Sessão 5
Capítulo 111 — Conselheiro Kondo é Preso
[Almeranto: Leitorada, só avisando que por um problema na formatação, os diálogos por algum motivo estão com a fonte reduzida e eu não consigo alterar, mas espero que não cause muitos problemas, e isso provavelmente vai acontecer com os capítulos posteriores, mas também pode voltar ao normal. Sinto muito!]
— Perspectiva do Conselheiro Kondo —
O secretário geral sorria, mas seus olhos não acompanhavam o sorriso. Eles estavam afiados, cheios de raiva. Fosse querendo ou não, eu percebi que havia pisado no rabo do tigre.
“Eh?...”
“Veja bem, uma briga política entre políticos não é algo que você possa descrever como uma simples ameaça. A menos que esteja preparado para esmagar o inimigo, não se meta tão facilmente.”
Aquelas palavras foram uma declaração de guerra contra mim. A sala estava barulhenta com palavras de raiva, mas ninguém além de nós dois conseguia ouvir a conversa.
E então, como formigas sendo esmagadas por elefantes, o verdadeiro figurão me dispensou sem um pingo de compaixão.
“Então, gostaria de pedir desculpas ao público pelo que aconteceu com o Conselheiro Kondo. Estou verdadeiramente arrependido.”
O secretário geral apenas inclinou a cabeça. O salão explodiu em confusão após o homem importante se desculpar. Desde o início, ele não deveria ter nada a ver com esse assunto. Por que ele pediu desculpas? Foi o que a maioria das pessoas, inclusive eu, pensou.
“Também conduzimos uma investigação minuciosa sobre esse escândalo, para garantir a conformidade e a disciplina partidária. Somos membros do conselho municipal — não podemos cumprir nosso dever sem a confiança dos eleitores. Fizemos essa investigação para limpar o nosso partido. Agora que os fatos vieram à tona, gostaria de aproveitá-la para explicá-los.”
O suor escorria pela minha testa.
“Primeiro, descobrimos duas coisas. Acreditamos que as ameaças do Conselheiro Kondo eram rotineiramente feitas para encobrir a má conduta de seu filho. Já enviamos os detalhes deste caso à polícia com as provas, então agora só resta esperar a decisão do judiciário.”
O que ele está dizendo? Quando esse homem me investigou? É verdade que ameacei a vítima algumas vezes por causa do caso do meu filho. Mas isso foi feito em segredo. Provas? Alguém me traiu? Alguém da empresa? O que diabos está acontecendo?
“E quanto ao problema de dinheiro que o próprio Conselheiro Kondo confessou há pouco, o partido verificou seus registros contábeis e relatórios de fundos políticos e encontrou múltiplos indícios de falsificação e encobrimento. O que entrego agora é a prova. Por favor, dê uma olhada, Conselheiro Kondo.”
Senti meu rosto empalidecer. O sangue sumiu completamente da minha face.
Subornei pessoas influentes, como gerentes de filiais. Para isso, falsifiquei diversos documentos e arrecadei dinheiro ilícito. E com esses subornos, consegui fortalecer minha posição no conselho municipal e, eventualmente, abrir caminho para a eleição como prefeito.
Agora fui completamente exposto. Esse homem vai me descartar.
“Tem alguma desculpa, Kondo-kun? Sua expulsão já foi confirmada. Já protocolamos a denúncia. Você e o gerente de filial serão os sacrificados. Também temos uma boa noção de para onde foi o dinheiro dos subornos no centro. Quanto mais rápido vocês pagarem o preço, menor será o dano. Este é apenas um ato criminoso cometido por vocês dois, então não precisamos nos preocupar em ferir mais o partido. Isso é bom, não é?”
Ele murmura para mim num sussurro que apenas nós dois ouvimos. É uma declaração de xeque-mate. Não há mais nada que eu possa fazer.
Só consigo pensar que ele me trata como um brinquedo, como um estranho.
“Ah, não... Eu estava arriscando minha vida... desesperadamente... por todos, para me tornar prefeito e depois participar da política nacional... Mentira, mentira, mentira... Isso é demais... Ah, meu Deus... Minha vida já está completamente arruinada...”
Meus sentimentos estão tão confusos que começo a gritar incoerentemente e a chorar alto.
Chorando e soluçando, desci do pódio e corri em direção à saída. Quando me virei, vi o secretário geral rindo de mim. A imprensa tentou me cercar, mas eu os afastei e abri a porta de saída. Contudo, vários policiais fardados me aguardavam.
“Você deve ser o senhor Kondo. Gostaríamos de fazer algumas perguntas na delegacia, então, por favor, venha conosco.”
Os policiais corpulentos — certamente enviados pelo secretário geral — seguraram meu braço e começaram a falar sobre o mandado de prisão e outros procedimentos. Mas eu mal conseguia entender o que diziam.
“Por que diabos eu deveria ser preso? Sou o presidente, um membro do conselho municipal e um cidadão de alto escalão!”
Ninguém respondeu aos meus gritos lametáveis. Fui algemado e conduzido para fora do hotel.
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