Sessão 11
Capítulo 263 — Uma Pequena Felicidade
— Perspectiva de Ugaki Ai —
“Venha novamente, tá bem? Da próxima vez, com calma.”
Quando saí do Kitchen Aono, a tia veio até a porta para se despedir de mim.
Olhei para a sacola com o curry seco e a salada e agradeci.
“Muito obrigada por tudo.”
Ela balançou a cabeça e sorriu.
“Você devia contar mais conosco.” — Disse ela.
“Eiji, certifique-se de que a Ai-chan chegue bem em casa.”
“Claro. Voltarei logo hoje. Só vou dar uma passada para ver o Tio por um tempinho.”
“É o melhor a se fazer.”
Os dois riram juntos. Ao vê-los, meu coração se encheu. Pequenos momentos de felicidade se empilhavam um após o outro. Para quem visse de fora, talvez parecessem apenas pequenos flocos de neve se acumulando em silêncio, mas para mim estavam se tornando tesouros insubstituíveis.
As pessoas podem se perguntar por que valorizo tanto coisas tão simples, mas é porque são o calor e a bondade que eu sempre ansiei sentir.
“Então, estou indo.”
Foi estranho. Nenhum de nós falou muito naquele dia, mas não houve desconforto. Apenas caminhar lado a lado já me deixava feliz. Talvez fosse o conforto de saber que ele ficaria ao meu lado.
Nunca vou deixá-lo ir. Acho que ele sente o mesmo. Espero que sim.
É meio embaraçoso, mas meu apartamento fica a apenas dez minutos daqui. Talvez eu possa ser um pouco ousada.
Enlacei meu braço no dele. Ele pareceu um pouco surpreso, mas aceitou com um sorriso.
Ainda segurando seu braço, apoiei levemente a cabeça em seu ombro.
A sensação de segurança que eu havia sentido antes se aprofundou.
“Obrigada por tudo. Eu te amo, senpai.”
Falei tão baixinho que não tinha certeza se ele ouviu.
Mas o senpai nunca perde esses momentos. Mesmo sabendo disso, senti uma onda de vergonha me aquecer o rosto.
“Eu também.”
Tentando esconder meu embaraço por ter sido ouvida, caminhamos pelas ruas em silêncio.
****
“Cuide-se, tio.”
Enquanto eu aquecia o curry seco num recipiente no micro-ondas, o senpai e meu pai conversavam na sala de estar.
Quando a refeição ficou pronta, o senpai disse: “Bem, então, estou indo.”
Sugeri que ele pelo menos ficasse para um chá, mas ele sorriu e disse: “Não quero atrapalhar o momento em família, então, talvez da próxima vez.”
Depois que ele saiu da sala, meu pai murmurou: “Ele já é praticamente da família.”
Ouvir isso fez meu rosto queimar.
“Era brincadeira.”
Meu pai riu da minha reação.
Pouco a pouco, minha vida cotidiana estava voltando.
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