Volume 1
Capitulo 14: Besta alada Parte 1
Perto dali…
— Então minha energia está em vários lugares? — Eric indagou.
Sua aula havia terminado e, ao invés de ir para sua casa como de costume, decidiu pegar um caminho alternativo. Pousado em no ombro do garoto, estava uma mariposa. Possuia asas azuladas tão lindas quanto diamante, suas antenas eram finas e soltavam pequenas descargas elétricas.
— Isso, eu e Ruby detectamos sua energia em pequenos focos ao redor desta região — falou a mariposa. — Na mesma hora eu vi lhe avisar, enquanto isso, Ruby foi avisa a dama gélida.
Eric não gostou do que ouviu “Então deve ter sido isso o motivo da gema matriz ter reagido naquele dia”, pensou.
Dentro de cada núcleo de uma terra no tecido dos mundos existem uma espécie de entidade que regula as coisas naquele planeta, a Gema matriz. Cada Gema matriz é única em toda terra no tecido dos mundos, ela a defende de possíveis agressores e regula a quantidade de energia elemental que o núcleo produz.
Devido a essa natureza, a Gema matriz de uma terra, costuma ser apelida dê a alma do planeta por alguns, como também sendo objeto de adoração em algumas das terras, para Eric, A Gema matriz era semelhante a um leucócito protegendo o corpo humano.
— Em focos pequenos, como diz, seria em quantidade não nocivas? — Eric indagou.
— Bom, isso eu ainda não tenho certeza, a situação está semelhante aquando a senhora se aliviou em uma moita naquela missão com sua mãe — respondeu Sapphire.
— Não precisava ser tão específica, é porque me lembrou disso!
Novamente a situação não era algo que Eric queria ouvir, sua energia se comportava diferente das dos outros seres vivos, ela agia quase como um vírus, podendo se apossar da gema matriz de um mundo, no incidente relatado por Sapphire, se por acaso sua mãe não tivesse intervindo a tempo, sua energia usurparia núcleo daquele planeta, tomando o controle da gema matriz e, ao mesmo tempo, matando tudo ao seu redor no processo.
De repente, Eric notou algo em seu caminho. Parada ao lado de uma grande árvore estava Aisha, ela carregava seu desenho feito mais cedo, e ao notar a presença do garoto foi até perto dele.
— O que está fazendo aqui Aisha? — Eric indagou.
— Caminhado apenas — a garota respondeu.
O garoto logo notou que sua amiga parecia meio despesa, olhando para seus lados a todo momento, na mesma hora o motivo por qual ela estava assim passou por sua mente.
— Ah malandrinha… Esta aproveitando esse momento livre, para fugir do castigo do tio Oliver né.
Aisha sorriu sem jeito; É, você me pegou… Não conta para meu pai, por favor! — Ao agarrar as mãos de seu amigo, implorou. — Aliás, eu encontrei um animal muito estranho hoje.
— Como assim um animal estranho, Aisha?
— Parecia um cachorro, porem menorzinho, e seu pelo era tão branco como neve.
Eric ficou interessado nesta descoberta; poderia me dizer onde o viu.
A garotinha então apontou para os arbustos a sua volta — Foi por ali, mas acho melhor não ir atrás dele, pois ele parecia bem arisco.
Eric então dirigiu-se aonde Aisha apontou dizendo — não se preocupe, eu sei bem como lidar com animais ariscos.
Sapphire de maneira discreta pousou nas costas do garoto sem que Aisha a tivesse notado, seguido-o mata adentro.
— A descrição dada por aquela menina bate com ela, mas seria impossível, ela foi proibida por Samantha de sair do castelo até que a senhora acorde.
— É o que veremos — Eric respondeu.
O garoto caminhou alguns minutos, até para após ouvir um som a sua frente. Em meio a vegetação aberta, um lobo estava parado em uma posição defensiva.
Seus pelos eram de uma tonalidade branca, e eram tão felpudos lembrando nuvens, possuia orelhas longas e um grande focinho, entretanto não possuia um tamanho avantajado, lembrava um cachorro filhote. O animal balançava sua cauda de maneira frenética, e quando fazia isso pequenos fragmentos de gelo surgiam.
A resposta para tal coisa logo surgiu pulando de dentro da mata grande. O agressor do lobo lembrava uma aranha, contudo suas pernas eram tão longas quanto gravetos e seu corpo lembrava uma pedra redonda, com suas presas parecendo pequenas pás pontiagudas.
Eric soube o que era o agressor desde que o viu. — Um opilião — murmurou. — Ele é igual ao que estava preso a Isabela.
O opilião atacou o lobo que desviu rapidamente e, na mesma hora que desviu do ataque do aracnídeo, o lobo se engolfou em luz, mudando sua aparência animal para uma humanoide.
— É, é ela mesmo… — Suspirou Sapphire em desapontamento.
A aparência do lobo era de uma bela mulher, seus cabelos eram brancos e encaracolados ainda lembrando nuvens, ela vestia-se como uma freira, com sua coifa possuindo cor branca mesclada com azul, e sua batina era escura com pequenas manchas meio azuladas.
Em seu cóccix havia uma cauda felpuda, seus pelos longos lembravam a ponta de um pincel, balançando-a freneticamente, e em sua mão ela portava uma alabarda igual à usada por Isabela
Eric suspirou, dizendo apenas um nome. — Confiança.
Ele reconhecia aquela mulher, era a loba da geada, a besta alada da Confiança, sua filha.
O Opilião manteve uma posição defensiva em frente a besta alada, protegendo suas partes frágeis. Em um movimento rápido, ele usou suas patas dianteiras, seus pedipalpos, para criar uma descarga elétrica contra a mulher lobo.
Confiança não deu tempo da criatura completar seu ataque, criando uma estaca de gelo, na qual jogou contra o opilião. Ao ver o objeto indo até ele, a criatura tentou se evadir, mas acabou sendo atingindo pelo próprio ataque, paralisando-o.
Um liquido avermelhado bem forte jorrou do cefalotórax da criatura ao ser atingido pela estaca. Ao mesmo tempo que seu corpo esfumaçava, a criatura grito em desespero.
Griiaa!
Confiança aproximou-se da criatura que se debatia, atingindo-a com força com a lâmina de sua alabarda, o impacto fez com que o local envolta do cadáver do opilião formasse pequenas camada de gelo sobre o solo, congelando-o.
Confiança então encarou o local onde Eric observava tudo escondido. — Por quanto tempo vão ficar escondido por aí!? Saiam sequestradores! — Apontado a lamina do objeto ao esconderijo, esbravejou.
Eric reagiu com curiosidade, pelo visto ela não havia o reconhecido. — Sapphire, terei que pedir sua permissão para usá-la.
— Não precisa pedir permissão, vossa majestade. Apenas ordene.
Ao envolver seu corpo em luz, Sapphire transformou-se em uma arma. Sua aparecia lembrava a de uma tesoura separada, sua lamina era fina e afiada, sua haste parecia ser feita de cristal e próximo aonde seria o anel do objeto, havia uma empunhadura com uma aparecia que lembrava asas de mariposa.
Não era inteligente Eric enfrentar Confiança, mas seu desejo para entender o quanto de tempo ela teria para o reconhecer falavam mais alto.
— Uma criança!? — Ao ver Eric, Confiança indagou. — Esses prismas imundos! Os farei pagar!
“Prisma?”, em seus pensamentos, Eric indagou.
Entretanto, Confiança não o deixou terminar seus pensamentos. A garota partiu para cima dele correndo de quatro, como um animal, ao avistar sua presa, atacando-o com sua alabarda.
Eric facilmente defendeu-se do ataque, mesmo a mulher tendo o dobro de seu tamanho, o garoto conseguia adivinhar como ela atacaria, pois foi ele que a ensinou a lutar.
Utilizando-se de excesso de força de Confiança no ataque, chutou-lhe seus pés, fazendo-a cair de maneira bem cômica sobre os arbustos.
— Pelo visto eu o menosprezei, não ira ocorre novamente! — Ao levantar do chão agressivamente, a mulher lobo esbravejou.
A mulher dava tudo de si para atingir Eric, que parecia se diverti com as tentativas falhas.
Em um ataque pesado, Confiança criou enumeras estacas de gelo, jogando-a contras Eric, que defendeu-se com a lâmina de sua tesoura, no processo algumas das estacas atingiram algumas árvores atrás dele, rachando-as
Por mais que quisesse brincar mais com sua filha, temia que uma hora ou outra, algum desafiando curioso com a confusão, acabasse se acidentando. Então, em uma ação rápida, ele desarmou a mulher, dando-lhe uma ordem na sequência.
— Confiança, senta!
De maneira quase automática, a mulher transformou-se em sua forma animal, sentando como cachorro ao ouvir as ordens do dono. Ela reagiu confusa com o que tinha acontecido, não entendia o porquê acatou a ordem de um desconhecido.
Foi então que ela percebeu a energia da alma daquele garoto, era fraca, quase imperceptível ao olho nu, mas para a besta alada, era uma energia familiar, bastante familiar.
— Mamãe! — Esbravejou, ao pular nos braços do garoto, derrubando-o ao chão.
Ela começou a abraçá-lo com forca, enquanto balançava sua cauda de maneira frenética. Em seu pulo repentino, Sapphire foi jogada para longe, transformando-se novamente em sua forma humana.
— Confiança, o que eu falei!? — Eric repreendeu.
Na mesma hora, Confiança sentou-se ao chão novamente com seu corpo enrijecido.
— Desculpa mamãe, eu estava animada por revê-la — a loba choramingou. — Aproposito por que esta neste corpo mortal? Esquece, mamãe…
Eric a interrompeu: — Eu já sei tudo sobre Isabela, e ela está em segurança comigo.
Com as palavras do garoto, Confiança reagiu aliviada.
— Agora entendi o porquê de ter o cheiro dela, pensei no começo que você era um dos prismas de antes.
— Prismas? O que você que dizer com isso? — Eric indagou.
Confiança então voltou a sua forma humana, explicando. — Isabela foi ordenada a fazer uma missão sobre a presença indevida de prisma em uma região sobre controle dá dragão da cobiça.
Eric coçou seu queixo, se o oque Confiança disse era verdade, então, porque Isabela não o contou em seu primeiro encontro, não era de seu fetio esconder as coisas.
— Não tenho conhecimento sobre essa missão — Sapphire argumentou. — É com certeza minha irmã também não.
— Mas é claro que não terão, Samantha fez questão de esconder as informações desta missão a fim de não prejudicar o sono da mamãe — Confiança explicou.
As informações ficaram mais claras na mente de Eric, depois dele, Samantha era a que tinha maior autoridade no castelo de papel, e assim como as outras servas, a garota possuia uma grande respeito por Nephrite, então era normal que ela mentisse para protegê-la ou para não perturbá-la.
— É… Realmente é a cara da Sam, esconder isso — suspirou. — Mas porque os primas estariam tão interessados em uma região das folhas?
Para melhorar a administração no tecido dos mundos, os dragões dividiram as terras em regiões, as mais embaixo foram nomeadas de raízes e tronco inferior, as do meio foram nomeadas de centro e tronco superior, e as de cima foram nomeadas de folhas.
Quanto mais próximo da ragião das folhas uma terra está localizada, menos portadores ou seres capazes de manipular a energia elemental nasce nela, por conta desta natureza as terras destas regiões eram ignoradas por ambos os lados na guerra elemental, por não a verem como pontos estratégicos.
— Não faço ideia, mãe — cruzando seus braços, Confiança falou com expressão confusa.— Por isso Samantha mandou Isabela investigar isso, contudo perdemos contato faz alguns meses, fiquei bastante esperada e por isso lhe ataquei quando senti o cheiro dela em ti.
Eric ponderou, não que ele duvidasse das palavras de sua filha, ela é Isabela eram bem próximas, contudo, a alabarda zamiec não tinha memórias sobre isso. Colocou então toda sua atenção para o opilião congelado, talvez as respostas estariam naquele objeto.
Felizmente, mesmo tendo sofrido muitos danos pelos ataques de Confiança, o opilião estava em um estado no qual o garoto pode analisá-lo sem nenhum problema. Eric analisou seu corpo quadriculado, suas quelíceras era afiada como agulhas, em seu corpo também havia inúmeros espinhos afiados. Suas patas eram longas como espertos de churrasco com pequenas garrinhas nos finais de seus dedos.
“Então isso é uma criação prisma?”, Eric indagava em seus pensamentos.
Quanto mais analisava, mais revoltado ficava. A raça prisma sempre teve um censo de superioridade e eugenista, foram por isso que declararam guerra, eram famosos por sua crueldade e desrespeito a liberdade dos outros indivíduos.
Contudo, aquela coisa tinha passado dos limites, tudo nele era feito para sugar a maior quantidade de energia elemental do inimigo, mesmo em seu tempo como Nephrite, Eric nunca havia testemunhado tal atentado contra a vida, aquele objeto era quase uma arma biológica.
— Eles são loucos em criar uma atrocidade como essa! — Pesando em voz alta, Eric bravejou.
— Sim, mamãe! Eu e Samantha descobrimos a existência destas coisas recentemente, elas me caçaram até aqui, mas eu sou mais forte — estufando o peito, Confiança falou orgulhosa.
Contundo, Eric não lhe deu sua devida atenção, se remoía em ódio por aquele opilião, por conta dele, Isabela esteve ao ponto de perde sua vida se não fosse pela energia de seu estigma.
Levantando-se do chão, destruiu o opilião apenas com a força de suas mãos, devido a isso seu sangue começou a escorrer de seus dedos. Não havia percebido naquele momento, mas um pouco da sua presença exalou de seu corpo, era o suficiente para deixar Confiança é Sapphire em profunda alerta.
— Confiança… — falou Eric, em tom calmo.
— Sim, ma… mãe — gaguejou.
— Me atualize sobre a situação. Eu quero tudo que aconteceu desde minha saída do castelo, fale agora!
A loba engoliu seco, ela era uma besta alada, um dos seres que rivalizavam com os dragões governantes no quesito de força, em alguns casos adorados por algumas civilizações como deuses. Contudo, havia uma coisa que ela temi, o ódio mais puro de sua mãe.
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