Sessão 11
Capítulo 261 — Uma Pequena Travessura
Voltei para casa junto com a Ai-san, como de costume. O tio Ugaki havia terminado seus exames médicos e recebido alta, então já estava de volta em casa. Como ele havia sido hospitalizado em Tóquio, a Ai-san ia visitá-lo todos os dias depois da escola.
“Agora finalmente posso descansar um pouco.”
Ai-san sorriu com coragem. Aparentemente, hoje ela planejava jantar conosco. Sobre o estado do tio, que tanto a preocupava… “Não é algo que vá piorar de repente, mas também não é bom. Há muitas coisas com as quais ele precisa tomar cuidado no dia a dia”, explicou.
É claro que ela estava preocupada com ele. Parecia um pouco abatida.
Eu também tinha ouvido dizer que o tio acabaria se aposentando do trabalho, mas por enquanto isso era difícil, então ele iria se afastando aos poucos. Mesmo agora, já vinha reduzindo o ritmo — mas dava para perceber que o que mais pesava para eles era o acúmulo constante de fadiga.
“Hoje nós também preparamos comida para o tio lá em casa, então leve com você e deixe ele comer.”
Como a doença do tio Ugaki era séria, minha mãe e meu irmão também estavam preocupados. A Ai-san nos mostrou as orientações alimentares que recebeu do hospital, e eles estudaram como preparar refeições que ele pudesse comer sem problemas.
“Muito obrigada. O pai está realmente ansioso por isso. Ele disse que faz tempo que não come nada do Kitchen Aono.”
Minha mãe havia insistido em visitá-lo no hospital, mas como a internação era confidencial, acabou desistindo com relutância. Em vez disso, apoiava a Ai-san preparando as refeições e entregando-as no quarto dela.
“Que bom ouvir isso. Dizem que comida de hospital é sem graça, então espero que isso ajude a animá-lo um pouco.”
Claro que o sal, a gordura e o açúcar eram controlados com rigor. Eu também provei alguns dos pratos de teste, e estavam realmente deliciosos. Fiquei surpreso ao ver que, usando bastante alho, gengibre e outros temperos aromáticos, era possível fazer comidas saborosas com quase nada de sal.
“Durante a internação, fiquei muito grata pelas refeições que prepararam para mim também. Voltar para o quarto exausta e encontrar uma comida deliciosa me esperando quase me fez chorar.”
A Ai-san havia nos dado uma chave reserva. Minha mãe a usava para entrar no quarto dela e deixar as refeições, e quando a loja estava muito ocupada, eu ia no lugar dela.
“Isso é bom. Mas será que foi mesmo certo você nos dar uma chave reserva?”
“Claro. Eu confio em você, Senpai.”
Ouvi-la dizer isso com tanta sinceridade me fez corar.
Ao me ver, a Ai-san fez uma expressão levemente travessa. “Você não aprontou nenhuma brincadeira enquanto estava lá, né?”
“Não aprontei. Juro.”
“Mesmo? Isso soa um pouco suspeito.”
“Absolutamente nada.”
Quando eu disse isso…
Ela pareceu um pouco decepcionada e murmurou, meio frustrada: “Eu não teria me importado se você tivesse aprontado uma pequena brincadeira comigo, Senpai.” Minhas emoções ficaram completamente confusas com aquelas palavras.
“Brincadeira, estou só brincando. Também gosto desse seu lado cavalheiro.”
Ela me observou enquanto eu tentava reagir, levemente divertida. De algum modo, senti que nossa rotina estava, pouco a pouco, voltando ao normal.
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