Sessão 10
Capítulo 226 — O Destino da Família do Agressor e Uma Noite para Dois (3)
— Perspectiva da Mãe de Aida —
Como foi que chegamos a esse ponto? Meu filho, que entrou em um colégio renomado da província e tinha talento suficiente para competir em torneios nacionais de futebol… Ele deveria ser o meu orgulho e alegria. Eu me sentia tão orgulhosa que vivia me gabando dele para parentes e vizinhos.
“Isso aconteceu porque você o criou mal! E por que foi postar aquelas besteiras na internet, hein? Agora nosso endereço está exposto, recebo olhares frios no trabalho e nem consigo mais fazer compras em paz! Foi por sua idiotice que ele acabou se envolvendo com a polícia!”
Meu marido, fugindo de toda a responsabilidade, despejou tudo em mim.
“…Como você pode ser tão egoísta?”
Tomada pela emoção, acabei retrucando.
“O que disse? É você quem está sendo chamada de ‘Mãe Monstro da PTA’ na internet! Não ouse me responder! Acabou pra nós. Nosso filho foi preso, largou o ensino médio e virou um criminoso de verdade, tentando atacar uma garota em grupo. Vandalizou a escola e intimidou os colegas. Criamos um completo canalha! E, graças à sua trapalhada, os vizinhos sabem de tudo. Nem posso mais ir trabalhar. Isso tudo é culpa sua!”
“Não é verdade! Ele só foi influenciado por más companhias. Ele não queria fazer nada tão terrível! A culpa é daquele veterano, o Kondo!”
“Não quero saber. De qualquer forma, ele vai ser expulso, assim como os outros membros do clube de futebol. Cansei de apoiar alguém assim. Quando ele voltar, você e ele podem sair daqui. Divórcio, deserdar — tanto faz. Se você quer tanto defendê-lo, faça isso sozinha.”
Meu marido saiu furioso para a cozinha, como se quisesse fugir. Ouvi o som de algo se quebrando.
Tudo está desmoronando. Há apenas algumas semanas, nossa vida parecia tão normal… e agora foi destruída por causa do meu filho.
Meu marido é tão orgulhoso que talvez até peça demissão por vergonha. Eu quero consertar nosso relacionamento de algum modo, mas a gravação ameaçadora que fiz na escola virou uma “tatuagem digital”.
Por mais que eu tenha pedido que a apaguem, não adianta. Ela nunca vai desaparecer. Desde que aquela gravação veio à tona, meu marido me olha como se eu fosse lixo.
Eu nem sei que tipo de rosto devo mostrar quando meu filho voltar para casa.
Será que algum dia vou conseguir amar meu filho de novo?
Enquanto desabo em lágrimas, assisto à ruína da minha família se tornando realidade. Naquela casa fria e escura, fiquei completamente sozinha.
[Almeranto: Que parte triste, ver uma família sendo destruída pelo erro do filho…]
— Perspectiva do Eiji —
Ai-san fechou os olhos. Entendi que era um sinal, então toquei suavemente seus lábios com os meus. A respiração dela era incrivelmente suave e doce, sua pele, tão delicada. Nos beijamos enquanto nos abraçávamos, e eu podia sentir o calor dela.
Minha mente ficou completamente tomada pela emoção. O segundo beijo foi longo, cheio de uma felicidade e satisfação indescritíveis.
“Nós… fizemos isso, né? Um beijo.”
Ela falou mais devagar do que o normal, com o rosto completamente vermelho.
“Sim.”
“Você provavelmente já sabe, mas… esse foi o meu primeiro beijo.”
As palavras dela me causaram um choque.
“Obrigado.”
“O que é que você está dizendo? Vai me deixar sem graça. Senpai, talvez pra você seja diferente, mas eu estava tão nervosa!”
O tom suave da voz dela e o olhar que lançou para cima me deixaram tonto.
“Foi a minha primeira vez também.”
Ela soltou um pequeno “É?” de surpresa antes de sorrir.
“Que bom. Então será uma lembrança pra vida toda, pra nós dois.”
Corada, ela falou isso e me beijou novamente. Parecia que nunca iríamos parar.
“Chega por esta noite. Se continuarmos, eu não vou conseguir me controlar.”
Fui tomado por uma sensação estranha — uma mistura de alegria e melancolia.
“Bem… eu vou voltar pra cama.”
Ela se levantou devagar do futon, deixando para trás um doce perfume.
Ao se virar, hesitante, parecia relutante em ir embora.
Eu quase disse para ela ficar, quando…
“Na verdade, posso dormir ao seu lado esta noite, Senpai? Eu não quero ficar sozinha.”
Não havia motivo algum para recusar.
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