Volume 1

Capítulo 69: Perdição Azul

As pessoas observavam com terror, seus olhos dilatados refletiam o desespero azul. Suas mentes mergulhavam na confusão, enquanto testemunhavam a manifestação daquilo que até então só existia em lendas. 

O ser, ao surgir, deixou um rastro de destruição diante de si, devastando casas e vidas com precisão simétrica, sem qualquer imperfeição. Agora, empunhava uma katana, cuja lâmina era decorada com detalhes em azul, a guarda assumindo a forma de um bloco quadrado perfeitamente simétrico, enquanto o cabo era negro.

— Uma deusa? — indagou, surpreso, ao ver Mani diante dele. — Bem, não importa. Está contra mim? Ou irá lutar ao meu lado?

Ele já tinha conhecimento de que os irmãos magos seriam responsáveis por criar o portal para trazê-lo, então reconheceu os dois homens idênticos próximos como eles. E ao notar a presença da deusa ali, deduziu que talvez estivesse associada a eles.

— Não estou ao lado de ninguém. — O tom dela era arrogante, mas um sorriso enfeitava seus lábios. — No entanto, desejo ver certas pessoas sofrendo. Portanto, você está livre para fazer o que quiser…

Oh, você é uma deusa interessante. — Ele começou com um sorriso, mas de repente seus olhos se estreitaram. — Mas algo está me incomodando...

A deusa ficou confusa, sem entender o que ele queria dizer. Foi então que uma presença surgiu ao seu lado, fazendo seus olhos se arregalarem e sua boca se abrir em choque enquanto involuntariamente recuava. Era Bleu, que, como se o tempo tivesse parado e ele estivesse sussurrando em seu ouvido, disse:

— Há um fio assimétrico em seu cabelo... — Como se de repente o tempo voltasse ao normal, uma forte brisa atingiu Mani, e ao olhar para trás, o primordial azul estava lá, de costas para ela. Lentamente, ele virou o rosto por cima do ombro, com um sorriso satisfeito. — Agora sim, perfeitamente simétrico.

A deusa, ainda aturdida, desviou seu olhar para baixo, onde pôde observar o fio recém-cortado dançando no ar em direção ao solo. Foi então que ela compreendeu: aquele demônio estava em um nível completamente diferente. No entanto, ao invés de sentir medo, um sorriso malicioso curvou seus lábios, expondo seus caninos, enquanto seus olhos semicerravam.

— Esplêndido... — Sua expressão sinistra foi direcionada a Dalian. — Você realmente trouxe um primordial.

Dalian, ao lado de Delilian, permaneceu atônito, testemunhando aquelas demonstrações de poder com um brilho nos olhos vilanescos. Enquanto sua visão vagueava, ele notava os rostos apavorados tanto da população quanto dos soldados ao redor.

Haha! Isso é maravilhoso! — Ele avançou imediatamente em direção a Bleu. — Você é incrível! Um verdadeiro demônio, digno do título primordial!

Bleu ouviu o tagarelar daquela formiga falando mais do que deveria atrás dele, mas como eram elogios, ele se sentiu orgulhoso e permitiu que o outro continuasse.

— Me chamo Dalian, e eu-

— Não tenho interesse nos nomes de humanos ou de qualquer outro ser tão fraco — Para um demônio que valorizava a força acima de tudo, os nomes das criaturas consideradas fracas eram insignificantes. No entanto, ele reconheceu aquele homem, então foi direto ao ponto: — Mas sei quem você é. Vamos direto ao assunto, onde estão meus alvos?

A mera presença daquele ser alterava a pressão do ar. Dalian lutava para permanecer consciente em sua proximidade. Todos os seus instintos, forjados ao longo de milênios pela evolução humana para detectar situações de vida ou morte, gritavam para que ele fugisse. Mas, enquanto seu corpo clamava por isso, sua mente permanecia calma, e sua determinação era mais forte do que o medo, sua língua tão afiada quanto uma faca.

— Eles estão em Lidenfel. Um deles emana uma aura que os demônios conhecem bem e... odeiam...

Ao ouvir isso, virou-se para Dalian, com as sobrancelhas arqueadas, e então ergueu a cabeça, tentando discernir as auras mais poderosas presentes no território nórdico. Entre as milhares que tinham um significativo poder, uma se destacava das demais como uma estrela em um universo vazio, brilhando e ofuscando tudo ao redor.

— Um deus... não... — Suas pálpebras caíram, sua mente se esvaziou, seus sentidos aguçaram, permitindo-lhe decifrar a quem pertencia aquela aura. — Um deus reencarnado, mas ele não está no controle do corpo…

— Sua divindade é como a minha — informou Mani, aproximando-se. — Mas, no fim, ele é só alguém que se considera algo superior neste mundo, um orgulhoso, prepotente.

Dalian, ao lado de Bleu, lançou-lhe um olhar irônico. Afinal, alguém que era exatamente assim, era ela mesma. No entanto, para evitar perder a cabeça, decidiu manter a boca fechada.

— Suas opiniões sobre alguém não me interessam — Ele começou a caminhar. — Vou apenas cumprir o que me foi pedido.

À medida que avançava, dois relevos começaram a se formar em suas costas por baixo do kimono azul. Quando o tecido havia se esticado ao máximo, duas asas de penas azuis emergiram, desdobrando-se em todo o seu esplendor. 

Elas começaram a bater em perfeita sincronia, aumentando sua velocidade gradualmente, e com isso, o primordial começou a sentir seus pés perdendo o contato com o solo. Ao seu redor, a ventania causada pelas asas levantava poeira, e assim ele alçou voo. Sem se despedir se pôs a voar em direção a Lidenfel.

— Lá se foi ele — comentou Dalian, observando uma pena soltar-se da asa e cair no solo. — Também vou partir.

— Vamos voltar para Reven, irmão? — questionou Delilian, aproximando-se.

Dalian caminhou até onde a pena havia pousado, abaixou-se e a pegou, girando-a entre os dedos. Em seguida, voltou para junto de seu irmão com um sorriso no rosto.

— Sim, já cumprimos nossos planos no norte — Ele andou até ficar lado a lado com a deusa. — Espero que você também alcance suas ambições, Mani.

Ela cruzou os braços, com uma expressão séria. Não era como se ela precisasse da torcida de relés humanos. Então, saltou e começou a pairar no ar. Diferentemente dos demônios ou anjos, os deuses não precisavam de asas para voar. Virou-se para ele com uma expressão severa.

— Espero que você cumpra sua parte do acordo — Ela ia partir, mas antes olhou por cima do ombro, com os olhos estreitos, e ameaçou: — Afinal, você ainda quer viver muitos anos, não é?

Assim, ela se lançou ao ar, voando para longe. Dalian observou sua partida e sorriu, confiante.

— Claro, senhorita deusa... claro... — Ele então se aproximou de seu irmão e tocou seu ombro. — Vamos? Está na hora.

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A barreira acabara de ser erguida no topo de Lidenfel, e os ataques mágicos cessaram. Uma paz momentânea pairou sobre os protetores das muralhas.

Alaric estava sentado em cima de um barril com Gideon à sua frente, ambos sobre as muralhas.

— Quando formos atacar, você virá junto, Gi? — perguntou Alaric, genuinamente curioso.

— Por que eu não iria? — respondeu Gideon, enquanto seu olhar buscava a Escolion em sua bainha. — Tenho que assumir o controle da minha própria vida.

Alaric sentiu orgulho ao ouvir isso. Seu irmão sempre foi alguém que estava pronto para agir. Um sorriso iluminou seu rosto, mas logo desapareceu, substituído por uma expressão séria, enquanto ele colocava carinhosamente a mão no ombro de Gideon.

— Você está pronto para matar? Em uma batalha, é isso que pode acontecer...

Ao escutar, seu olhar que já estava caído em direção a bainha, não se elevou, enves disso, fixou-se em seus sapatos. Suas mãos, anteriormente soltas, cerraram-se. No fim, ele realmente não sabia se estava preparado para aquilo.

— Não sei... — Seu olhar ergueu-se para encontrar o do irmão, buscando consolo ou respostas.

— Em uma batalha, hesitação traz morte. — Mas, em vez do que esperava, recebeu um puxão de orelha. — Mas relaxa, sempre estarei lá para te proteger.

Alaric deu dois tapinhas no ombro dele e saltou do barril. Gideon sorriu, confiante de que seu irmão sempre o protegeria. No entanto, em um piscar de olhos, sua mente vagou e ele se perguntou: E se Alaric não estiver lá? E se ele estiver em perigo? Sua hesitação colocava todos que amava em risco.

Alaric estava prestes a partir para pensar em estratégias, quando notou que os homens nas muralhas estavam voltando seus olhares para o céu, alguns apontando. Curioso, ele fez o mesmo e, lá em cima, avistou uma silhueta, com uma forte presença de azul.

— O que é aquilo? — indagou, apontando para o objeto estranho.

Gideon franziu o cenho enquanto observava, tentando decifrar o que viam. Em um instante, a silhueta subiu até onde a vista alcançava e desceu como um meteoro, soltando fumaça e irradiando fogo. Em questão de segundos, chocou-se com a barreira, fazendo toda a cidade estremecer e diversas rachaduras se espalharem pelo escudo, quebrando-o em seguida.

— Merda! — Alaric virou-se para Gideon com urgência. — Chame Aldebaram!

— Alaric! — Como um raio, aquilo passou à frente deles, levando seu irmão consigo. — Droga!

O jovem não compreendeu o que estava acontecendo; em questão de instantes, perdeu o contato com o solo. Sentiu suas costas sendo pressionadas e, ao tentar entender o que estava acontecendo, avistou apenas os braços de pele vermelha que o seguravam.

Bleu elevou-se até o céu e arremessou o corpo de Alaric em direção ao solo. Enquanto caía, pôde observar o sorriso convencido do demônio. Rapidamente, invocou suas espadas de luz e conseguiu amortecer sua queda.

— Você aparece do nada, nem me oferece um café — As espadas começaram a pairar ao seu redor. — E já quer me levar para dar uma volta pelo céu?

Bleu, flutuando no ar, observava-o com perplexidade. Ele estava diante de um primordial e agia tão calmamente. Então, lembrou-se das palavras de Mani: "Arrogante e prepotente, não é? Interessante..."

— Você tem uma aura poderosa, apesar dessa aparência fraca. — Em um instante, sua mão vazia foi agraciada com sua katana.

Alaric ouviu e abriu um sorriso convencido. Agora, ele estava no meio da planície, com o exército de Estudenfel de um lado e a muralha do outro, onde seu irmão Gideon observava apreensivo.

— Me chama de fraco, mas quem está voando no céu como um covarde é você — quando se tratava de provocação, Alaric sempre se destacava.

E Bleu, que nunca foi paciente, caiu na provocação, cerrando os dentes e estreitando o olhar, voou rapidamente na direção do jovem.

Quando ele se aproximou do jovem, Alaric saltou para o lado, revelando uma surpresa para Bleu: uma espada com a ponta direcionada para ele, que antes estava oculta sob seu corpo. Quando o corpo do primordial chocou-se com o chão, uma nuvem de poeira ergueu-se, obscurecendo sua silhueta.

— Que truque idiota... — Saindo da poeira com a espada cravada em seu peito, estava Bleu, que parecia não se importar. Logo a retirou de qualquer jeito e a devolveu para Alaric. — Típico de fracos…

"Ele nem se importou?" Alaric observava perplexo enquanto o demônio parecia não se importar com o ferimento. Logo, a lesão se fechou como se nunca tivesse existido, uma regeneração divina, ou melhor, demoníaca.

Agarrando uma de suas espadas, Alaric assumiu uma posição defensiva. Em um instante, avançou, e o primordial não hesitou em contra-atacar. Os dois colidiram em um poderoso embate no campo verde, resultando em um choque que lançou Alaric para trás.

Bleu não demonstrou piedade. Com o jovem ainda no ar, ele saltou e seu corpo pairou sobre Alaric. Com um impulso repentino, desferiu um chute direto no estômago dele, alterando sua trajetória e o enviando de volta ao solo.

Uma grande nuvem de poeira ergueu-se mais uma vez, e quando ela se dissipou, todos puderam observar o primordial de pé sobre o corpo inconsciente de Alaric, em meio de uma cratera gigantesca.

— Realmente fraco — Ele observava o corpo inerte do rapaz, que nem dava sinal de recobrar os sentidos, e notou aqueles belos cabelos vermelhos. — Mas devo te parabenizar, seus cabelos estão perfeitamente simétricos.

Bleu estava tão absorto em seus pensamentos, admirando a simetria que Alaric carregava consigo, que nem percebeu a chegada de um segundo jovem, com sangue nos olhos e Escolion em punhos.

Num golpe vertical para baixo, utilizou todo o seu corpo para aumentar a força do ataque. No entanto, em meio ao golpe, pôde ver aqueles olhos desprovidos de vida, observando-o de soslaio.

Seu coração gelou, sua alma gritou, mas infelizmente, já não havia como parar; e assim, Bleu lançou a katana para a outra mão e, num movimento displicente, como se estivesse lidando com uma criança, bateu na lâmina da Escolion. E, como Gideon, segurava a espada com firmeza, foi arremessado para trás junto a ela.

— Essa energia… — Ele observava aquele jovem, ainda com desinteresse, e notou aquele energia tão reconhecível. — Um escolhido, mas tão fraco?

O rapaz apenas se preparou para a queda, e a dor atravessou seu corpo ao colidir com o chão. Depois de alguns giros, seu corpo finalmente se aquietou. Olhando para cima, viu o céu onde nuvens flutuavam, e de repente, uma silhueta surgiu. Desarmado, Bleu mergulhou como um meteoro, sem pudor afundou o corpo daquele pobre rapaz na terra, criando uma segunda cratera nas planícies. 

Em menos de dez minutos, os dois mais poderosos presentes no local estavam inconscientes, caídos em meio às crateras, subjugados por uma força superior a qualquer coisa presente no norte.

— Ele não morreu, certo? — Ele se agachou sobre o corpo de Gideon, preocupado por ter exagerado. — Droga... se você morrer, Noir acaba comigo...

— Vamos! Temos que salvá-los! — gritavam os soldados de Lidenfel, unidos.

— Oh, droga... — Bleu ouviu os gritos e dirigiu seu olhar na direção deles. — Se vierem, pelo menos que seja em formação simétrica! Maldição!

Todos os soldados nas muralhas decidiram arriscar suas vidas por aquele que os inspirou. Do lado de Estudenfel, o esperado aconteceu, e eles também avançaram.

Os dois exércitos marchavam para um confronto sangrento, enquanto no meio deles, havia demônio primordial que não se importava com nada disso.

— Sabe, Noir me disse para não matar os garotos... — Suas asas começaram a bater e ele começou a se erguer. — Mas não disse nada sobre outras pessoas...

Com um sorriso maléfico no rosto, ele ascendeu aos céus. Seus olhos percorreram todo o campo de batalha, e sua katana começou a emanar uma aura azul, que gradualmente se intensificava.

— Padeçam — Com um simples movimento, um corte de energia azul irrompeu de sua lâmina, viajando em direção ao exército de Lidenfel. O corte cortou o ar até atingir o solo e se desdobrou, dividindo o corpo dos homens e mulheres em dois em um único golpe, tão preciso, reto e simétrico que apenas Bleu poderia realizar. — Agora, é a vez dos outros…

Ao testemunharem tal nível de destruição, os soldados de Estudenfel viram sua coragem ser substituída pelo medo. Erne ordenou a retirada de todos. No entanto, Bleu agiu da mesma forma que com os soldados de Lidenfel. Em questão de instantes, todos se tornaram nada além de cadáveres partidos ao meio.

— Dois sobreviveram? — Ele não compreendia como dois haviam escapado de seus cortes precisos, mas antes que pudesse resolver esse problema, uma dor lancinante irrompeu em sua bochecha. — Aaah!

Seu corpo foi lançado pelo céu, colidindo com o solo e deslizando entre os corpos mutilados. Ao erguer os olhos para o céu, testemunhou um homem sem armas em mãos, voando e observando-o como se fosse nada mais que a pura escória.

— Você machucou meus netos... — Ele avançou em direção a Bleu, sem medo ou hesitação. — Nunca vou te perdoar! Punho de aço!

O demônio apenas teve tempo de saltar para trás, sentindo a pressão dos punhos que abalaram o solo como um terremoto localizado.

— Quem é você!? — Ele se levantou irado, seu rosto ainda latejava.

— Seu carrasco — Dolbrian estava com uma expressão severa, seus punhos cerrados com firmeza, e num instante se lançou na direção de Bleu. — Aquele que irá arrancar sua cabeça.

O primordial lançou a katana à frente de seu corpo, o que apenas atenuou o impacto do soco que o fez voar novamente e cair sentado.

Dolbrian não recuou e avançou outra vez, enquanto Bleu se erguia para enfrentá-lo. Para aumentar a força do golpe, ele segurou a katana com ambas as mãos e a ergueu acima de sua cabeça. Assim que o ancião se aproximou de punho armado, o primordial desferiu o ataque vertical para baixo com ferocidade. 

Ao perceber que Dolbrian usaria o punho para bloquear o golpe, um sorriso prepotente surgiu em seu rosto, convicto de que partiria o punho do velho ao meio. Não podia estar mais errado, o punho tocou o fio tão afiado da lâmina, a travando e, aquela espada não conseguiu avançar um milímetro sequer em sua pele.

O primordial, perplexo, começou a usar toda sua força, seus músculos saltaram, seu olhar se fortificou, mas a katana permanecia imóvel. Seus pés começaram a deslizar, enquanto o ancião permanecia firme, como se nem estivesse aplicando esforço. Bleu não podia acreditar que estava perdendo em uma disputa de força, ele, que tanto se orgulhava de seus músculos perfeitamente simétricos.

Aproveitando o impasse da lâmina com seu punho, Dolbrian desferiu um soco no meio do estômago do primordial com o outro punho, tirando-lhe o ar e fazendo-o perder o chão.

Seus pés vacilaram enquanto ele levava a mão ao estômago. O primordial sentiu como se uma marreta de aço o atingisse diretamente com a força de um titã. Seus pulmões esvaziaram em busca de ar, e tudo o que havia digerido voltou pela garganta, sendo expelido em vômito.

— Morra! — Sem piedade por aquele que machucou seus netos, o ancião engatilhou o punho, lançando-o para trás. Com um pisão vigoroso no solo, liberou sua mão cerrada, que cortou o ar como um míssil, atingindo em cheio o rosto daquele que se considerava o mais forte.

O impacto ressoou pela planície com um estalo seco, e Bleu viu seu corpo ser lançado para trás. Sua consciência vacilou, suas mãos perderam o contato com a katana, e suas asas lutaram para impedir sua queda. Finalmente, seu corpo desabou desajeitadamente no chão, dando dois pingos antes que sua força o abandonasse por completo. No fim, aquele que era considerado um dos seres mais poderosos da existência, havia sido subjugado por alguém sem armas.

Hahaha! Quem diria... — Ele levou a mão ao rosto, que sangrava, seu nariz quebrado. — Alguém tão forte, pena que irá morrer, afinal...

Dolbrian estava confuso, observando aquele demônio falar coisas sem sentido algum. Enquanto isso, o ser começou a se levantar, com um sorriso de orelha a orelha. Ao se erguer, seu corpo parecia todo desajeitado, e então ele proferiu:

— Domínio Inerte: Vastidão Simétrica.

 



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