Sessão 8
Capítulo 179 A Devastação da Família Aida
— Perspectiva de Aida —
As chamas na Internet se espalharam num piscar de olhos. As intimidações e os desabafos do Conselheiro Kondo já haviam atiçado o fogo. Além disso, aquela velha continuou gritando sem parar — apaguei a postagem imediatamente, mas por quê?
No fim, a conta da velha revelou que eu estava envolvido no caso de bullying e que era um dos mentores, embora eu não saiba de onde veio o vazamento.
Isso fez a tempestade online explodir.
[Irônico, o filho da membro da PTA (kkkk) que atacou a escola era um dos mentores do bullying.]
[Tópico de hoje: meu filho foi punido por bullying. A escola foi acusada de arrogância, e ela quis espalhar nas redes, mas acabou queimada com sucesso.]
[O filho da membro da PTA era um dos mentores do bullying e ameaçou a escola, mas foi repelida com sucesso. Os nomes reais do marido e do filho foram descobertos.]
É esse o desespero que o Aono Eiji sentiu?
Tudo parece ser inimigo. Como se todos estivessem zombando de mim…
A velha estava tão desconfiada quanto eu, e nós dois estávamos morrendo de medo, tremendo no quarto escuro com as cortinas fechadas. Só o som de uma notificação no celular já me fazia estremecer de pavor. Já o desliguei. Também cortamos a conexão com a Internet, sem motivo específico, com medo de que alguém estivesse nos observando.
Então cortamos todo contato com o mundo exterior e nos trancamos.
Comemos apenas marmitas de conveniência que o velho compra no caminho de casa; com menos de uma refeição por dia, estamos emagrecendo rápido.
“Recebi uma reclamação da empresa por causa da confusão na Internet. Então pediram para eu tirar uma licença até as coisas esfriarem.”
Nem consegui encarar o velho.
Senti que tudo o que eu tinha estava desmoronando.
Quando tentei escapar para o meu quarto no andar de cima, ouvi o velho murmurar algo que eu não queria escutar.
“Isso pode dificultar sua continuação nos estudos ou conseguir um emprego, quem dirá voltar à sociedade.”
Corri escada acima, quase chorando ao encarar a verdade de meu futuro roubado.
No topo das escadas, trombei com a velha.
A raiva subiu dentro de mim.
Se ela não tivesse feito algo tão desnecessário… Talvez eu tivesse sido expulso da escola, mas meu futuro não estaria perdido. É tudo por causa das besteiras inúteis que essa velha fez.
“Por que você fez algo desnecessário? Tá vendo? Nem os executivos da PTA podem fazer nada. Não se ache demais, velha!”
Quando a velha ouviu minhas palavras insultuosas, seus olhos se encheram de lágrimas e ela caiu de joelhos.
O inferno sem fim havia começado.
— Perspectiva de Eri —
“O que você vai fazer agora?”
Em meu quarto, espero que tudo acabe. Tachibana está mentalmente encurralada. Ela precisa bolar uma estratégia para escapar sozinha.
Será que ela vai provocar o time de futebol para me atacar?
Ou vai incitar o Clube de Literatura?
Ou talvez tente me tornar culpada de algum crime — sua especialidade — e fazer meu testemunho parecer pouco confiável.
Ela só tem uns três caminhos possíveis agora.
E, com qualquer um deles, você será destruída junto comigo. Mal posso esperar, mal posso esperar, mal posso esperar; talvez eu não veja o seu fim, mas está tudo bem.
Quero te mandar para o desespero justamente quando você achar que tudo está indo bem.
Está tudo bem se acabar aqui. Porque eu já não tenho mais nada. Então vamos cometer suicídio juntas. Teria sido melhor ir com o Kondo-kun. Mas posso ir para o inferno com você.
Você vai acabar no mesmo lugar que eu muito em breve. Quanto tempo acha que vai permanecer na zona segura?
Já é um campo de batalha agora...
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