Diários de uma Apotecária Japonesa

Tradução: Sakuta404

Revisão: Mon


Vol 1

Capítulo 18: A festa no jardim (parte três)

  A primeira impressão que se tinha de Lishu, a Consorte Virtuosa, era de que ela não tinha muita sensibilidade para perceber o clima ao seu redor.

A primeira parte do banquete havia terminado, e agora havia um intervalo antes do próximo momento começar. Maomao e Guiyuan foram ver a Princesa Lingli. Enquanto Guiyuan trocava o aquecedor de mãos, que já havia esfriado, por um novo, Maomao deu uma rápida olhada na criança.

Parece que está com boa saúde.

Lingli, com o rosto corado como uma maçã, tinha um ar saudável e rechonchudo — bem diferente da primeira vez que Maomao a vira. Tanto seu pai, o imperador, quanto sua avó, a imperatriz-viúva, a adoravam profundamente.

Embora... não sei se ela devia estar aqui fora. Especialmente considerando quantas cabeças rolariam se a princesa pegasse um resfriado por causa do frio. Por precaução, haviam mandado fazer um berço com uma espécie de cobertura, parecido com um ninho de pássaro.

É, ela é fofa. Acho que já é motivo suficiente.

Ah, bebês eram mesmo criaturas perigosas: até Maomao, que nunca teve um gosto especial por crianças, sentiu o coração amolecer. Quando Lingli começou a se remexer, querendo sair, Maomao a ajeitou com cuidado no carregador e estava prestes a entregá-la para Hongniang quando ouviu um sonoro resmungo atrás de si.

Uma jovem de mangas elaboradas, em um tom de pêssego rosado, a observava. Atrás dela, várias damas de companhia formavam uma fila. Apesar do rosto meigo e juvenil, seus lábios estavam franzidos em clara insatisfação. Talvez estivesse irritada por Maomao ter ido direto até a criança sem antes se curvar diante dela.

Então essa deve ser a jovem esposa, pensou Maomao. Hongniang e Guiyuan se curvaram respeitosamente, e Maomao as imitou. A Consorte Lishu, ainda visivelmente contrariada, afastou-se com suas damas de companhia logo atrás.

“Era a Consorte Virtuosa?”

 

“Era ela, sim. É difícil não notá-la.”

 

“Mas parece que ela não nota os outros.”

Cada uma das “quatro consortes” do imperador tinha uma paleta de cores própria. A da Consorte Gyokuyou era rubi e jade; a de Lihua, azul ultramarino e cristal. Pelo tom das vestes de suas criadas, Ah-Duo, a Consorte Pura, devia ter recebido a cor preta. Ela morava no Pavilhão Granada, o que sugeria que sua pedra preciosa associada era justamente a granada.

Se for pelo ciclo dos cinco elementos, a última cor deveria ser o branco.

O tom rosado-claro usado por Lishu era perigosamente parecido com o vermelho da Consorte Gyokuyou. As duas estavam sentadas lado a lado no banquete, o que fazia com que suas cores parecessem competir entre si.

Na verdade... Maomao percebeu que a discussão entre as criadas, que ela havia ouvido sem querer, era sobre esse mesmo assunto. Um grupo repreendia o outro por usar cores muito próximas às de suas senhoras.

 

“Dá até vontade de que ela amadureça logo, não é?” suspirou Hongniang, expressando perfeitamente o sentimento.

 

Maomao colocou o aquecedor de mãos que havia esfriado sobre o braseiro preparado para isso. De longe, via várias damas de companhia observando, então, com a permissão de Gyokuyou, distribuiu algumas das pedras aquecidas. Era curioso: aquelas mulheres estavam acostumadas a viver cercadas de seda e joias, mas algumas simples pedras mornas conseguiam realmente fazê-las felizes.

 

Infelizmente, as mulheres do Pavilhão de Cristal se afastaram de Maomao como se houvesse uma força invisível repelindo-as. Ela podia vê-las tremendo de frio — deveriam simplesmente ter aceitado os aquecedores.

 

“Você não é boazinha demais?” perguntou Yinghua, com um tom de exasperação.

 

“Agora que você mencionou, talvez.” Ela havia apenas expressado o que sentia. Pensando bem...

 

Desde o intervalo, o espaço atrás da cortina tinha ficado bem mais movimentado. Não eram apenas damas de companhia — também havia oficiais civis e militares ali. Todos carregavam algum tipo de adorno nas mãos. Alguns conversavam a sós com as servas, enquanto outros eram cercados por pequenos grupos de mulheres.

 

Guiyuan e Ailan estavam falando com um oficial militar que Maomao não reconhecia.

 

“É assim que eles descobrem as melhores flores escondidas no nosso jardim,” explicou Yinghua, soltando um risinho como se estivesse acima de tudo aquilo.

 

O que será que a estava irritando tanto?

 

“Ah.”

 

“Eles dão esses acessórios como um símbolo.”

 

“Entendi.”

 

“Claro, às vezes pode significar outra coisa...”

 

“Aham.”

 

Yinghua cruzou os braços e fez um biquinho diante das respostas apáticas de Maomao. “Eu disse que às vezes pode significar outra coisa!”

 

“Sim, eu ouvi.” Ela nem parecia interessada em perguntar o que aquilo queria dizer.

 

“Tá bom então, me dá o grampo de cabelo,” disse Yinghua, apontando para o enfeite que Maomao havia recebido de Jinshi.

 

“Tudo bem, mas você vai ter que disputar ele no pedra-papel-tesoura com as outras duas,” respondeu Maomao, virando as pedras do braseiro. Ela não queria que aquilo acabasse virando uma briga. Além disso, se Hongniang descobrisse que ela tinha simplesmente entregue o grampo para a primeira pessoa que pedisse, provavelmente levaria outro tapa na cabeça. A chefe das damas de companhia era rápida com as mãos.

 

Para Maomao, que planejava voltar para casa assim que completasse seus dois anos de serviço, “subir na vida” não tinha nenhum atrativo.

 

Além do mais, se ele achar que isso dá o direito de mandar em mim, prefiro voltar a servir no Pavilhão de Cristal, pensou Maomao, com a expressão de quem observa uma cigarra morta.

 

Foi então que ouviu uma voz suave: “Aceite isto, senhorita.”

 

Um grampo ornamental foi estendido para ela. Um pequeno enfeite de coral rosado balançava levemente na ponta.

 

Maomao levantou o olhar e viu um homem de aparência vigorosa lhe oferecendo um sorriso educado. Era jovem e não tinha barba. Tinha um ar viril, mas seu sorriso atencioso não provocou o menor efeito em Maomao, que tinha uma resistência incomum a esse tipo de charme.

 

O homem, um oficial militar, percebeu que Maomao não estava reagindo como ele esperava, mas não retirou o presente que lhe oferecia. Ele estava meio agachado, e suas pernas já começavam a tremer.

 

Depois de um tempo, Maomao percebeu que o estava deixando numa situação um tanto constrangedora. “Obrigada.” Ela pegou o grampo de cabelo, e o homem sorriu satisfeito, como um cachorrinho que acabara de agradar o dono. Um vira-lata animado, pensou Maomao.

 

“Bem, até mais, então. Prazer em conhecê-la. Meu nome é Lihaku, aliás.”

 

Se eu achasse que te veria de novo, talvez me desse ao trabalho de lembrar disso.

 

O grandalhão, que agora acenava para Maomao, ainda tinha uma dúzia de grampos enfiados no cinto. Provavelmente estava distribuindo para todas, para não deixar nenhuma dama sem presente e evitar constrangimentos. Um gesto até educado, reconheceu Maomao.

 

Talvez eu tenha sido injusta com ele, pensou, olhando para o enfeite de coral.

 

“Você também ganhou um?” perguntou Guiyuan, aproximando-se com as outras meninas. Cada uma segurava seu pequeno prêmio.

 

“Sim... Um prêmio de consolação,” respondeu Maomao sem emoção. Talvez ele estivesse apenas entregando os adornos às moças que pareciam sozinhas, sem ninguém para conversar.

 

“Que jeito triste de ver as coisas,” disse uma voz refinada e familiar atrás dela.

 

Maomao se virou e se deparou com a bela consorte Lihua.

 

Ela parece um pouco mais cheia... Ainda assim, não tão saudável quanto antes. As últimas sombras em seu rosto só realçavam ainda mais sua beleza. Vestia uma saia azul-marinho escura, uma sobrecamisa azul-clara e um xale azul sobre os ombros.

 

Deve estar com frio, pensou Maomao. Como serva de Consorte Gyokuyou, ela não podia ajudá-la diretamente. Desde que deixara o Pavilhão de Cristal, só ouvia notícias da consorte por meio dos comentários ocasionais de Jinshi. Mesmo que tentasse visitá-la pessoalmente, as damas de Lihua certamente a expulsariam na porta.

 

Maomao se curvou como Hongniang havia lhe ensinado. “Faz tempo demais, milady.”

 

“Sim, tempo demais,” respondeu Lihua, tocando o cabelo de Maomao quando ela levantou o olhar. A consorte prendeu algo em seus fios, do mesmo jeito que Jinshi fizera antes. Não doeu dessa vez — só parecia que algo havia sido fixado no cabelo. “Cuide-se,” disse Lihua, afastando-se com elegância, enquanto repreendia discretamente suas damas por não conseguirem esconder o espanto.

 

As mulheres do Pavilhão de Jade também ficaram intrigadas. “Hmph, fico imaginando o que Lady Gyokuyou vai achar disso", murmurou Yinghua, dando um leve peteleco no novo grampo que sobressaía da cabeça de Maomao.

 

Três enfeites de quartzo pendiam do cabelo dela, tremendo suavemente.

 

Mais tarde, depois do meio-dia, Maomao tomou o lugar de Hongniang atrás de Consorte Gyokuyou — era hora da refeição. A pedido insistente de Yinghua, ela prendeu os três grampos que havia recebido em seu cinto. O acessório que Gyokuyou lhe dera era um colar, então até faria sentido usar um dos grampos no cabelo, mas qualquer escolha poderia parecer um desprezo pelas outras duas oferendas.

 

Era esse tipo de cuidado constante — de sempre pesar como cada gesto seria interpretado — que tornava a vida de uma dama de companhia tão cansativa.

 

Agora, observando o banquete de uma posição de destaque, Maomao percebeu o quanto tudo era impressionante. Oficiais militares se alinhavam ao lado oeste, e os civis, ao leste. Apenas dois em cada dez tinham direito a se sentar à longa mesa; os demais permaneciam de pé em fileiras impecáveis. De certo modo, tinham uma vida até mais dura que a das servas — ficavam ali imóveis por horas.

 

Gaoshun estava entre os sentados junto aos oficiais militares. Maomao percebeu que ele era mais importante do que imaginava. Ainda assim, ficou surpresa ao ver um eunuco ocupar um assento entre os oficiais com tamanha naturalidade. O grandalhão de antes também estava lá, em um lugar mais baixo que o de Gaoshun — mas, considerando sua idade, talvez isso só significasse que ainda era novo na hierarquia, começando agora a trilhar seu caminho no mundo.

 

Jinshi, por outro lado, não estava em lugar algum. Seria de se esperar que alguém tão deslumbrante chamasse atenção mesmo numa multidão, mas, como não havia necessidade real de procurá-lo, Maomao se concentrou em seu trabalho.

 

O vinho veio primeiro, servido como aperitivo. Era despejado delicadamente de garrafas de vidro em copos prateados. Maomao girou o líquido dentro do copo com cuidado, observando se havia qualquer turvação. Caso houvesse traços de arsênico, manchas escuras apareceriam.

 

Deixou o vinho rodar suavemente e, em seguida, o cheirou. Depois, tomou um pequeno gole. Já sabia que não havia veneno ali, mas se não provasse, ninguém acreditaria que estava fazendo seu trabalho direito. Engoliu e depois enxaguou a boca com água limpa.

 

Hm? De repente, Maomao percebeu que se tornara o centro das atenções. Os outros provadores ainda não haviam encostado os copos nos lábios. Quando viram que ela confirmara que não havia perigo, começaram, hesitantes, a beber também.

 

Compreensível. Ninguém queria morrer, afinal. E, se uma taster tivesse coragem de provar primeiro, o mais seguro era esperar para ver o que acontecia com ela. Se alguém quisesse envenenar o banquete, só faria sentido usar um veneno de ação imediata.

 

Maomao provavelmente era a única ali que já experimentara venenos por diversão. Ela tinha, digamos, uma personalidade peculiar.

 

Se eu tivesse que morrer, preferia que fosse com toxina de baiacu. Os órgãos misturados numa boa sopa...

 

O leve formigamento que deixava na língua — ela simplesmente adorava. Quantas vezes já não provocara vômitos e limpava o estômago só para sentir de novo aquela sensação?

 

Maomao já havia se exposto a inúmeros tipos de veneno para desenvolver resistência, mas o baiacu era mais um gosto pessoal. E ela sabia muito bem que, nesse caso, o corpo jamais se tornaria imune, por mais vezes que fosse exposto.

 

Enquanto esses pensamentos passavam pela sua mente, seus olhos encontraram os da dama que lhe entregava o aperitivo. Os cantos dos lábios de Maomao se curvaram levemente; para a mulher, devia parecer um sorriso sinistro, quase demente. Percebendo, Maomao deu dois tapas nas próprias bochechas e forçou de volta sua expressão neutra habitual.

 

O prato servido era um dos favoritos do imperador — algo que, às vezes, aparecia quando ele passava a noite no palácio. Pelo visto, a cozinha do harém estava responsável pelo banquete daquela vez. O sabor era familiar.

 

Como as outras provadoras observavam Maomao atentamente, ela não demorou a pegar os hashis.

 

O prato era feito de peixe cru e legumes temperados com vinagre. O imperador podia ser um homem de desejos intensos, mas suas preferências alimentares eram surpreendentemente saudáveis — pensou Maomao, impressionada.

 

Mas... parece que houve uma confusão, notou ela, ao perceber que os ingredientes estavam diferentes do normal. O prato geralmente era preparado com carpa-preta, mas o de hoje levava água-viva.

 

Seria impensável que os cozinheiros tivessem errado a receita do prato favorito do imperador. Se houve troca, devia ter sido entre as refeições preparadas para diferentes consortes. A equipe culinária do harém era extremamente competente, e preparava variações do mesmo prato para agradar ao imperador e suas diversas esposas. Quando Gyokuyou estava amamentando, por exemplo, ela recebia uma infinidade de pratos que ajudavam na produção de leite.

 

Quando a degustação terminou e todos começaram a comer, Maomao notou algo que reforçava ainda mais sua suspeita de que houve engano nos pratos. Lishu, a consorte distraída, olhava para o seu aperitivo com o rosto um pouco pálido.

 

Parece que ela não gosta muito disso. Mas, como aquele era o prato preferido de Sua Majestade, seria inaceitável deixá-lo pela metade. Mesmo assim, Lishu tentava continuar, esforçando-se para engolir um pedaço de carpa crua que tremia entre seus hashis.

 

Atrás dela, a dama que servia como sua provadora estava de olhos fechados. Seus lábios tremiam, e pareciam se curvar num leve arco.

 

Ela estava rindo.

 

Eu preferia não ter visto isso, pensou Maomao, voltando-se então para o próximo prato.

 

Se ao menos tivesse sido apenas um banquete, pensou Lihaku. Ele não se dava bem com aquele tipo de gente da elite, que olhava os outros de cima, com o ar superior típico da corte imperial. Que graça havia em fazer uma festa ao ar livre, no frio cortante, com o vento açoitando o rosto a cada instante?

 

Uma boa refeição, isso sim teria bastado. Deveriam imitar os antepassados — um gole de bebida, um pedaço de carne e alguns amigos próximos num jardim de pêssegos.

 

Mas onde havia nobres, havia também a possibilidade de veneno. Por mais refinados que fossem os ingredientes, por mais habilidoso que fosse o preparo, tudo já estava frio quando os provadores terminavam seu trabalho. E junto com o calor, desaparecia metade do sabor.

 

Ele não culpava os provadores, mas era difícil assistir àquilo: pessoas forçando-se a levar o alimento à boca, pálidas de medo. Só de olhar, Lihaku quase perdia o apetite. E como sempre, parecia que todo o processo demorava uma eternidade.

 

No entanto, dessa vez, havia algo diferente. Normalmente, os provadores se entreolhavam com nervosismo antes de provar qualquer coisa. Mas hoje, uma das provadoras parecia curiosamente tranquila. Era uma pequena dama de companhia da Consorte Preciosa — a mesma mulher a quem Lihaku havia dado um prendedor de cabelo mais cedo. Ela levou o copo de prata aos lábios, tomou um gole do aperitivo e engoliu calmamente, sem sequer olhar para as outras mulheres. Depois, enxaguou a boca como se não fosse nada demais.

 

Lihaku lembrou-se dela: não era especialmente bonita, apenas organizada e discreta, facilmente confundida entre as outras servas do palácio, muitas delas de beleza marcante. Mas havia algo no olhar dela, uma firmeza que podia intimidar os outros com um simples gesto.

 

Sua primeira impressão foi de frieza, mas logo se surpreendeu ao vê-la esboçar um sorriso repentino — um sorriso estranho, quase fora de lugar — que desapareceu tão rápido quanto surgiu. Em seguida, ela voltou a parecer aborrecida. Ainda assim, continuou a provar cada prato com uma calma desconcertante. Era difícil desviar os olhos. Lihaku se pegou tentando adivinhar qual seria a próxima expressão que surgiria em seu rosto.

 

A jovem recebeu então a sopa. Observou-a atentamente e levou uma colher à boca, provando apenas algumas gotas. Seus olhos se arregalaram por um instante — e, de repente, um sorriso extasiado tomou conta de seu rosto. Um leve rubor coloriu suas bochechas, os olhos marejaram, e seus lábios se curvaram num sorriso encantador. Por um breve momento, ela parecia outra pessoa: a língua avermelhada e o brilho nos lábios a faziam parecer uma cortesã experiente saboreando o prazer de um segredo.

 

Era isso que tornava as mulheres tão assustadoras, pensou Lihaku. Bastava um instante para que uma mulher comum se transformasse numa visão irresistível. O que havia naquela sopa? Ou talvez fosse o talento dos chefs do palácio, capazes de criar algo assim?

 

Lihaku engoliu em seco — e então a jovem fez algo inacreditável. Tirou um lenço da bolsa, levou-o aos lábios e cuspiu o que acabara de provar.

 

"Está envenenado", disse a dama de companhia, com a mesma expressão

 neutra de antes. Sua voz era calma, objetiva, como quem faz um simples relatório. Em seguida, desapareceu por trás da cortina das damas.

 

O banquete terminou em completo caos.

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