O Guerreiro Solitário Brasileira

Autor(a): Hugo Batista


Volume 1: Cont. Elemental

Capítulo 2: A Traição e a Promessa de Vigança 


O mestre Bekhan abriu a porta e encontrou seu discípulo tendo um desvio de ki. Rapidamente, ele foi para trás dele, encostando suas mãos nas costas de Tatsuya e disse a seguinte frase: 

— Circulação espiritual, liberar!!!

A aura vermelha que estava em volta dele se desfez, a energia espiritual voltou a circular novamente e o veneno desapareceu. Tatsu caiu desmaiado, e seu mestre o pegou e o colocou na cama. Depois de alguns minutos, ele acordou e ouviu uma voz: 

— Idiota! O que você pensa que está fazendo? Se eu não tivesse chegado a tempo, você teria morrido. 

— Me desculpe mestre, e obrigado. 

— Obrigado nada, tenha cuidado com o seu corpo quando for cultivar. Já falei isso milhares de vezes pra você. 

Tatsu e seu mestre continuaram a conversa. Depois disso, o mestre se despede e vai embora, mas antes de ir, Bekhan falou que é para ele passar na casa dele porque tinha um presente para dar. 

Então o mestre foi embora. Depois disso, Tatsuya perguntou ao doutor se poderia ir para casa, já que estava curado. O doutor respondeu que sim, então ele saiu caminhando em direção à sua casa. Chegando lá, ele bateu na porta. 

Toc... toc...

Sua mãe saiu e o recebeu. Depois de alguns minutos, Tatsuya e sua mãe almoçaram. Em seguida, ele subiu para o seu quarto para descansar. Após descansar, Tatsu se lembrou que seu mestre pediu para ele passar lá em sua casa porque tinha um presente para lhe dar. 

Então foi em direção à casa do mestre, mas no caminho, avistou seu amigo Reniel, que estava sentado em um banco com duas espadas de madeira. Reniel falou: 

— Ei Tatsuya, bora um duelo? 

Ele aceitou, e Reniel jogou uma espada de madeira para Tatsu, que já entrou em posição de batalha, com o joelho flexionado para ter uma melhor movimentação. Reniel sacou sua espada e partiu para cima, desferindo vários cortes, mas Tatsuya conseguiu defender todos os ataques com facilidade.

Percebendo que seu amigo estava defendendo seus golpes, Reniel então pegou um pouco de areia na mão, jogando-a no rosto de seu amigo. 

— Seu desgraçado! Isso é jogo sujo! 

Tatsuya conseguiu limpar o rosto e partiu para cima numa velocidade incrível, desferindo um corte horizontal que acertou a costela de Reniel, fazendo-o cair no chão, finalizando a luta. 

então se despediu de Reniel e, depois de um tempo, finalmente chegou na casa de seu mestre. A porta estava aberta, então ele entrou e o encontrou cultivando. 

— Mestre, desculpe te atrapalhar, mas você falou que era para eu vir aqui por que o senhor tinha um  presente para me dar.

— Sim, espere aqui, vou lá pegar. 
Ele então foi.

Depois de alguns minutos, o mestre voltou com algo pequeno e redondo, que tinha uma cor dourada. Tatsuya olhou e falou: 

— Pera, isso está rodeado de energia espiritual, mas como? 

— É simples, como você bem sabe, todas as coisas têm energia espiritual: 
plantas, animais, minérios, água e várias outras coisas. Nós cultivadores absorvemos essa energia para aumentar nosso poder. Mas, em alguns casos, a energia espiritual fica concentrada em um só lugar, como isso aqui, entendeu? 

— Sim. 

O mestre entregou para ele e explicou que, se ele absorver aquilo, poderá subir para o segundo estágio sem nenhum esforço. Tatsu  se sentou e engoliu aquilo. E concentrou sua energia, e uma aura surgiu em torno dele. Depois de uma hora cultivando, ele finalmente conseguiu alcançar o segundo estágio da arte marcial Reino da Espada Congelada.

Ele se levantou e ficou surpreso por conseguir, então agradeceu o seu mestre e falou que ia treinar. Em seguida, foi para sua casa, pegou sua espada e saiu em direção a um lugar onde pudesse testar sua força. 

Chegando lá,  notou que sua mãe não estava em casa, então Tatsuya procurou algo para comer e acabou achando um pão. Depois de alguns minutos, sua mãe voltou e o encontrou sentado. 

— Filho, amanhã você vai lá na seita Wind encontrar com a Elisa? 

— Sim, já faz um bom tempo que eu não vejo ela. 

— Tá, mas tenha cuidado quando você for. 

Algumas horas se passaram, e eles foram dormir. No outro dia, Tatsuya pegou um cavalo e saiu em direção ao clã Wind.
Na mansão da seita Ice... 

— Líder Valerius, acabou de chegar uma carta, e parece que ela foi enviada pela seita Fire. 

— O que que eles querem? 

Então, o Valerius da seita Ice leu a carta e arregalou os olhos ao perceber que se tratava de uma declaração de guerra por território. Ele imediatamente mandou chamar os cinco generais das Neves, e todos se reuniram em uma sala. O general Zivua perguntou: 

— Líder da seita, o que é tão urgente para você chamar nós, os cinco generais? 

O líder Valerius explicou que o clã Fire, um dos cinco clãs elementais e rival do clã Ice, declarou guerra. Todos os presentes ficaram em choque com o que ouviram, já que eles tinham feito um acordo de paz. Recentemente, um dos generais perguntou: 

— Senhor, você sabe que dia o nosso inimigo irá atacar? 

— Sim, eles disseram que vão atacar amanhã, e se nós estivermos aqui, eles irão nos matar. 

A sala ficou em completo silêncio. Depois de algumas horas discutindo sobre o assunto, eles decidiram que irão ficar e lutar pelo seu território. 

A seita Wind se encontrava no topo de uma montanha, o ar lá era tenso. Tatsuya finalmente chegou na seita após cavalgar por cinco horas. Ele desceu do seu cavalo e entregou-o para um guarda que vigiava o portão. 

Tatsuya então entrou e avistou algumas pessoas o encarando. Ele abaixou a cabeça e olhou para o lado, vendo um garoto tentando pegar sua pipa que estava presa em uma árvore.

Ele rapidamente foi lá e ajudou o menino, que o agradeceu e saiu correndo. 

Depois de alguns segundos caminhando, ele chegou na casa de Elisa, que o recebeu na porta dando um beijo na boca de Tatsuya. Seu rosto ficou vermelho. Elisa o convidou para entrar, e os dois se sentaram no sofá.

Começaram a conversar sobre como estavam. Alguns segundos depois, Elisa, com um sorriso no rosto, chamou Tatsuya para andar. 

Na seita Ice... 

— Rápido, temos que nos preparar! Aqueles que não conseguem lutar vão para a praça principal. Lá, alguns cultivadores irão explicar com mais detalhes. 

Disse o general Zivua, que estava no comando da evacuação. Ele perguntou a um de seus subordinados quantas pessoas decidiram participar da guerra. O subordinado respondeu que apenas 500 pessoas aceitaram participar. 
Zivua se virou e foi em direção à mansão Ice para informar o líder.

Chegando lá, ele contou que apenas 500 pessoas aceitaram lutar. Ele olhou para Lean e falou: 

— Não me surpreende nossos números serem tão baixos. Eu acho que o inimigo deve ter pelo menos 1200 guerreiros treinados para matar. Você acha que podemos vencer, mas seja sincero. 

— Falando a verdade, eu não acho que conseguiremos vencer com apenas 700 guerreiros, senhor. Você deveria ir embora também. 

Valerius sorriu e respondeu que não ia fugir porque tinha um clã para proteger. Os dois continuaram a conversa, enquanto os outros generais estavam preparando os guerreiros que iriam participar da guerra. 

Um pássaro mensageiro saiu voando em direção ao clã Wind. Ele levava uma mensagem escrita pelo líder da seita Ice, que pedia para eles aceitarem as pessoas que não participaram desse duelo e também pedia para enviarem 400 guerreiros. 

Após uma hora, o pássaro chegou ao clã Wind, e um guarda que estava por ali avistou a ave e pegou a carta. Depois disso, ele levou a mensagem para o líder Zephyr, que leu e escreveu outra carta, informando que eles iriam aceitar as pessoas que não participaram dessa guerra e que também iriam enviar 400 guerreiros. 

Após uma hora, na Seita Ice... 
O líder Valerius leu a carta que Zephyr tinha enviado e ficou feliz por seu amigo ter aceitado ajudar. Ele mandou um de seus guardas ir informar o general Zivua sobre isso.

O general Zivua ficou feliz com a notícia e falou que ia avisar os outros generais. Ele saiu correndo para poder contar a todos sobre a ajuda do clã Wind. Depois de falar com todos, uma menina de 7 anos, de cabelo loiro e pele clara, chegou perto dele e falou: 

— Papai, o senhor está bem? 

— Filha, o que você está fazendo aqui e cadê sua mãe? 

Uma mulher se aproximou por trás e deu um abraço nele. Era Nizin, a esposa dele, que o olhou com um sorriso no rosto. Após conversarem, ela e a filha foram embora, deixando Zivua feliz por ter visto sua família. 

Em seguida, um mensageiro chegou e falou para ele ir para o salão principal da mansão Ice, pois aconteceria uma reunião para elaborar uma estratégia. Chegando lá, os quatro generais estavam reunidos, e o líder Valerius começou a reunião. 

Em algum lugar na seita Wind... 

Tatsuya e Elisa estão andando de mãos dadas, então os dois se sentam em um banco. Elisa encosta sua cabeça no ombro dele. 

— Tatsuya, eu tenho algo para te contar... deixa quieto, já esqueci o que tinha pra te dizer. Vamos indo? já está meio tarde. 

— Tá bom, então. 

Então, os dois foram embora. 

Na seita ... 

O líder pediu para Zivua falar com as pessoas para elas irem para a seita Wind. Depois de fazer isso, as pessoas saíram caminhando em direção à seita. Após sete horas andando a pé, eles finalmente chegaram ao portão. Porém, foram cercados por vários guardas do clã Wind. Uma pessoa falou: 

— Ei, esperem! Nós somos do clã Ice, o nosso líder disse que podíamos ficar aqui até o confronto acabar. 

— Você aí, cala a porra da boca! — Disse um dos guardas e continuou:

— Venham, irei levá-los. Ei, senhorita, você poderia me dizer quantas pessoas vocês são? 

— Claro, nós somos 300 pessoas. 

— Ok. 

Então, os guardas levaram todos para dentro da seita. Lá, eles foram conduzidos até um galpão vazio e colocados lá dentro. Algumas pessoas confessavam, e entre elas estava a mãe de Tatsuya, que falou: 

— Nossa amiga, meu filho, o Tatsuya, ele está aqui. Amanhã, quando eu acordar, irei vê-lo. 

Depois de uma hora, todos que estavam ali foram dormir. Então, os guardas entraram e começaram a matar um por um, e os gritos podiam ser ouvidos de longe. 

Tatsuya então falou: 

— Elisa, você está ouvindo isso? 

— Merda, já começou. Tatsuya, eu não tenho tempo para explicar. Nós temos que fugir o mais rápido possível daqui. 

Ele, sem entender nada, seguiu ela. Elisa então explicou para ele o que o pai dela tinha dito para ela. Tatsuya entrou em estado de choque ao saber daquilo, e falou: 

— Elisa, vamos logo! 

Ela olhou para ele, mas nesse momento três guardas e um superior se aproximaram. Elisa mandou Tatsuya se esconder rapidamente. Os guardas chegaram e perguntaram o que ela estava fazendo ali. Ela respondeu com calma que estava dando uma volta. Os guardas olharam em volta e disseram: 

— Tá, mas veja se não fica andando por aí sozinha. 

Quando os guardas foram embora, Tatsuya saiu de trás de uma pedra. Elisa o mandou ir, Tatsu saiu correndo em direção à seita Ice. 

Na seita Ice... 

Um cultivador percebeu a chegada do inimigo e gritou, avisando que o clã Fire havia chegado. O general Zivua falou: 

— Merda, aqueles desgraçados mentiram! Eles falaram que iam atacar amanhã, bando de mentirosos! 

Rapidamente, os generais montaram uma linha defensiva, e gotas de suor escorriam pelos rostos dos guerreiros. Então, o clã Fire chegou, ficando frente a frente com o clã Ice. Os generais de ambos os lados trocaram algumas palavras e a batalha começou. O barulho de espadas podia ser ouvido de longe, e após 30 minutos, ambos os lados tiveram perdas. 

O clã Ice tinha 700 soldados, e agora só restavam 433. Já o clã Fire estava com 1000 soldados, e agora só restavam 789 vivos. O general da seita Fire ficou surpreso por eles estarem resistindo tanto, mas ainda assim, o clã Fire mostrava superioridade em termos de número. 

No entanto, por algum milagre, os 400 soldados da seita Wind chegaram. O general Zivua abriu um sorriso ao ver isso e se aproximou deles para agradecer por terem vindo. Porém, nesse momento, ele teve sua cabeça arrancada por um corte de espada desferido pelo general Kuzimo do clã Wind. Todos os cultivadores da seita Ice ficaram surpresos com o que acabaram de ver. Um dos generais falou: 

— Seu desgraçado de merda! Por que você fez isso? Não me diga que vocês nos traíram! 

— É claro que nós traímos vocês! O clã Fire ofereceu uma parte do seu território caso eles vençam. 

Kuzimo ordenou que os quatrocentos guerreiros matassem todos os cultivadores da seita Ice. O massacre começou, e após 1 hora, a guerra tinha acabado e o vencedor foi o clã Fire, que ficou com apenas 386 dos 1000 guerreiros. Eles colocaram uma bandeira com o símbolo do clã Fire na frente da mansão Ice. 

A seita Ice ficou completamente destruída, com vários corpos cobertos de sangue. Aquele lugar, que um dia já foi próspero, agora estava em ruínas. Os guerreiros do clã Fire e do clã Wind se retiraram após a vitória. 

A noite passou, e o dia chegou. Finalmente, Tatsuya chegou e encontrou tudo destruído. Lágrimas saíram do seu rosto. Ele tinha esperança, mas quando viu os corpos, a esperança dele sumiu. Ele se lamentava e gritava: 

— Por que isso teve que acontecer? Já basta eu ter perdido o meu pai, agora minha mãe, meus amigos e o meu mestre! Não, não, não! Eu não vou aceitar isso. Eu prometo que vou me tornar mais forte e vou vingar o clã Ice e minha mãe. Esperem para ver, clã Fire e wind...

Tatsuya, em lágrimas, prometeu que irá vingar o seu clã. 



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