Setes Japonesa

Tradução: Batata Yacon

Revisão: Delongas


Volume 7

Capítulo 8: Conexão


Como regra geral, Skills ficavam mais poderosas com quanto mais estágios fossem obtidos.

Para aqueles que tinham Skills que fortalecem seus corpos, geralmente o caso é que eles recebem uma versão ainda mais forte para suas expansões.

Mas existem exceções em tudo.

Minha Skill de primeiro estágio【Experiência】 era uma questionável para caramba em que dava mais experiência do que a pessoa normalmente obteria.

E com isso, fui capaz de compensar por minha constituição que requer uma vasta quantidade de experiência, e na verdade, raramente passar por um Crescimento.

Mas então há o segundo estágio 【Conexão】.

É uma Skill relacionada a laços.

Sem relação nenhuma a obter mais experiência; algo completamente diferente.

E eu teria preferido simplesmente ganhar mais experiência. Mesmo se minha, constantemente ativa,【Experiência】 já sugasse um bom bocado de Mana.

Mesmo se a quantidade consumida subisse um pouco, minha Mana atualmente era vasta o bastante para suportar.

O problema era que algo completamente irrelevante havia aparecido.

Após encontrar a Qilin, Shannon teve que me fazer parecer suspeito, então eu ia explicar isso e mudar de assunto.

Era realmente uma péssima hora para explicar que eu tinha os espíritos de cinco ancestrais diferentes gravados na Joia.

(Eu realmente devia ter simplesmente explicado aquilo antes de acabar assim.)

Digo, a razão principal era simplesmente que explicar seria um saco.

A-a verdade é, que eu... estou perpetuamente sob tutela!

Eu não tinha vontade de falar isso, e um pouco de orgulho para não deixar que os outros pensassem assim de mim.

Noite.

Em um fogo que estava aceso perto do Portador, me foi oferecida uma bebida quente em um copo metálico.

Todos estavam aguardando eu começar a falar.

Shannon tinha seus olhos na Joia, então os ancestrais se mantiveram em silêncio.

(… Realmente uma hora bem ruim para mim.)

Shannon e Eva estavam falando sobre a Joia.

E elas já sabiam que a Celes tinha uma bem parecida. Por causa disso, caso opiniões fossem expressadas contra o artefato, as coisas ficariam realmente problemáticas.

Olhares duvidosos circundavam, apesar de uma pequena porção olhar com curiosidade.

— ... A verdade é, tem algo que estive ocultando.

Uma fumaça branca subiu do copo, e ocasionalmente um vento frio a sacudia. Eu olhava para ela enquanto quietamente continuava.

— É sobre minhas Skills.

Shannon inclinou sua cabeça:

— Ei, por que está falando de Skills? Apenas fale logo sobre a Joia azul no seu pescoço de uma vez...

— Porque estão relacionadas!

Shannon foi tomada de sobressalto, o conteúdo de seu copo saltando um pouco, e parte acabando no chão.

Eu me desculpei, e expliquei minhas skills.

— Minha Skill … 【Experiência】 é uma para se adquirir uma quantidade maior de, bem, experiência. Ela fica perpetualmente ativa.

Ouvindo isso, Eva...

— Uwah, isso é realmente conveniente. Classe Suporte, não é? Não dá pra viver só com essa?

Eu assenti, e comecei a falar da segunda:

— É só que o segundo estágio 【Conexão】 é... uma para criar ligações.

Clara esteve levando seu copo à boca, mas parou e me olhou.

— Não consigo imaginar como sendo uma aplicação maior da primeira.

Tomei um gole, e umidifiquei o interior da minha boca antes de continuar:

— É uma Skill para criar linhas especiais comigo no centro. Se pode transmitir entendimento mútuo... isso, foi por ela se ativar que a Qilin ficou furiosa, pelo que parece.

No momento que eu disse isso, os olhos de todas se aguçaram.

Novem ainda lançava uns olhares duvidosos.

(Beleza! Superando a crise desse jeito!)

Comecei a realizar que essa história tinha muito mais força de persuasão do que as existências improváveis dos ancestrais.

Para falar toda a verdade, eu teria que ir da Joia até uma explicação das Skills dos ancestrais.

E eu teria que contar a história do Quinto também.

E não tenho problemas em contar tudo isso, mas poderia ser um saco se mal-entendidos aparecessem. Como se eu estava sendo manipulado ou não.

Se essa mentalidade aparecesse, seria bem difícil resolver o mal-entendo.

Porque a verdade atual era, que a mudança da Celes tinha uma clara relação com a Joia em suas mãos. E a Novem já havia explicado isso para todas.

Eu não quero que pensem em mim como sendo a mesma coisa, e seria realmente problemático se acabarem selando a Joia .

Aria suspirou:

— Significando que ficou com raiva porque você usou uma Skill? ... então é culpa sua afinal.

O olhar que ela me lançou foi bem frio, mas por dentro eu...

(Beleza! Agora a conversa está indo na direção das Skills!)

Se eu tivesse me aberto sobre esse assunto antes, não teria que passar por isso... e isso não era um arrependimento de apenas uma vez ou outra.

Miranda…

— Se isso é verdade, então você é realmente algo e tanto, Lyle. Essa coisa de entendimento mútuo é interessante por conta própria. É como se você houvesse despertado uma outra Skill completamente diferente.

A primeira é uma amplificação de experiência.

A segunda é de entendimento mútuo entre camaradas.

Elas realmente eram Skills completamente diferente. Mas se for para perguntar se foi isso que me preveniu de contar, devo dizer que esse não é o caso.

(Ah~ será que eu conto? Mas se não... Eu realmente não quero.)

No momento que a Skill se manifestou, seu nome e usos apareceram na minha cabeça muito claramente, como se eu estivesse simplesmente me lembrando de algo que me foi ensinado há pouco tempo.

Era por isso que todos podiam entender como usar suas próprias Skills. Naturalmente, eu sabia exatamente como usar Conexão.

Eu entendia, mas não quis dizer até agora.

(Se eu falar, outro mal-entendido estranho vai aparecer, não vai…?)

Eu realmente não queria falar sobre isso, e se possível, também não queria usá-la. A performance dela era espetacular, mas o método de criar as linhas não era nada bom.

Eu mesmo achava questionável.

Miranda me exortou:

— E então, por que você não usou essa Skill em nós? Você por acaso não quer ser espiado?

Desviei meus olhos de seu enorme sorriso.

— ... Quando a linha é formada, sou eu quem administra, então espiar é impossível. Talvez seja melhor pensar nisso como a habilidade de escutar as vozes dos outros independentemente da distância ou obstáculos no caminho? Ah, talvez a distância seja relevante, todavia.

Clara levantou seus óculos com a ponta de seu dedo, retornando-os a sua posição original, antes de falar um pouco excitada:

— Isso é incrível. Tenho certeza que existe uma Skill básica na Classe Suporte, mas só de tê-la já é o bastante para a pessoa ser recrutada imediatamente. Porque é uma Skill que deixa um grupo se mover mais eficientemente.

Todas presentes ficam um pouco excitadas, mas nisso, a Novem...

— ... Lyle-sama, por que você nunca usou ela até agora? Há algum tipo de problema?

Pensando que a hora finalmente havia chegado, engoli o que sobrava no meu copo. Havia ficado morno, mas contrariamente, mais fácil de descer.

Mônica se aproximou, e despejou um pouco mais.

—- ... É um beijo.

Eva me olhou estranhamente:

— O quê?

— Para formar as linhas, o que é necessário é um beijo! Além do mais, é preciso fazer isso toda vez que se quiser usá-la! Alguma de vocês realmente acreditaria se eu dissesse algo assim!?

Todas fizeram expressões complicadas enquanto me olhavam. Aria abriu sua boca.

— S-só um b-beijinho e pronto, não é? O que foi, não é como se nós f-fôssemos crianças ou algo assim.

Seu rosto estava profundamente vermelho, e mesmo se dissesse algo assim, ela não tinha nenhum poder persuasivo. Entre nós, a Aria não era a mais inocente com coisas assim?

— Não é um levinho. Para criar a linha, é preciso o mais profundo! Não daquele que os pais dão nas crianças!

Com seu rosto ainda corado, Aria começou a murmurar o que soava como “p-profundo...” enquanto abaixava sua cabeça.

Fazendo uma expressão complicada, Miranda soltou um suspiro:

— Hah... então Lyle, o que você está dizendo é o seguinte? Você quis criar uma linha com aquela Qilin, e ia tentar... beijá-la?

Relutante, tudo o que pude fazer era assentir.

— ... Sim? Exatamente isso.

Clara disse, “bem, é claro que ficaria com raiva”, enquanto a Eva: “tenho certeza que existem pessoas que amam animais o bastante para fazer isso.” Eva estava dando um sorriso rígido.

Shannon recuou:

— Então você enfureceu ela tentando beijar? Você é idiota?

Eu sabia que isso estava vindo, mas causou mais dano que o antecipado quando chegou aos meus ouvidos.

Miranda estava lançando um olhar irritado.

Novem levou sua mão à boca, pensando profundamente em algo.

Mônica…

— Puxa vida... se você houvesse simplesmente falado, então eu teria te dado tantos beijos quanto quisesse, tão leves ou profundos quanto necessário! Agora, frangote... vamos dar um beijo adulto, e criar uma linha rapidamente.

Eu contive a cabeça da Mônica com minha mão esquerda, enquanto ela se aproximava com ambos os braços abertos, e fui direto com ela.

— Não, você já tem um tipo de linha da mana formada, então um beijo é desnecessário. Maravilhoso, não é? Eu não tenho que te beijar para formar uma linha com você.

Ouvindo isso, Mônica foi ao chão imediatamente:

— Você enreda línguas com um animal, ainda assim não beija a empregada ideal de todo o mundo, Mônica... mesmo assim, eu servirei ao seu lado até o fim. Ó lamentável Mônica. Ela nunca perderá contra algo como um Qilin!

(Essa garota é um saco…)

A atmosfera havia ficado bem tensa, mas senti alívio por haver superado a situação de algum jeito.

Apesar de sentir que perdi mais do que ganhei.

Meia-noite.

Confirmei que todas com exceção da vigia estavam dormindo, e carreguei minha consciência até a Joia.

Na sala com a mesa redonda, o Quinto aguardava.

Ele se sentava em sua cadeira, mas parece que não conseguia se acalmar.

Seus cotovelos estavam em cima da mesa, uma mão sob seu queixo e a outra incessantemente tamborilando a mesa de conferências.

(NT: Acabei de notar isso, mas o inglês realmente não tem um sinônimo para mesa, tem...)

『Você está bem atrasado.』

— Eu fui bastante mal entendido, mas de algum jeito consegui explicar. Por causa disso, estou sendo confundido com um pervertido.

Quando eu disse isso, o Quinto inclinou sua cabeça.

『Como que algo como beijar um animal te faz um pervertido? Para um animal, isso é só um tipo de cumprimento, merda. Oh, é mesmo. Venha ao meu quarto imediatamente.』

Dizendo isso, o Quinto me trouxe consigo até seu quarto de memórias.

O quarto do Quinto era um espaço como um estábulo que persistia por uma longa distância.

Mas não era só gado contido em seu interior.

Vários animais de vários tamanhos seguiam com suas vidas.

— Hm, isso é?

『O viveiro que preparei. No começo, eram só coisas como cães e gatos. Depois vieram os pássaros, e acho que foi aí que os freios quebraram. Quando se tratava desses carinhas, eles simplesmente continuavam crescendo.』

Não, não era você que estava fazendo eles crescerem?

Quando pensei isso, a porta no fundo de um estábulo relativamente vasto se abriu sozinha.

Dentro, branco com uma crina dourada, e um pequeno chifre com uma ponta arredondada crescendo de sua testa, deitava-se um Qilin.

— Então seu pescoço foi ferido?

Uma bandagem estava amarrada em volta, e talvez estivesse cautelosa, já que se encolheu como uma bola nas profundezas do cômodo. A bandagem em torno de seu pescoço havia ficado vermelha, e não parecia ter tocado em sua comida.

『Eu dei a ela o nome May. Digo, mesmo sendo uma qilin, ela não desenvolveu nenhuma afeição, tanto quanto eu tentasse』

(NT: O trocadilho original aqui é que Mei significa sobrinha, e ele está brincando que uma sobrinha nunca se apega ao seu tio. Parece ser algum ditado em japonês, no inglês ainda dava pra manter algum trocadilho, mas infelizmente isso não foi possível em Pt-Br.)

O Quinto afagou uma encolhida May, mas como estávamos dentro de suas memórias, ela não mostrou reação.

Passos eram audíveis da entrada do estábulo. Duas pessoas haviam entrado, e entre elas estava um Quinto de meia-idade completamente carregado de bolsas e pacotes.

O Quinto das memórias olhou para a May, e...

『Olha, se você não comer, nunca vai ficar saudável.』

Então a pessoa com ele é um veterinário? O homem estava tremendo até os pés.

『Caro visconde, se você deter um qilin, ele vai chamar seus companheiros e fará chover retribuição sobre você, ou assim ouvi. Você deveria devolvê-la à selva assim que possível. E o que exatamente os Senhores próximos vão dizer quando...』

Virando-se para o veterinário, Fredricks zombou:

『E o que é que tem? Ela estava ferida, então eu a trouxe e tratei dela. Não tenho a menor intenção negativa. E com ela ferida tão gravemente para até mesmo caminhar direito, você vai jogar ela pra fora?』

Para ele mostrar tanto amor a um animal...

(Não, você deveria realmente dar um pouco mais desse amor pra sua família, sabe.)

Foi o que acabei pensando, mas mantive minha boca calada.

De uma bolsa, ele retirou um remédio de aparência cara, e o entregou ao veterinário.

『Se for insuficiente, coletarei tanto quanto precisar. Tudo o que você tem que fazer é tratar essa criança.』

Ele recebeu o remédio, e começou o tratamento.

A Qilin cautelosa assumiu uma postura de ataque com seu chifre, expandindo o ferimento, e tingindo as bandagens em um vermelho mais profundo. Linhas de azul pálido faiscaram, mas o Quinto a conteve:

『Depressa!』

『V-visconde, isso é perigoso!』

O veterinário apressadamente começou a administrar o remédio, mas quando terminou, era o Quinto que estava em farrapos.

Ele imediatamente o carregou para fora e berrou:

『Alguém venha rápido!! O Visconde está...!!』

E no meio desse vozerio em pânico, o Quinto riu:

『Ah, é mesmo, algo assim aconteceu. Eu tinha esquecido totalmente.』

Eu senti alguma pena do veterinário. Com o tratamento terminado, May se deitou, e fechou seus olhos.

Vendo isso, o Quinto...

『Adorável, não é?』

— Não, quando você pensa no quão grande ela ficou em uns setenta–oitenta anos, é mais um choque do que qualquer outra coisa para mim.

A que eu havia encontrado era uma esplêndida qilin adulta.

Escutando a voz do Quinto, me lembrei como ela havia direcionado sua hostilidade por alguma razão.

— Hm, então... por que ela agiu de modo tão hostil comigo? Não houve nada no começo.

Quando falei isso, o Quinto pôs sua mão no queixo, pensando.

『… Não, não consigo entender. Em primeiro lugar, já é estranho que ela foi até você. Qilins correm pelos céus trazendo ruína aos maus. É por isso que são conhecidas como bestas divinas. Nunca tentam se aproximar de humanos.』

Era dito que Qilins eram boa sorte, e eram renomados por trazer prosperidade à casa de quem quer que capturasse um.

Mas na verdade, havia incontáveis exemplos onde muitos falharam enquanto tentavam capturar um.

Havia algumas histórias de sucesso por aí, mas eram a pequena minoria.

Não só dentro de um país, Qilins se espalhavam por continentes, matando monstros no caminho, odiando todo contato com humanos. Não, eles sempre mantinham uma distância definida.

Mas, desde que humanos não lançassem ataques neles, Qilins não fariam nada em retorno.

— Mas ela definitivamente reagiu a sua voz, não foi, Quinto? Você não fez nada para atrair qualquer rancor, fez?

『… Ei. Eu posso ter falhado completamente no casamento e em cuidar de crianças, mas não tenho uma única falha a relatar em relação a animais!』

Tenho a sensação de que isso já é ruim o bastante por conta própria.

— Então por que a May estava com tanta raiva?

『E aqui estamos no meu quarto de memórias tentando descobrir a razão para isso. Agora vamos para a próxima.』

Eu o segui enquanto ele caminhava, o cenário em nosso redor, mudando.

Nós estávamos no pátio da mansão.


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