Volume 1

Capítulo 22: O garoto e o carinho

Na cafeteria vazia da academia, Millia se encontrou com sua irmã Lilim depois de muito tempo. Na cafeteria que só funcionava no horário do almoço, elas prepararam seu próprio chá e conversaram.

Lilim teve que visitar a academia devido ao incidente com a princesa, então ela decidiu ter uma conversa agradável com sua irmãzinha Millia. Mas Millia repentinamente perguntou sobre Rudel.

(Millia): “Mana, o que vai acontecer com Rudel?”

(Lilim): “... seu direito de sucessão vai ser tirado. Além disso, a academia e o palácio... há uma briga entre eles e a Casa Arses, então nada foi decidido ainda”

Lilim abriu ligeiramente seus olhos para confirmar a preocupação no rosto de sua irmã mais nova.

(Lilim): “O palácio está com problemas para tomar uma decisão. Criança problema ou estudante de honra... surpreendentemente, o rei tem grandes expectativas por Rudel-sama. Ele disse que ele é um garoto interessante...”

Enquanto elas conversavam sobre isso, Lilim começou a pensar sobre a forma anormal de agir de Cattleya neste caso. O ódio de Cattleya por Rudel não era normal. Dos documentos aos relatórios, tudo estava fundamentado em sua opinião pessoal. Eles não poderiam ser usados em nenhum julgamento. Assim, Lilim trocou de lugar com Cattleya e assumiu o papel de mensageira.

Como os Dragoon acabaram se envolvendo no incidente, ela precisava garantir que o processo ocorresse sem problemas... Lilim estava com muitos problemas...

E assim, a Dragoon e a Alto Cavaleira começaram suas próprias investigações.


Com o incidente, Aleist subitamente se tornou o herói da academia. O resultado foi fruto de uma série de coincidências e segundas intenções que direcionaram a popularidade de Aleist para o topo. Cattleya usou ele e Chlust queria botar a culpa em Rudel. Mas sem saber disso tudo, Aleist aproveitou sua nova situação.

(Aluna A): “Eu te amo Aleist-senpai”

(Aluna B): “Por favor, saia comigo!”

(Aluno): “Eu gosto de você... como um homem”

Esta era a situação que Alesit desejava, mesmo não sendo como ele planejou, mas sem se importar com esses detalhes, Aleist estava feliz em interagir com seus colegas mais novos e mais velhos. Ele parou de frequentar as aulas em que ele era matriculado e suas notas despencaram proporcionalmente ao seu nível de popularidade.

(Aleist): “Era isto! Era isto o que eu estava esperando!”

Pegando suas notas em seu quarto, ele começou a ler elas todas. Um enorme número de nomes foi riscado, mas mesmo assim, ele olhou para o que estava por vir.

(Aleist): “Depois disso, eu venço a final do torneio do curso fundamental e conheço a primeira princesa! Mesmo que o desenvolvimento tenha mudado tanto, neste ritmo, a princesa Aileen deverá estar... tudo bem! Me sinto motivado, então vou começar a trabalhar duro a partir de amanhã”

A princesa Aileen de quem ele falava, era a irmã mais velha de Fina. Dentro da configuração onde seu tamanho não importava, o país de |Courtois| não tinha herdeiros homens. Portanto, o valor das princesas era alto. Se você se casasse com uma, então, exatamente como Chlust disse, você estaria mais perto da posição de rei.

Neste mundo, a princesa Aileen tinha uma posição vital chamada de Heroína Principal. Mais linda do que sua irmã, loura com olhos azuis, uma mulher que amava a paz e era gentil com todos. Era dito que não havia um homem nestas terras que não teve seu coração roubado por seu sorriso. Enquanto ela se destacava entre todos durante toda sua vida, ela tinha a posição de princesa alheia ao funcionamento deste mundo.

Mas Aleist não tinha e não poderia ter percebido. Uma heroína com tão perfeito contexto. No entanto, a gentileza de Aileen era limitada aos humanos. Ela amava muito a paz; ela foi educada para ser uma mulher que teria seus pensamentos no futuro distante... e era verdade que, diferente de sua irmã, ela demonstrava com facilidade suas emoções e ela não tinha nenhum lado secreto...

(Aleist): “Espere por mim meu harém! Este é o início da minha era! Eu mal posso esperar pelo que vai acontecer no próximo torneio!”

Aleist idolatrava esta princesa. Ele era um humano e não tinha nenhum tipo de preconceito. Então ele não poderia entender a anormalidade da princesa.


Sob suas investigações pessoais, Sophina veio para o hospital procurar a enfermaria onde os filhos mais velhos dos Três Lordes estavam. Era um quarto especialmente esplêndido que veio a se tornar a sala de internação deles. Antes de vir até aqui, ela ouviu as opiniões das classes envolvidas e perguntou por aí sobre o indivíduo chamado Rudel.

Para ser franco, a opinião dela sobre Rudel era a pior! Ele recebeu punição disciplinar depois de flertar com todas as garotas que ele encontrou em seu primeiro ano do curso fundamental! Ele contrariou seus veteranos (os desafiou para duelos)! Não havia fim para sua infâmia. Mas as pessoas mais próximas dele iriam o elogiar e nunca falariam mal dele.

Isso foi algo que chamou a atenção de Sophina, mas era verdade que os rumores ruins eram esmagadoramente mais numerosos do os bons.

(Sophina): “Não há dúvidas de que ele é uma pessoa ruim. Os resultados do torneio fazem suas notas parecerem duvidosas e, mais importante que isso, alguém que deseja se tornar um Cavaleiro nu-nunca iria... fl-flertar com garotas desse jeito! Nunca!!!”

O rosto de Sophina ficou estranhamente vermelho enquanto ela entrava no quarto daqueles três... O que ela viu lá foi...

(Luecke): “Eu estou tentando entender por que uma teoria mágica de nível tão alto não teria outra aplicação além de fazer carinho!? Tenho certeza que isso seria útil para outras coisas!”

(Eunius): “Hey. Se você usar sua espada desse jeito, você não acha que cortaria melhor? É estranho que essas técnicas não são usadas para nada além de carícias, não é? Isso não é estranho Rudel!?”

Ela confirmou que os três estavam em um debate caloroso sobre um livro com o título “Como acariciar um Dragão”. A respeito dessas afirmações, Rudel rebateu.

(Rudel): “Este livro existe há bastante tempo e não tem como eu dizer o porquê essas teorias nunca terem sido usadas! Em primeiro lugar, até eu me pergunto por que este livro não tem melhores críticas... acariciar Dragões os enche de felicidade! É a melhor coisa do mundo!!”

(Luecke): “Esse não é o problema!! O motivo para as críticas ruins é o título! Quem iria imaginar que esse livro teria algum valor depois de ler esse título? Eu perderia o interesse antes mesmo de verificar seu conteúdo!”

Luecke ofereceu uma resposta honesta e antes que Rudel pudesse argumentar, ele percebeu que Sophina estava lá. Eunius e Luecke também olharam para a Cavaleira que entrou no quarto com olhares desagradáveis no rosto. Assim que eles perceberam que ela era uma Alto Cavaleira, eles relutantemente a questionaram.

(Eunius): “Para uma Alto Cavaleira entrar furtivamente em nosso quarto... que negócios você tem aqui?”

Em resposta ao cinismo de Eunius, Sophina falou.

(Sophina): “Minhas mais sinceras desculpas. Eu já falei com os guardas do lado de fora. Quando eu tentei receber a permissão para entrar, vocês estavam nesta discussão”

Seus gestos eram perfeitos enquanto ela se curvava e respondia. “Como esperado de uma Alto Cavaleira, esse pensamento passou pela cabeça deles

(Sophina): “Eu desejo falar com Rudel-dono sobre o incidente com a princesa. Posso ter um minuto de seu tempo?”

Assim que Sophina fez seu pedido, Rudel estava preso em um estado emocional de pura inspiração. Se ele pudesse mostrar para esses dois o auge das teorias em “Como acariciar um Dragão”, então eles iriam certamente entender seu valor!

(Rudel): “Antes disso, posso te pedir um favor? Há algo que eu preciso fazer com a sua ajuda!”

(Sophina): “O-o quê? Bem, se for algo dentro de minhas capacidades, então não vou me importar. Mas depois disso eu precisarei conversar com você”

Sophina deu uma resposta vaga para o pedido dele. Ela iria acabar se arrependendo pelo resto de sua vida. Cautelosa enquanto se aproximava de Rudel, ela pensou até que seria atacada por ele. Isso só seria mais um acréscimo para seus crimes.

(Rudel): “Por favor, me deixe te acariciar!”

(Sophina): “Eh?”

... aproximadamente dez minutos depois, com lágrimas nos olhos e cambaleando, a forma de uma Alto Cavaleira foi vista fugindo da enfermaria. Seu rosto estava vermelho e seus gestos eram estranhamente eróticos. A Cavaleira Sophina deixou o quarto, mas os três que ficaram para trás...

(Rudel): “Que tal isso? Esse não foi perfeito, mas agora vocês viram o quão incrível... onde vocês dois estão indo? Hhuh? Me escutem!”

(Luecke): “...”

Enquanto Luecke apenas o ignorou e deixou o quarto, Eunius...

(Eunius): “... banheiro”

Disse uma palavra antes de sair... e não voltou apesar de bastante tempo ter passado. Em resposta a isso, Rudel falou consigo mesmo.

(Rudel): “Então nem mesmo esse foi bom? Eu tenho que ficar ainda melhor! Eu preciso dominar isso antes de encontrar um Dragão!”

Ele renovou sua resolução.


Sophina chorava quando ela invadiu o quarto da princesa. Seu momento de fofura com Mii foi interrompido e O coração de Fina foi preenchido pelo ódio... sem qualquer expressão, o que ela disse foi...

(Fina): “O que aconteceu? Você conseguiu algum tipo de informação?”

[Fina]: (“Você realmente não consegue ler o clima, não é? O que você pensa que meus breves momentos de fofura são... mesmo assim, o rosto dela está vermelho e ela está inquieta. Como eu deveria dizer.. por que ela está parecendo tão instável? Haha. Se ela tivesse orelhas de gato e uma cauda nesse estado, seria perfeito para mim”)

(Sophina): “U-um. Bem... Rudel-dono era mais do que eu imaginava. Tenho certeza que os relatórios estão errados... eu vou reportar isto para o palácio. Portanto, s-se você me der licença, eu preciso partir!”

[Sophina]: (“E-eu nunca irei perdoar você... Rudel Arses!”)

Vendo Sophina fugindo do quarto, Fina estava certa de que seu plano foi um sucesso. Alheia a sua falha, ela começou suas preparações finais. Ela foi até sua mesa e começou a escrever uma carta.

(Mii): “Qual o problema princesa? De repente você começou a escrever uma carta”

Vendo as ações de Fina, Mii, que foi libertada do momento de fofurice¹, se aproximou. Enquanto Mii seguia lentamente pelo quarto, Fina pensou que iria morrer pelo excesso de fofura.

(Fina): “Não é nada Mii. Pode não ser necessário, mas não quero correr o risco de ser negligente...”

Dizendo isso, Fina acariciou a cabeça de Mii. Mii parecia estar gostando disso. Mas...

[Fina]: (“Hah, hah... só espere minha pequena gatinha! Assim que eu dominar a técnica do mestre, eu vou te fazer se sentir satisfeita!!!”)

Sua tensão estava em um nível extremamente perigoso.


Nota

[1] A partir desse ponto vão surgir várias palavras derivadas de fluff, que significa fofo em inglês. A maioria delas não existe, então não se assuste com as palavras que vão aparecer.



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