Volume 1
Prefácio
Seguro o cálice de sangue sem a esperança de ver o reflexo daquela que perdi. Despejo o líquido viscoso no chão — o sangue daquele que jamais deveria ter olhos — e me sento diante do púlpito.
A máscara que não me serve cai ao chão. O manto que me mancha vai ao fogo. E a arma que destrói reinos e aniquila raças permanecerá sobre a pedra daquele que constrói.
Logo me ergo como vim ao mundo, enquanto ecoa a gargalhada de quem destruiu tudo o que nasceu da carne.
Tudo se desfaz e tudo se constrói, mas a essência não retorna. E o gesto jamais deveria ter sido ignorado.
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