algo que a enchia de orgulho e responsabilidade.

Ao sair do templo das Três Luas. A criança olhou para o céu durante o dia, observava um enorme sol, com cores mescladas de laranja e amarelo. Com seu brilho forte que justificava o intenso calor nesse dia e assim mos­trava para futura sacerdotisa o poder da criação.

 

A criança agora havia crescido tanto em beleza com em sabedoria. Era uma jovem sacerdotisa de seu povo, onde habitavam o mais novo continente daquele mundo.

Durante seus anos de estudo no antigo templo, a jovem sacerdotisa absorveu inúmeros ensinamentos, incluindo a estrutura e a importância das cidadelas, as quais eram o epicentro das grandes cidades.

Cercadas por imensas e imponentes muralhas, essas cidadelas abrigavam os vastos exércitos que garantiam a segurança de seus habitantes.

Eram, sem dúvida, as capitais incontestáveis dos reinos, especialmente aquelas onde a sacerdotisa fazia seu lar.

Há grandiosa cidadela de Nincira, cercada por enorme muralha, na qual media quarenta e cinco arcovas de altura.

Essa construção defensiva cercava toda a cidadela, onde habi­tavam o povo e os nobres do reino, que viviam em harmonia e paz constantes.

Era governada pela linda e solitária rainha Andinara e a sua bela filha, a princesa Niara: de pele clara, olhos e longos cabelos negros, como os de sua mãe.

A princesa havia assumindo suas tarefas de sacerdotisa no Templo das Três Luas. Local onde eram dedi­cados a orações e adoração, à entidade celeste Ebenaris. Onde criou as três luas de acordo com os ensinamentos adquiridos.

Niara sempre que ia ao templo, para cumprir sua parte nas obrigações de sacerdotisa.

Pelo caminho, ela observava com alegria... muitos peregrinos e adoradores, pois sabia que muitos outros povos também adoravam as Três Luas.

Não era apenas isso que chamava a atenção de Niara, mas também a alegria e os sorrisos radiantes dos habitantes. Muitos a cumprimentavam com belas flores, conscientes de que ela era a filha de uma rainha de coração humilde e generoso, querida por todos no reino.

Da mesma forma, era de seu conhecimento, que outros povos cultuavam constelações, astros ou elementos naturais criados pelas Entidades Celestiais.

Durante uma de suas visitas ao templo, alguém a observava misteriosamente, cuidadosamente mantendo distância. Oculto nas sombras escuras dos becos da cidadela e assim evitava chamar a atenção para sim

Naquele dia, nada de extraordinário transcorreu. Niara recolheu-se ao seu aposento, preparando-se para o merecido descanso, enquanto antecipava em pensamento as possibilidades do dia seguinte.

Essa simples perspectiva já lhe trazia grande contentamento, levando-a a recostar sua cabeça no travesseiro com um sorriso sereno. Em breve, o sono a envolveu, acolhendo-a em seus braços com suavidade, levando-a ao mundo dos sonhos.



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