Necromancer Survival Coreana

Tradução: brealar

Revisão: brealar


Arco 2

Capítulo 41

O que ele acabou de dizer…?

Com essa bomba inesperada, interrompi os tapinhas nas costas de Kim Sangyoon e me voltei para o Mago.

Contudo, Seo Dawon simplesmente deu de ombros.

— Não se preocupe, Lim Jisoo provavelmente nem imagina que seu irmão está morto — disse, num tom que pretendia ser reconfortante.

…Entretanto, longe de me acalmar, fiquei ainda mais confuso.

— Primeiro, vamos nos ocupar de Kim Sangyoon. Explicarei o resto depois que você o encaminhar para casa — declarou Seo Dawon, se negando a explicar mais.

Por fim, recuperei minha compostura.

— Ei… Então, eu vou entrar em contato com você amanhã, na frente da dungeon. E, por ora, não fale do contrato ou do Seo Dawon para ninguém.

Kim Sangyoon secou as lágrimas e assentiu.

— Não revelarei nada até mesmo se Bae Jaemin me torturar! — O acréscimo de juramentos exagerados e solenes eram um tanto excessivos para mim, mas eu não era insensível o suficiente para negligenciar seu entusiasmo fervoroso. 

— Isso provavelmente não vai acontecer… — comentei, enquanto o acompanhava de volta para a saída.

Assim que Kim Sangyoon partiu, voltei-me para confrontar Seo Dawon:

— Agora podemos falar. 

Embora ele estivesse reclinado no sofá, confortavelmente apoiado em algumas almofadas, sua expressão estava longe de ser serena. Era como se ele estivesse se lembrando de uma memória particularmente ruim.

— Lim Jisoo tem apenas um familiar: seu irmão caçula… Lim Jiho, um Guerreiro. Não sei exatamente como era o relacionamento dos dois, mas como ela o apresentava aos outros como seu irmão… não deveria ser ruim.

— Então, porque você matou o irmão dela, Lim Jisoo…

— Já falei que ela não tem ideia. Se soubesse, você acha que ela me deixaria morrer tão facilmente?

Verdade, ao revisitar a memória de Seo Dawon, a atitude de Lim Jisoo não parecia demonstrar qualquer ressentimento ou ódio típicos de quem perdeu um ente querido. Pelo contrário, ela emanava uma sensação de felicidade e alívio, como se tivesse finalmente se livrado de um rival detestável. Sua postura era dissimulada, mas não desesperada.

Como diachos ele conseguiu matar o irmão dela sem deixar rastros?

Além disso, por que ele o matou…?

— Como você acabou matando Lim Jiho?

— Alguns Usuários da guilda do Lim Jiho desapareceram repentinamente. Já que a maioria dos familiares dos desaparecidos não tem acesso ao Hub… eles entraram em contato comigo após perderem o contato com esses Usuários. Aceitamos investigar após reunirmos o que parecia ser evidências sólidas. Ragi e eu conduzimos uma investigação discreta nos bastidores de Lim Jiho.

— E aí…

— Lançamos uma investigação contra Lim Jiho devido à sua aquisição ilegal de uma grande quantidade de drogas dos Alquimistas. Mesmo com uma investigação superficial, vários rumores desagradáveis já circulavam sobre ele. Inclusive, constava em seu histórico uma condenação por assalto sexual contra sua companheira, antes dele se tornar um Usuário.

Então… não me diga que…

Seo Dawon acenou levemente com a cabeça ao ver minha expressão distorcida.

— Levamos cerca de um mês, mas conseguimos encontrar o refúgio isolado que Lim Jiho criou para si nos arredores do Hub… Quando chegamos lá, todos já estavam mortos.

— …

— Foi lá que nos deparamos com Lim Jiho.

Embora Seo Dawon não tivesse descrito o conflito em detalhes… Pude ler nas entrelinhas que Lim Jiho fez algo merecedor de morte.

Até o momento, não se descobriu nenhuma regra lógica que determine as condições necessárias para se tornar um Usuário. Desde idosos de 70 anos até crianças de 5 anos, todos os que são considerados adequados conseguem acessar poderes sobrehumanos assim que o sistema é transferido para suas consciências.

Até mesmo desgraçados, se tiverem sorte, podem adquirir esses superpoderes. Se pessoas como Lim Jiho se tornassem Usuários… elas apenas teriam mais recursos à disposição para potencializar suas depravações. A personalidade delas não mudaria para melhor repentinamente…

Seo Dawon continuou explicando como a morte de Jiho foi encoberta.

— A pedido do cliente, entregamos o corpo do Lim Jiho e, seguindo sua sugestão, roubamos o nome do Lim Jiho e sacamos todo o dinheiro da sua conta e guilda.

— Então… Vocês mascararam a morte dele de forma que parecesse que Lim Jiho havia simplesmente fugido por conta própria?

— Exato. Não sei se Lim Jisoo ainda está sendo enganada pela nossa farsa… Já que não ouvi nada sobre o caso seis meses depois de entregar o corpo, acredito que ocultamos muito bem os nossos rastros. Além do mais, ouvi dizer que a Lim Jisoo ainda incinera de raiva quando alguém menciona Lim Jiho perto dela.

— Ah…

— Após matarmos Lim Jiho, uma habilidade rara dropou, similar a uma recompensa por matar um monstro. Ninguém na Yeonhong conseguia utilizá-la, e havia um grande risco da Lim Jisoo reconhecê-la caso eu a vendesse. Então, decidi mantê-la. — explicou Seo Dawon calmamente.

De repente, senti-me como uma mulher idosa depois de ouvir uma história tão sinistra.

— …Kim Sangyoon pode mesmo usar essa habilidade?

— Já que seremos só nós e ele nas dungeons, não devem surgir rumores. Mais para frente, podemos usá-lo como isca para Lim Jisoo; o Guerreiro pode ser usado de várias maneiras.

Parece que Seo Dawon já tinha um plano em mente para pegar Lim Jisoo. Cogitei perguntar se esse plano envolvia matar Kim Sangyoon, mas não consegui vocalizar minha dúvida. Estava com um pouco de medo de ouvir a resposta.

Meu silêncio pareceu transmitir uma série de sentimentos complicados a Seo Dawon. De repente, ele voltou seu olhar para mim.

— Por que não se senta ao meu lado? — convidou ele suavemente.  Ao perceber minha hesitação, acrescentou: — Hmm? Está com algum receio?

Era difícil refutar suas alegações.

— Não fale assim. Eu não estou nem um pouco desconfortável. — respondi, obedientemente sentando ao seu lado.

— Beleza. É bom você ir se acostumando com isso. — disse ele com um tom insolente, como se estivesse deliberadamente me provocando.

Eu sabia perfeitamente o que ele quis dizer com “se acostumando com isso”. Queria concordar sem hesitar, mas não consegui. Em vez disso, acabei fazendo outra pergunta relativamente estúpida:

— Você… você matou muita gente antes de morrer?

Com um vago “Umm…” Seo Dawon desviou o olhar. Ele parecia estar seriamente considerando a pergunta.

Depois de mais ou menos um minuto, finalmente o tirei de seus devaneios.

— Tá…

— Tá?

— Só me fala isso.

— O quê?

— Você não matava pessoas de acordo com o seu estado de espírito, né?

— Ei. É claro que não.

Mas isso significa que ele deve ter matado por benefício e interesses pessoais.

Claro, durante o período do contrato, ele não teria razão para me matar… mas e depois? Quando o contrato acabar e ele estiver livre do meu controle? Tais preocupações ocuparam minha mente.

— Eu sou o seu servente. — disse ele, como se estivesse lendo meus pensamentos.

Servente… que palavra mágica que evoca em mim uma mistura paradoxal de ansiedade e alívio.

— Ei, eu matei algumas pessoas, mas… isso não significa que você precisa ficar desconfiado de mim assim… — murmurou Seo Dawon em tom baixo, com a audácia de reclamar.

— Você não consegue ouvir a contradição nas suas palavras?

— Quando foi que eu fiz algo para merecer todo esse seu medo? —  murmurou Seo Dawon, suavemente apoiando a cabeça no meu ombro. — Estou decepcionado.

A cabeça dele estava muito pesada, e o clima, péssimo. Queria sumir dali, mas, depois de ouvir que ele estava decepcionado, não consegui blindar o meu coração o suficiente para deixá-lo. Ah, droga… Por que ele tem que ser tão bom em fingir? Não é possível que as minhas palavras tenham realmente o atingido. Por que eu tenho que me sentir culpado?

— Ei, você acabou de fazer o Kim Sangyoon se mijar… — argumentei, tentando empurrá-lo na maldade, mas ele nem sequer se moveu.

— Mas, você acha que eu seria capaz de fazer algo assim com você?  — retrucou Seo Dawon descaradamente, fechando os olhos.

— …

— Hm? Por que não está dizendo nada?

— …Eu não acho que você seria.

— Né?

— Eu entendi, então você pode desencostar agora. — disse, deslizando lentamente meu corpo para o outro lado do sofá. No entanto, Seo Dawon permaneceu apoiado em mim – corpo gradualmente se deitando.

E então…

— Por que você vive abraçando o Lackey mas se revolta quando eu simplesmente me apoio em você? Nós dois somos seus serventes… — resmungou Seo Dawon.

Suas palavras provocantes fizeram meus braços se arrepiarem!

— Seu idiota maluco!

— Essa sua afeição não está muito desbalanceada, não?

— Ha… Acho que fui um otário de cair na sua lábia. — Furiosamente me levantei, me livrando do Seo Dawon e voltei pro meu quarto pisando duro, revoltado. Atrás de mim, pude ouvir suas risadinhas.

Caí na dele de novo. De novo!

Não importa o que aconteça daqui para frente – mesmo se ele vier chorando de coração partido – eu não vou mais me importar! Com uma resolução firme em meu coração, fechei a porta do quarto.


Nota:

Tradutora: Oiee, perdão a inatividade, loucura de final de ano, né. Avisando que eu não tive tempo de revisar esse capítulo (acho que vou ficar sem revisar até ter conseguir me organizar melhor) então desculpa qualquer coisa <3
Se quiserem apontar algo, podem avisar aqui nos comentários ou tem uma sessão no meu server do Discord

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