Volume 1
Capítulo 2: Lágrimas que viram Sorrisos
A luz fraca se infiltrou na pálpebra de Anuk. Quando a consciência finalmente voltou, ele estava deitado na cama, encarando o teto. Uma dor de cabeça absurda o atingiu de repente. Ele se sentou, tentando forçar a memória do dia anterior, mas não conseguia lembrar de nada.
Ainda meio grogue, olhou em volta, se questionando como diabos havia chegado ali.
"Tenho certeza que não deitei para dormir de forma normal ontem. E eu não bebo, então podemos descartar a ressaca e o risco de ter passado vergonha."
Enquanto ele refletia, a porta rangeu. Edward, o dono da cafeteria, entrou no quarto.
— Ora, parece que você finalmente acordou, pirralho. — A voz grave dele soou em tom de surpresa.
"Acho que também posso descartar a amnésia, já que lembro do Velhote", pensou Anuk.
— Minha cabeça tá doendo um pouco. O que aconteceu? — Ele perguntou, massageando as têmporas.
— Você saiu correndo ontem, atrás daquela garota — Edward explicou, puxando uma cadeira para se sentar.
"Garota?"
Anuk forçou a mente, e alguns flashes atravessaram o bloqueio.
"MAX!" A lembrança o atingiu.
— O que aconteceu com ela? Ela está bem? — As palavras saíram aceleradas, carregadas de preocupação.
— Não se preocupe. Graças a você, o pior não aconteceu. Agora, beba isso. — O homem lhe entregou um copo d'água e um comprimido.
— Que bom… — Anuk sentiu um alívio enorme e tomou o remédio. — Mas o que exatamente aconteceu?
— Eu esperava que você me respondesse isso. Afinal, quando chegamos, os dois estavam desmaiados.
— Sinceramente, as lembranças estão muito vagas… — Anuk tentou puxar o fio da meada do que aconteceu na tarde passada.
"As imagens estão borradas. Por mais que eu tente, não consigo lembrar com clareza. Parece mais um sonho. A única coisa que me lembro é…"
O rosto de Anuk esquentou. O coração disparou, e uma onda de ansiedade e vergonha o dominou.
"Eu vou proteger você para sempre." A frase lhe atingiu como um soco.
"IDIOTA! IDIOTA! POR QUE EU DISSE AQUILO?!" Ele se jogou de volta na cama, cobrindo o rosto.
— Você está bem? — Edward perguntou.
— E-eu… eu vou ficar.
"Não lembro o contexto exato daquela frase. Só espero que ela não tenha entendido errado… Ah, por que eu falo antes de pensar?"
— Que bom que está bem, porque você tem visita — Edward disse, levantando-se e indo em direção à porta.
— Visita? — Anuk se questionou e seguiu o homem instantes depois.
Lá embaixo, na área da cafeteria, uma garota de roupa social e uma bolsa rosa a tiracolo estava de costas, olhando a rua através do vidro. Era Max.
"Ela veio me matar, né?", pensou Anuk, sentindo um frio na barriga.
— Max, ele acordou. Falei que o garoto era duro na queda — Edward informou.
A garota se virou lentamente, encarando Anuk. Os olhos dela se fixaram nos dele, e um silêncio tomou conta do local por alguns segundos.
— A-ah, o-obrigada… — ela gaguejou, a voz falhando, como se as palavras se recusassem a sair.
— P-pelo o quê? — Anuk, ainda nervoso, respondeu sem entender o motivo do agradecimento.
— Você… não se lembra? — Ela perguntou, o tom desanimado e com um toque de decepção.
— Minhas memórias estão uma bagunça. Não tenho certeza do que aconteceu ontem — ele falou, tentando evitar o contato visual e se lembrando da promessa.
Max suspirou, mas logo se recompôs.
— Bem, você me salvou ontem. Nada mais justo do que eu agradecer.
— Salvei?
— Sim! — Ela respondeu, abrindo um sorriso.
— Ah, certo… Não precisa agradecer. Eu faria de novo se fosse preciso.
Enquanto os dois conversavam, Edward os observava com curiosidade e satisfação.
“Quem diria que esse encontro seria assim”, ele pensou, esboçando um sorriso discreto.
— Que bom que estão se dando tão bem, porque a partir de hoje a Max vai morar com a gente aqui na cafeteria — Edward anunciou em alto e bom som.
Anuk se virou para ele, surpreso com a notícia.
— Q-quê? É sério?
— Sim. Ela não tem para onde ir, então resolvi adotá-la também.
— Velhote, você tem um problema sério de adotar crianças perdidas, não é? — Anuk devolveu, sarcástico.
— É bom você ir aproveitando as piadas. Quem vai ter que dividir o quarto com ela é você — Edward rebateu com um sorriso malicioso.
— Oi?! — Anuk respondeu, chocado e incrédulo.
— Foi exatamente o que você ouviu. Lembra que eu disse que tínhamos apenas um quarto de hóspedes? Pois é, agora ele é de vocês dois.
"É, vai ser um longo ano", Anuk refletiu, encarando a menina à sua frente.
Eles nunca mais tocaram no assunto do dia anterior. Ficou como um sonho maluco que nenhum dos dois conseguia lembrar com total clareza. E assim, os anos se passaram.
Dois Anos Depois
A cafeteria finalmente inaugurou. Um lugar para reunir pessoas na hora do café, batizado de "Sonho do Amanhecer". Enquanto trabalhavam para manter o negócio, Edward decidiu matricular Anuk na mesma escola de Max: a AGF, uma academia de prestígio em Arcadia, Rio de Janeiro. Só entrava quem era o melhor dos melhores, e os formandos saíam direto para o mercado de trabalho. Por sorte do destino, e depois de muito esforço para ensiná-lo, Anuk conseguiu entrar, passando na prova de admissão.
P.O.V. Anuk
O tempo voou. Max e eu nos conhecemos melhor e, depois de alguns meses, passamos a interagir normalmente… bom, quase.
— Anuk, pedido da mesa 34!
— Ele pediu um sanduíche natural? Você recomendou o que eu sugeri pra ele?
— Para de se meter no pedido dos outros!
— Mas assim eles nunca vão ficar satisfeitos de verdade!
— A gente anota o que eles pedem e serve o que eles querem, sem dar palpite. Ponto final.
— Eu discordo completamente!
Depois de uma linha de diálogo assim, Max me olhava feio e me batia. Nossa convivência era boa; tínhamos nossas discordâncias, mas nada sério.
Eu descobri que tinha um ótimo jeito para entender o humor das pessoas. Usava isso para escolher pratos que agradassem de verdade os clientes. O problema era que muitos não gostavam de receber sugestões, e Max brigava comigo por ficar palpitando. Mas sempre que eu acertava — o que acontecia quase sempre —, ela ficava de boca aberta.
Além do trabalho na cafeteria, eu tive que me matar de estudar. Acompanhar uma academia de elite sem base nenhuma era como tentar lutar com um urso no mano a mano. Tinha cada matéria que eu não entendia, e só faltava a Max e o Velhote me jogarem pela janela. Mas, pelo menos, deu tudo certo, e eu passei na prova.
— Ufa, estou exausto! — Falei, me jogando na cama.
— Parabéns por ter conseguido passar. Me surpreende que você tenha entrado literalmente na média — Max disse, analisando minhas notas, usando uns óculos para parecer mais inteligente.
— O necessário é o suficiente!
— Mas não é só o necessário que vai te segurar na academia, você precisa se preocupar mais! — Max se inclinou, descendo um olhar que prometia sermão.
— Eu vou dar o meu melhor, tá? Prometo!
— Assim espero.
Mesmo com a vida entrando nos trilhos, eu sentia que havia algo errado, uma peça faltando. Algo que minha mente se esforçava para lembrar, mas a memória sempre falhava.
— Max, está acordada?
— Hmm, com você falando fica meio difícil dormir… — Ela resmungou, com a voz carregada de sono.
O nosso quarto era, no mínimo, exótico. Dividíamos um beliche, e as paredes eram coloridas em duas metades: o lado dela, rosa, e o meu, vermelho. As cores eram tão ruins que logo concordamos em pintar tudo de branco.
— Você tem a impressão de estar deixando passar algo muito importante?
— Ai, que tipo de pergunta é essa? — Ela questionou, e ouvi o barulho dela se ajeitando na cama para prestar atenção.
Eu sempre dormia na parte de cima, olhando para o teto. Segundo ela, se alguém fosse cair, que fosse eu, já que ela era uma dama e não podia se machucar.
— Não sei explicar direito, mas tenho a sensação de estar esquecendo algo crucial. Um sentimento de que falta alguma coisa.
— Agora que você mencionou… eu também sinto um pouco isso.
— Sério?
— Sim, mas é estranho. Não sei dizer o que está faltando, exatamente.
— Hum… será que isso tem a ver com o que aconteceu há dois anos?
— Você diz, quando a gente se conheceu?
— Isso.
— Pode até ser. Mas você é o tipo de pessoa que não gosta de se preocupar demais, né? Não adianta a gente forçar algo que simplesmente não volta para a memória. — Ela disse, se cobrindo e virando para a parede.
— Talvez você esteja certa — respondi, reflexivo.
Ela tinha razão. Eu geralmente não esquentava a cabeça com problemas sem solução imediata. No entanto, algumas coisas me incomodavam tanto a ponto de tirar meu sono. Quando isso acontecia, eu dava um jeito de fugir pela janela e subir no telhado da cafeteria, para encarar as estrelas.
— E cá estou eu de novo. — Esperei Max adormecer, deslizei pela janela e escalei até o topo.
Olhando o céu, me peguei pensando em tudo.
— Como eu posso mudar o mundo? Seria muito mais fácil se eu fosse algum tipo de super-herói mega poderoso… — Me peguei falando sozinho, tentando decifrar o caminho insano que eu tinha pela frente.
Ter um sonho é a parte fácil. A parte difícil é saber o que fazer para realizá-lo. Muitos diriam: esforço, foco e dedicação. E eles não estariam errados. O problema é quando o sonho exige muito mais do que isso. Exige uma orientação, já que não há caminho visível para seguir.
Eu estava preso nessa linha. Acho que nem Deus poderia iluminar esse caminho para mim.
— Quando não tem estrada, a gente constrói uma… Mas eu vou construir com o quê? Vento?
Deitei-me, observando o céu estrelado. Estranhamente, aquela vista me trazia conforto e segurança. Saber que existia um universo vasto e inexplorado me fazia acreditar que o impossível talvez fosse, de fato, possível.
— Será que um dia eu alcanço o céu? Quando eu mudar o mundo? Não sei se estou falando do céu espiritual ou do espaço, mas, poxa, seria legal ver as estrelas de perto. — Fechei a mão, tentando segurar uma estrela imaginária.
— Tsc, estou viajando demais. O importante é não desistir. Uma hora, as respostas que eu busco vão aparecer.
Mais um dia terminava. Faltava menos de uma semana para finalmente começarmos a ir para a academia.
Eu dificilmente sonhava, ou pelo menos não me lembrava dos sonhos. Mas, às vezes, tinha umas visões estranhas, como se fossem memórias antigas. Eu lembrava de sentir frio e medo, e de ouvir uma voz forte, mas suave, que parecia afastar todos os meus temores. Aquela pessoa era tão acolhedora que, na minha visão, mesmo sem conseguir enxergar o rosto, parecia brilhar tanto quanto a lua.
De manhã, senti os raios de sol batendo na minha cara e ouvi um galo cantando. Já estava acostumado a dormir ao relento. Quando isso acontecia, eu aproveitava para levantar mais cedo e ir à cidade comprar algumas coisas que estavam em falta no estoque.
— Vamos começar o dia — falei, bocejando e me levantando para apreciar a vista.
Quando você parava para olhar, a cidade era até bonita. Se você ignorasse os problemas, era um panorama agradável, uma mistura de rural e urbano: prédios grandes e alguns campos. Era um lugar realmente belo.
Fiz os preparativos e me joguei do topo da cafeteria em direção ao chão. A sensação de adrenalina com o vento no rosto era sempre muito boa. Desde aquele incidente com Max, anos atrás, eu me sentia mais forte, a ponto de pular de um terceiro andar sem me machucar. Não sei quão normal isso era, mas, sinceramente, não me importava, já que era divertido.
Ao aterrissar no chão eu já me programo para fazer minhas tarefas, e sempre que dava tempo tinha algo que eu gostava de fazer.
— Bom… vamos às compras!
Caminhando pela cidade, cumprimentava as pessoas e perguntava se precisavam de ajuda. Eu gostava de tentar ajudar, mesmo com coisas bobas. Carregava umas caixas aqui, passeava com alguns cachorros ali e até jogava jornal em portas — o que eu achava impressionante, quem ainda fazia isso em 2025?
Passando perto da Praça Júnior — onde o Velhote tinha me adotado, e que, aliás, tinha um nome péssimo —, vi uma garotinha pequena. Ela tinha cabelos castanhos, olhos azuis, usava uma tiara e um vestido rosa. Devia ter uns seis anos e estava chorando.
— Ei, está tudo bem? — Fui me aproximando devagar, sem querer assustá-la.
Ela parecia não me ouvir e continuava chorando alto. Eu só acho bem estranho ninguém nunca estar nessa praça, principalmente quando crianças estão por aqui.
— Oi, vai ficar tudo bem. Por que você está chorando? Talvez eu possa ajudar. — Me abaixei na frente dela, tentando acalmá-la com um carinho na cabeça.
— B-balão… — ela respondeu, soluçando e apontando para o céu.
Olhei para cima e vi um balão de festa sendo levado pelo vento.
— Não se preocupe, nós vamos pegar ele! — Falei, sorrindo e esbanjando confiança.
Agarrei a pequena e a coloquei sentada atrás do meu pescoço.
— Está pronta? — perguntei, animado, olhando para ela.
Ela me olhou confusa, mas balançou a cabeça positivamente. Então eu pulei. Uma das vantagens de meu corpo ter mudado era que eu podia quebrar vários recordes: salto, corrida, fôlego e mais. Pegar um balão no céu não era problema, a menos que ele já estivesse nas nuvens.
No começo, a menina estava morrendo de medo, me abraçando com força e escondendo o rosto. Mas, depois de alguns segundos, ela começou a espiar e até se divertir com a sensação de estarmos praticamente voando. Aquilo me fazia sentir bem. Por alguns instantes, eu realmente acreditava que podia alcançar o céu com um salto. Ver tudo lá de cima era uma experiência única.
— Não se preocupe, eu estou te segurando. Pode esticar a mão para pegar o balão.
Recuperamos o balão fugitivo sem dificuldades. O choro da menina se transformou em sorrisos e pousamos no chão.
— De novo, de novo! — Ela disse assim que a coloquei no chão.
— Quem sabe outra hora. Agora, preciso saber onde estão seus pais.
Depois de alguns minutos de busca, com ela apontando o caminho nos meus ombros, finalmente encontramos um casal. Eles eram a cara da menina: os dois tinham cabelos castanhos, e a mulher tinha os olhos azuis.
— Yo! — Falei, me aproximando do casal. — Acho que encontrei algo que pertence a vocês.
— Mamãe! Papai!
— EMMA! — Os dois exclamaram em uníssono.
Retirei a garota de meus ombros e a entreguei ao casal, que a abraçou com força.
— Onde você estava? A mamãe estava morrendo de preocupação! Nunca mais suma assim, mocinha! — A mulher falava, em prantos, uma mistura de preocupação e felicidade.
— E se você tivesse se machucado! Eu não sei o que faria! — O homem disse, grudado na filha.
— Está tudo bem, o moço Anuk me ajudou a recuperar o balão e me trouxe de volta.
Quando ela explicou, os dois me encararam de repente, me deixando sem jeito. No instante seguinte, o homem avançou e me abraçou com uma força surpreendente.
— OBRIGADO! OBRIGADO! VOCÊ É UM VERDADEIRO HERÓI, GAROTO! — ele exclamou, agora desabando em lágrimas de vez.
— T-tudo bem, não foi nada! — Tentei explicar, sentindo-me esmagado pelo abraço do homem.
— Querido, acho que você está sufocando o menino!
— Ah, sinto muito! — ele disse, me soltando e se afastando um pouco.
"Graças a Deus, obrigado, moça. Achei que ele ia me matar esmagado!"
— Você é um rapaz muito gentil e bonito. Obrigada por trazer Emma de volta! — a mulher reforçou.
— Como eu disse, não foi nada!
— Você merece uma recompensa! Vou buscar minha carteira. — O homem começou a se dirigir para a casa.
— Não, que isso! Vocês não precisam se preocupar; qualquer um poderia ter feito isso. É a coisa certa. Não precisam me recompensar ou algo do gênero! Só de ver vocês felizes me basta.
Os dois me encararam surpresos novamente. Então, o marido me atacou mais uma vez, quase me esmagando num abraço.
— VOCÊ É UM MENINO MUITO BOM! VOCÊ É UM ANJO! — Ele chorava de felicidade.
— Querido…
— VERDADE! DESCULPA! — Ele se afastou de novo.
Eu dei uma boa risada com eles depois de toda aquela cena dramática.
— Tem certeza de que não quer nada em troca? — A mulher insistiu.
— Tenho, não se preocupem. Só tomem mais cuidado com a pequena Emma. E você, Emma, vê se não foge dos seus pais de novo por causa de um balão, hein! — Apontei para a menina.
— OKKK! — Ela me respondeu com um sorriso enorme. — Mamãe, o Anuk é SUPER LEGAL! Posso sair para brincar com ele de novo?
— Minha filha, o rapaz deve ser ocupado. Não pode ficar incomodando os outros assim!
— Que isso, não me importo de jeito nenhum. Se aparecer uma oportunidade, podemos sair todos juntos e eu passo um tempo brincando com ela! — Expliquei, mostrando meu melhor sorriso.
A mulher me encarou novamente, com um olhar de pura satisfação.
— Você realmente não existe, né? De que planeta você veio?
— Talvez Marte, hahaha!
Trocamos números de telefone, para que eu pudesse brincar com ela se houvesse uma chance. Despedi-me dos três. Ver aquele casal e a filha felizes tinha animado o meu dia. Após esse desvio de rota, finalizei minhas compras e parti para meu último destino.
— E aí, seu louco? Nem te conto: eu simplesmente ajudei uma menininha a recuperar um balão e fui chamado de herói pelo pai dela por levá-la para casa. Loucura, né? — Ao chegar ao local, comecei a contar minhas histórias.
Aquele lugar não me trazia as melhores lembranças, mas eu gostava de mantê-lo atualizado e ter um pouco de companhia, mesmo que ele não me respondesse.
— Sabe, Velho, sinto sua falta. Queria que você visse como estou evoluindo… Mas você, com certeza, ficaria feliz em saber que tomei minha decisão. Mesmo que seja por essas pequenas coisas que faço, como ajudar a menina de hoje, eu escolhi salvar as pessoas e tentar mudar esse mundo… Besteira, né? Eu sei, parece o sonho de um maluco. No entanto, você disse que eu era capaz, então sinto que talvez isso seja possível.
Encarei a lápide, deixando algumas flores novas.
— Eu não vou desistir. Minha jornada está apenas começando, então fique de olho em mim de onde você estiver, Velho. Prometo que não vou te decepcionar! A gente se vê outro dia. — Terminei, virando as costas e deixando o local.
Mesmo que ele não esteja mais comigo, ainda o guardo no meu coração, e isso é motivação o suficiente para eu me esforçar e lutar pelos meus sonhos. No momento em que tomei a decisão de ajudar os outros, não posso mais voltar atrás, pois é isso que um herói faria: fazer as lágrimas se tornarem sorriso.
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