Reviravolta da Vida: Fui Traído e Falsamente Acusado, Mas Agora a Garota Mais Bonita da Escola está se Aproximando de Mim Japonesa

Sessão 5

Capítulo 105 — Miyuki e Sua Mãe

 

— Perspectiva de Miyuki —

Eu não posso mais esconder.

Vou até o quarto de hospital da mamãe com todo o meu coração. Preciso explicar tudo.

O pai do senpai forçou a mãe a ficar em um quarto particular. Ele também deixou um dinheiro, mas mamãe devolveu imediatamente. Ela não tinha intenção de aceitar suborno.

Quando abri a porta, mamãe estava assistindo ao noticiário da manhã. A reportagem sobre o Conselheiro Kondo estava começando. Ela observava, atônita.

Ela reconheceu imediatamente que era o pai de Kondo-senpai — o mesmo que havia visitado o quarto do hospital dias atrás.

“O que isso significa?”

Mamãe já havia entendido. As notícias diziam que o filho do Conselheiro Kondo estava envolvido em um incidente violento com um aluno da mesma escola — e que ele era o agressor no caso de bullying.

Ficamos paralisados. Nós dois tínhamos culpa naquele incidente contra Eiji, e por termos iniciado toda a sua situação de bullying.

A voz da mamãe se tornou a mais fria e sombria que já ouvi.

“Desculpa. Eiji me viu traindo ele, e Kondo-senpai o atacou violentamente. Eu não apenas fingi não ver, mas, para me proteger, culpei o Eiji e incentivei o bullying. Foi tudo culpa minha. Eu empurrei o Eiji até o limite do suicídio.”

Ao ouvir minha confissão, o rosto da mamãe ficou sem expressão, os olhos tomados pela tristeza, e o corpo tremia. Só de olhar para ela, meu coração se esmagava de culpa e arrependimento.

Minha mãe, a pessoa mais gentil que eu conheço, levantou-se mesmo tonta e me deu um tapa forte no rosto sem dizer uma palavra. Depois outro. E outro. Por um momento, eu nem sabia o que estava acontecendo — mas entendi que era merecido.

Foi tudo culpa minha.

“Por que você fez algo tão imperdoável!? Você não apenas traiu o Eiji-kun, como também deixou uma cicatriz que nunca vai desaparecer… Mesmo que pedisse perdão, não seria suficiente! Como você pôde retribuir tanta bondade de um amigo de infância de forma tão cruel!?”

A voz trêmula dela faz meu próprio coração tremer.

Eu não devo chorar. Porque sou a culpada. Eu não tenho o direito de chorar.

Muitas lembranças preciosas com o Eiji voltam à mente.

As memórias do parque de diversões onde brincávamos.

As de quando almoçávamos felizes juntos.

As de quando ele me consolava quando eu chorava.

Todas, todas elas, eu manchei.

“Desculpa, mãe. Eu fiz a pior coisa possível. A escola também disse que vai me punir. Eu cometi algo imperdoável. Vou passar o resto da vida pedindo desculpas e tentando reparar o que fiz com o Eiji.”

A mulher que viveu comigo por tantos anos agora mostra no rosto a cor do desespero e chora, tremendo.

“Não diga isso tão facilmente! Não é algo simples assim…”

Mesmo sofrendo, ela tenta cumprir seu dever como mãe.

Eu sou a pior. Ela disse:

“Eu sinto muito por Eiji-kun e pela senhora Aono. Não sei como compensar o que aconteceu. Você vai ter que viver com esse fato pelo resto da sua vida. Por que não entendeu o que isso significava?”

“…”

Não consigo encontrar palavras. Mamãe está prestes a sair cambaleando do quarto.

“Mãe, espera! O médico disse que você precisa descansar!”

Ela tenta se soltar e seguir em frente.

“Eu devo a eles um pedido de desculpas. Se eu não for, quem vai? Pelo menos preciso pedir perdão direito. Preciso reparar, nem que seja um pouco…”

Eu não conseguia me perdoar por ter feito minha mãe doente carregar tanta responsabilidade.

Não conseguia me perdoar por ter enganado e traído o Eiji, que sempre foi tão gentil comigo.

Não conseguia me perdoar por tê-lo insultado enquanto ele era espancado.

Não conseguia me perdoar por espalhar rumores cruéis e ter empurrado o Eiji à beira do suicídio apenas para me proteger.

POR QUE EU AINDA ESTOU VIVA?

Eu não posso me perdoar pelo pior comportamento humano. O auto-ódio tomou conta de tudo.

Do lado de fora do quarto, enfermeiras se reuniram para tentar impedir minha mãe.