Volume 3

Capítulo 74: A lenda e o Dragão

Chegando na |Morada dos Dragões| a primeira coisa que o grupo de Rudel fez foi garantir um lugar para passar a noite. Com densas florestas, mares profundos e montanhas elevadas, esta era uma terra sagrada que humanos não podiam habitar, ou ao menos essa era a declaração oficial. Mas como havia Dragões vivendo ali, era simplesmente um lugar perigoso.

Nessa zona de perigo, você poderia chamar eles de sortudos por serem capazes de garantir um acampamento enquanto eram protegidos por Dragões.

Mas um problema surgiu...

(Cattleya): “Por que você veio junto!? Mais importante ainda, como você se escondeu aí!?”

Assim que Sakuya apareceu de dentro das bagagens carregadas por seu próprio Dragão Vermelho, Cattleya segurou sua cabeça. Ela não poderia perdoar o fato de ele esconder isso de sua contratante, mas era ainda menos admissível que o Dragão Vermelho, considerado a variante mais perigosa, permitiu que ela se aproximasse tão despreocupadamente.

(Cattleya): “Hah, parece que tem alguém que eu vou precisar levar de volta”

Vendo Lilim suspirando, Cattleya tentou pessoalmente escoltar ela de volta ao Território Arses. Mas o Dragão Vermelho se recusou. O Dragão do Vento também disse que não queria voltar, se possível. Eles não queriam mandar Sakuya para casa apenas para serem acariciados por Lena.

(Cattleya): “Você é meu Dragão, então escute o que eu digo!”

Para o grito de Cattleya, o Dragão Vermelho ofereceu uma rejeição obstinada.

[Dragão Vermelho]: (“Sem chances, idiota! Eu-eu decidi não me envolver mais com aquela garota! Meu orgulho está aos pedaços. Se você é a minha contratante, então você pode ao menos perceber isso!”)

(Cattleya): “Como se eu ligasse! Só leve ela de volta!”

Parecia ser impossível para Cattleya, assim, Lilim dirigiu um olhar para o Dragão do Vento. Mas ele desviou seus olhos para mostrar sua recusa.

(Lilim): “... nós ficaremos com problemas se nenhum de vocês quiser fazer isso”

[Dragão do Vento]: (“Eu recuso”)

No fim, eles só poderiam permitir a companhia de Sakuya.


(Rudel): “Por que você fez isso? No pior caso, você será punida e não será capaz de se tornar uma Dragoon

Tendo garantido um lugar para dormir, Rudel e as outras cautelosamente prosseguiram pela floresta. Eles precisavam prestar respeito para o Dragão que comandava o território em que eles estavam acampando. Um Dragão da Água fêmea vivendo em um lago era a governante desta área. Ela era de um nível maior do que os Dragões de Cattleya e Lilim e um ser perigoso para se ter como inimigo, ou pelo menos era o que os Dragões afirmavam.

No caminho, Rudel se irritou com Sakuya e perguntou os motivos dela. Como ela estava desejando ser uma Dragoon exatamente como ele, ele ficou irritado ao ver ela tomando uma ação que poderia sacrificar o futuro dela. O ar que ela passava não fazia parecer que ela agiu de forma calculada, então Rudel queria confirmar as razões dela.

(Sakuya): “Eu-eu só estava um pouco interessada e não é como se eu fosse irrelevante neste assunto. Eu tenho um motivo para precisar me encontrar com a névoa negra... é isso!”

Assim que ela colocou uma mão na bainha da espada de Rudel, o Javali e o Pássaro, que estavam dormindo lá dentro, corroboraram a história dela. Era o máximo que eles poderiam fazer para corresponder ao absurdo de Sakuya.

(Javali): “Y-yeah”

(Pássaro): “É verdade. Ela precisa se encontrar com a névoa logo”

Os dois, que conheciam o plano de Sakuya, garantiram que Rudel não percebesse nada enquanto eles freneticamente inventavam uma razão para isso. Havia um defeito no corpo que a névoa negra criou e eles explicaram que alguns ajustes seriam necessários.

(Rudel): “Essa é a verdade? Por que você não me disse antes? Você com certeza esteve mal nos últimos dias, mas...”

Mesmo que ele entendesse, Rudel não poderia aceitar isso e enquanto ele estava refletindo, eles chegaram no lago. Na densa floresta, apenas a área do lago recebia ampla luz do Sol. Refletindo esse brilho, o lago cintilava lindamente.

[Dragão do Vento]: (“Rudel, tenha certeza de não ser descortês. Você está lidando com um Dragão de nível mais alto do que o nosso e este é um bem difícil de se agradar”)

Assim que o Dragão do Vento explicou, os dois na espada de Rudel soltaram suas vozes.

(Javali): “Esse não é aquele Dragão de antes?”

(Pássaro): “É ela mesma. Quando supostamente seria difícil agrada-la, essa aí era um Dragão razoável que estava disposta a nos escutar, porém...”

Esse era o Dragão da Água com quem eles se encontraram anteriormente no lago. Foi nesse lago que Rudel encontrou uma lenda...


O primeiro semestre acabou, e assim que a academia entrou no período de férias, Fritz foi convidado ao palácio por Aileen. Se tornando um terceiranista, Fritz queria passar o tempo de folga treinando para se preparar para o torneio individual, mas como era um pedido de Aileen, ele seguiu até o palácio.

Criado na zona rural do Território Arses, Fritz se tornou um Aventureiro e deixou os pedaços de madeira para trabalhar. Sendo capaz de promover seu nome por conta própria nas cidades da periferia, Fritz era competente. Mas sempre sendo um peixe grande em um lago pequeno¹, mesmo depois que ele foi para fora, ele ainda falhava em entender sua própria posição.

A causa era Aileen.

Quando se tratava de Aileen, ela publicamente interagia com ele como uma Princesa, mas quando eles estavam sozinhos, eles não iriam usar os honoríficos. A própria Aileen passou a gostar disso, mas as pessoas a seu redor não estavam tão contentes.

Se tornando um Cavaleiro mesmo sendo um plebeu e sempre tão franco com ela, Fritz era o próprio ideal de Aileen. Era por isso que ela não permitiria isso. De forma alguma ela tinha reconhecido o poder de Fritz. A razão para o reconhecimento distorcido que Fritz tinha de si mesmo ter chegado a esse nível era certamente por culpa de Aileen.

Deixado em uma instalação destacada do palácio, Fritz entrou no prédio onde os Dragões Cinzas eram criados. Lá, Aileen aguardava com alguns Altos Cavaleiros. Aileen cumprimentou Fritz com um sorriso.

(Aileen): “Fritz-sama, estou feliz que você foi capaz de vir até aqui”

(Fritz): “Aileen-sama, que negócios você tem para me chamar aqui hoje?”

Fritz começou a conversa sem se curvar, mas ninguém iria chamar isso de desrespeitoso. Era porque Aileen permitia isso. Internamente, os Altos Cavaleiros queriam chutar as pernas dele. Não, eles poderiam até cortar elas fora.

(Aileen): “Eu realmente sinto muita dor em convidar você para esse lugar. Mas quando eu penso no futuro de |Courtois|, há algo que eu preciso cumprir custe o que custar”

Assim que Aileen começou a falar do país com um rosto enigmático, o coração de Fritz parou de bater. O país estava em uma condição crítica e ele estava feliz por receber essa confiança. Para Fritz, que desejava ser um herói muito além de um homem comum, as palavras de Aileen eram como mel para seus ouvidos.

(Fritz): “Você pode me dar os detalhes?”

(Aileen): “Certamente. Você escutou os rumores sobre os Cavaleiros Branco e Negro?”

Fritz concordou com relutância no olhar. Rudel e Aleist eram existências que Fritz não poderia perdoar. Ele não poderia perdoar que esses dois fossem selecionados para as posições que se igualavam a de Heróis de outrora. Era simplesmente inveja infantil, e Fritz entendia isso.

(Aileen): “O Cavaleiro Negro é um nobre arrivista, então o palácio será capaz de tomar as medidas apropriadas. Mas o Cavaleiro Branco é Rudel, da notória Casa Arses. O palácio criou algumas medidas adequadas e é para isso que a Guarda Real foi idealizada. Isso iria significar dar um poderoso nível de autoridade para Rudel”

Simplório como ele era, Fritz acreditou facilmente nas palavras de Aileen. Para Fritz, a Casa Arses era o mal. Algumas partes dele estavam convencidas de que eles estavam buscando uma autoridade ainda maior.

(Aileen): “Rudel é da linhagem de um Arquiduque, então se ele for astuto, ele seria capaz de tomar a mim ou a minha irmã como esposa. Se isso acontecer, |Courtois| estará acabada... Fritz-sama, você não seria nossa salvação?”

(Fritz): “Salvação? Se houver algo que eu possa fazer, eu irei ajudar, mas...”

Ouvindo as palavras de Fritz, Aileen mostrou um sorriso encantador.

(Aileen): “Fritz-sama, nesse salão reside o Dragão que será usado para a escolha do Capitão da Guarda... você acha que poderia criar um contrato com esse Dragão?”

O plano de Aileen estava continuamente prosseguindo, mas diferente de sua irmã Fina, ela era muito mole com os detalhes. Ela ignorou o fato de que Rudel iria para a |Morada dos Dragões|. “Seria uma dádiva se ele fosse esmagado lá”, era tudo o que ela iria pensar. Se Fina estivesse na posição dela, ela definitivamente iria enviar assassinos.

E como a realidade iria comprovar, as guardas de Rudel eram aquelas mais próximas dele, suas ex-noivas. Isso foi resultado dos esquemas de Fina.


Enquanto isso, Rudel estava tão surpreso que sua voz não iria sair. Assim que o Dragão da Água apareceu do lago, seu enorme tamanho e beleza roubaram os olhos dele. Além disso, ele reconheceu os traços do Dragão na sua frente.

O Dragão de Lilim ronronou para chamar o outro Dragão e ele mostrou seu respeito a sua superior. Acima disso, ele explicou a situação. O Dragão da Água olhou para Rudel e os outros. Talvez ela não estivesse muito interessada porque ela começou a voltar para o lago.

Mesmo ela permitindo a estadia deles, ela indicou que não pensava em deixar Rudel montar em suas costas.

Mas olhando para as costas desse lindo Dragão, Rudel gritou em voz alta.

(Rudel): “Você é o Dragão de Marty Wolfgang-sama!?”

Todos ficaram surpresos, mas as reações variaram. Os dois Dragões ficaram chocados por ele cometer tamanha descortesia com um adversário de alto nível, enquanto Cattleya e Lilim se perguntavam sobre quem ele estava falando. Apenas Sakuya, depois de um momento de susto, começou a ficar com os mesmos olhos sonhadores de Rudel.

(Sakuya): “In-incrível! Ser capaz de conhecer o Dragão do verdadeiro Marty-sama!!”

Mas o mais surpreso de todos era certamente o Dragão da Água. Ela normalmente era difícil de ser agradada e não tinha a menor intenção de conversar com humanos, mas para ter certeza que todos iriam escutar, ela mandou sua voz para a mente de todos. Ela se lembrou enquanto sua tensão aumentava com as palavras de Rudel.

[Dragão da Água]: (“Estou chocada. E pensar que um humano saberia algo sobre Marty... além disso, até adicionando o ‘sama’, você com certeza tem conhecimento! Se nomeie”)

(Rudel): “Rudel, eu sou Rudel Arses!”

O Dragão da Água se aproximou dele. A distância entre os dois era de um metro, mas encarando o Dragão, a intensidade estava em outro nível. Mas as duas Dragoons em atividade não sabiam nada sobre o nome Marty.

(Cattleya): “Senpai, quem é Marty?”

(Lilim): “Não faço ideia. Como ele conhece um Dragão, ele poderia ser um ex-Dragoon?”

Mas os dois Dragões se lembravam de Marty. Para ser mais preciso, eles conheciam os rumores.

[Dragão Vermelho]: (“Oy, eles estão falando daquele cara, não é? Aquele velhote maluco, certo?”)

[Dragão do Vento]: (“Idiota! Não diga algo que vai arruinar tudo!”)

O Dragão Vermelho ainda estava categorizado como um dos Dragões mais jovens e essa declaração zombeteira de Marty receberia uma recompensa apropriada.

[Dragão da Água]: (“Pirralho logo ali! O que você acabou de dizeeeer!?!?”)

Um Dragão maior e com nível mais alto estalou seu pescoço e puxou o Dragão Vermelho para dentro do lago. Ignorando os aturdidos a seu redor, vários pilares de água surgiram na superfície. Seguidos de vários impactos intensos, a área subitamente ficou em silêncio. O Dragão da Água apareceu mais uma vez e, um pouco depois, o Dragão Vermelho estava boiando na superfície do lago.

Vendo seu próprio Dragão inconsciente, Cattleya não conseguia compreender a situação.

(Cattleya): “Eh? Huh!? Espere, o que está acontecendo!?”

Lilim prendeu os braços dela atrás de suas costas e a acalmou para que a conversa pudesse recomeçar.

[Dragão da Água]: (“Eu nunca pensei que escutaria o nome de Marty da língua de um humano. Que nostálgico... urrrgh, por que você tinha que partir e morrer, Marty estúpido!! Você disse que ficaríamos juntos para sempre! Então por que você tinha que partir sozinho!?!?”)

Se lembrando do passado e explodindo em lágrimas, “Ela é um Dragão bem ocupado”, foi o que Lilim pensou enquanto cobria suas orelhas. Um Dragão chorando era o mesmo que um Dragão rugindo. O ar vibrou a tal ponto que ela podia sentir isso em seu corpo.

Enquanto eles esperavam que o Dragão se acalmasse, Rudel carinhosamente pegou um livro de sua bolsa. “Como Acariciar um Dragão”... o livro que Marty escreveu. Virando para a última página, ele transmitiu as palavras de Marty para o Dragão.

(Rudel): “Isso está escrito no livro. ‘Para aquela que eu amo, eu certamente irei partir primeiro, mas não lamente. E não se deixe ser capturada. Eu nunca quis colocar grilhões em sua liberdade depois da minha morte. Porque eu amei você’”

Rudel deixou o Dragão escutar as palavras que fariam qualquer pessoa querer vomitar arco-íris. Lilim tremeu pelo constrangimento, enquanto Cattleya estava visivelmente envergonhada. Por dentro, a garotinha em seu coração queria que alguém dissesse algo do tipo a ela.

Assim que Rudel terminou de ler, o Dragão começou a soluçar. Vendo essa cena, tanto Lilim quanto Cattleya choraram também. Eles certamente foram separados pela morte. Elas concluíram pelo discurso do Dragão. Mesmo que ele montasse um Dragão, ele era um humano. Quando a hora chegasse, ele iria morrer em ação.

(Lilim): “Que lindo relacionamento. Mas para ele morrer cedo...”

(Cattleya): “Eu queria que um certo Dragão idiota aprendesse alguma coisa com esses dois. Bem, ele era Dragoon, então ele deve ter perecido em batalha...”

[Dragão da Água]: (“Do que vocês estão falando? Marty não morreu em batalha. Ele permaneceu em atividade até chegar aos oitenta anos”)

(Lilim): “Eh?”

(Cattleya): “Hah!”

[Dragão da Água]: (“Perto do fim, aqueles caras que pareciam importantes iriam aparecer todos os dias para reclamar e ele iria ignorar eles. Mas quando eles faziam piada de mim na frente de Marty, ele iria se enfurecer... eles lutavam bastante. Mesmo depois que ele passou dos sessenta, ele recebeu várias ações disciplinares. No fim, eles nos enviaram para um local chamado fronteira, mas mesmo assim, nós estávamos felizes”)

“Isso passou em muito o nível de uma criança problema, não é”? As duas Dragoons pensaram nisso enquanto olhavam para o Dragão. Depois disso, as duas almas sem namorados relutantemente escutaram o Dragão falando carinhosamente dele. Se opor parecia ser perigoso, então elas escutaram com olhares obedientes nos rostos, mas suas expressões estavam rígidas.

[Dragão da Água]: (“Eu estive com Marty desde que ele tinha vinte anos, então eu só fui capaz de estar com ele por meros sessenta anos! O que você quis dizer com felicidade eterna!? Mostre um pouco mais de força de vontade! Vocês não acham que ele poderia ter aguentado um pouco mais? Os presentes e memórias que ele me deu todos os anos foram...”)

As duas reafirmaram a diferença no senso entre humanos e Dragões, mas Rudel e Sakuya estavam profundamente emocionados enquanto escutavam a história dela.


Era a primeira noite desde que eles foram até a |Morada dos Dragões|. Rudel fez uma inspeção final em sua arma. Assim que ele checou tudo desde o início, ele se lembrou da droga para dormir que ele misturou no jantar. Ele tinha se garantido para não preparar algo perigoso. As três iriam dormir até o meio-dia, ele pensou enquanto colocava as três para dormir.

Mas então, ele sentiu uma presença de fora da tenda.

(Rudel): “Sakuya?”

(Sakuya): “Hehe, posso entrar?”

Assim que Sakuya entrou na tenda, ela segurava um livro ilustrado com carinho em suas mãos. Era um dos livros sobre Dragoons que Rudel lia para ela.

(Rudel): “Você não consegue dormir?”

Rudel estava em dúvida se a droga não funcionou, mas a resposta de Sakuya foi bem simples.

(Sakuya): “Eu estou com sono, mas antes de dormir, eu queria que você lesse este”

Pensando que essa poderia ser a última noite, Rudel concordou em ler o livro para ela. E Sakuya caiu no sono antes que ele pudesse chegar ao fim. Ela dormiu com um olhar de extremo alívio.

Na manhã do dia seguinte, equipado com uma espada e uma armadura de corpo inteiro, Rudel seguiu para a caverna do Dragão Zumbi sob a orientação das duas feras. Para as duas Dragoons dormindo profundamente, ele deixou uma carta detalhando a circunstância.

E ele fez um apelo para os dois Dragões.

[Dragão do Vento]: (“Deixar você ir sozinho? Eu não posso dizer que é uma boa ideia seguir sozinho”)

[Dragão Vermelho]: (“A vovó de ontem era gentil com os humanos, então não tivemos problemas, mas o próximo que você encontrar pode te atacar sem nenhum aviso”)

(Rudel): “Sem problemas. E quando você enfrenta um Dragão, você precisa estar sozinho... eu vou deixar essas três com vocês”

Os dois viram Rudel partindo. Correto, se você tentasse obter um Dragão, haveria sempre perigos. Se você tivesse guardas poderosos com você, um Dragão nunca iria reconhecer seu mérito.

Assim que Rudel saiu, foi a vez de Sakuya se levantar. Ela escutou sobre a droga do Javali e do Pássaro, então ela foi capaz de evitar isso. Deixando suas bolsas para trás, ela viajou com leveza enquanto perseguia Rudel. Mas no caminho que Rudel seguiu, os dois Dragões estavam parados em seu caminho.

(Sakuya): “O que vocês estão fazendo!? Saiam do caminho!”

[Dragão Vermelho]: (“Nem pensar”)

[Dragão do Vento]: (“Eu fiz uma promessa para ele. De cuidar de vocês três”)

Sakuya queria se apressar, mas ela não poderia fazer nada contra dois Dragões. Chegando tão longe, não adiantaria nada se ela não fosse capaz de agir. Ela rezou para os Céus enquanto ela se perguntava se havia algo que ela pudesse fazer. Mas debaixo do céu impiedoso, apenas o tempo iria passar.

Foi então que um enorme Dragão se aproximou. Era o Dragão de Marty.

[Dragão da Água]: (“Parece que vocês estão fazendo algo interessante”)

Enquanto os dois Dragões tremiam de medo, Sakuya se agarrou no Dragão da Água. Com um olhar sério no rosto, Sakuya tentou a persuadir para leva-la até Rudel, que estava seguindo até o Dragão Zumbi.

(Sakuya): “Por favor, me ajude! Eu absolutamente tenho que ir além deste ponto! Eu estou te implorando...”

Os enormes olhos do Dragão da Água encararam Sakuya. Como Sakuya não recuou um único passo, o Dragão da Água se lembrou de Marty em sua juventude. Olhos francos e desesperados. Decididos a fazer algo, os olhos de alguém que iria arriscar sua própria vida.

[Dragão da Água]: (“Eu gosto desses olhos. Eu não vou deixar você montar nas minhas costas, mas você pode seguir atrás de mim”)

[Dragão do Vento]: (“Is-isso seria problemático...”)

[Dragão Vermelho]: (“Muito bem, eu acho que eu não vi nada afinal”)

(Sakuya): “O-obrigado!”

Sakuya apressadamente perseguiu Rudel enquanto ele seguia até o Dragão Zumbi. Cronologicamente, ela estava poucas horas atrasada. Se ela não se corresse, ela não chegaria a tempo.


Nota

[1] A big fish in a small pond é uma expressão em inglês para se referir a uma pessoa que se destaca em um grupo ou em uma área pequena, mas não necessariamente se sairá bem em outros ambientes.



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