Sessão 11
Capítulo 258 — Julgamento Juvenil
— Tribunal de Família — Perspectiva de Kondo —
Aparentemente, hoje é o meu julgamento. Disseram que é um julgamento juvenil ou algo assim, mas normalmente é só uma sessão que dura cerca de uma hora, onde decidem se você será libertado ou mandado para um centro de detenção juvenil. Aquele advogado irritante disse isso.
“Não tem chance de eu ir para um centro de detenção juvenil.”
Encorajando-me com essas palavras, vim ao tribunal de carro. Depois de fazer um juramento simples, o julgamento começou. Minha mãe sentou ao meu lado. Mas ela não disse uma palavra. Seus olhos estavam frios, e ela havia emagrecido. Como se tivesse perdido todo o interesse pelo próprio filho, só ficava olhando fixamente para frente.
Entendo. Então é assim. Essa mulher nem é mais minha mãe.
“Então, vamos ouvir o que você tem a dizer.”
O juiz idoso falou com uma expressão calma, como se apenas quisesse confirmar os fatos.
Com um tom pausado, ele me pediu para confirmar se havia algum erro em relação ao incidente de agressão contra Aono Eiji, à difamação e assédio ligados a ele, e ao fato de eu ter ferido um policial ao tentar fugir da investigação. Como a polícia já havia feito as mesmas perguntas incontáveis vezes, aquilo me irritava.
Respondi de forma seca:
“Como eu disse, aquilo foi pra proteger a Miyuki, que estava comigo na hora, e eu não tive nada a ver com a difamação ou o assédio. É verdade que exagerei um pouco quando falei sobre isso, mas… eu também não quis machucar o policial de propósito.”
Depois de ouvir, o juiz assentiu com um “hmm, entendo” e começou a marcar as anotações mecanicamente. Era como se a decisão já tivesse sido tomada. Claro. Não tem como eu ser mandado para a detenção juvenil. Lancei um olhar de lado pra minha mãe. Por algum motivo, seu rosto parecia tomado pelo desespero.
“Entendo. Mas, de acordo com os vídeos e testemunhos da polícia, parece que você estava agredindo a vítima de forma unilateral.”
“I-I-Isso é porque o olhar dele parecia perigoso.”
“Entendo. Então você está dizendo que achou que a vítima era perigosa e, por engano, o atacou. Está correto?”
“Isso mesmo. A Miyuki sempre me dizia que o Aono Eiji era violento com ela todos os dias e agia como um perseguidor, então foi por isso, foi por isso!!”
Juntei palavras que soavam convincentes.
Sim, com isso eu devia me safar. Mas o advogado ao meu lado fez uma cara como se tivesse engolido algo amargo. Que droga, por que essa cara? Assim parece que o vilão sou eu.
“Entendo… Então vamos ouvir a testemunha.”
Quando o juiz disse isso, uma mulher entrou. Ela estava olhando para baixo, o rosto pálido.
Mas o quê, a Miyuki está aqui? Bom, ela com certeza vai me apoiar. Afinal, ela me ama, certo? Tudo bem. Assim que sairmos daqui, vou torná-la minha namorada oficial.
Miyuki também fez o mesmo juramento de “não mentir”. Não se deixe abalar por isso, Miyuki. Se fizer o que precisa ser feito, você e eu seremos felizes juntos.
O juiz resumiu brevemente meu depoimento para ela.
“É verdade o que ele disse?”
Ele acrescentou isso no final. Sim, é isso aí.
Se fosse a Miyuki tímida de sempre, ela diria que sim. Ela era covarde. Mesmo quando eu deixava marcas roxas nela, fingindo que eram provas da violência do Aono, depois de se assustar, ela não dizia nada.
Mesmo quando tirei fotos, ela nem perguntou: “Pra que você vai usar essas fotos?”
Convicto da minha vitória, esperei pela resposta dela.
Mas…
“Isso é mentira. O Eiji nunca me agrediu, nem uma vez sequer, e eu nunca disse nada disso para o Senpai.”
Com lágrimas nos olhos, Miyuki ainda assim falou com firmeza e me negou.
— Almeranto: Finalmente se redimindo pelo que fez. Não vai ser fácil, mas só não desistir que ela consegue.
Apoie a Novel Mania
Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.
Novas traduções
Novels originais
Experiência sem anúncios