Soul Eye Brasileira

Autor(a): ReaderBecameWriter

Revisão: Blame


Volume 2

Capítulo 64: Não entendo a sua lógica

As aulas continuaram normalmente, e a última era educação física. Quando chegou a última aula, os alunos foram levados para um ginásio.

Lá, o professor pegou um conjunto de bolas de basquete, e falou para os alunos:

“Hoje vamos jogar basquete, eu sei que muitos odeiam basquete, e muitos adoram, então vamos com basquete, outro dia faremos outro esporte.”

Ao escutarem que será basquete, alguns alunos tinham sorrisos no rosto, e outros tinham rostos tristes.

Não existe nada que é amado por todos.

Os alunos foram divididos em homens e mulheres. Homens jogam contra homens, mulheres contra mulheres.

A proporção de alunos é sempre ½, então em todas as séries tem mais ou menos uma proporção igual.

É claro, tem vezes que a sala tem mais mulheres, às vezes tem mais homens. Por a sala de Meimei ter 29 alunos, há quatorze homens e quinze mulheres, o que torna as mulheres um predominante. É claro, Baijian entrou então ficou tudo igualado, mas porque um dos alunos faltou hoje, no final ainda ficou faltando uma pessoa.

O basquete precisa de cinco por time, então foi dividido em três times de mulheres, e três times de homens.

No time que tem menos pessoas, o professor entrou para preencher a vaga.

Ele deixou bem claro que só preencherá a vaga, e só vai ajudar um pouco, até porque ele é um adulto e um esportista, então obviamente não vale se ele jogar com tudo.

Logo, dois times entraram na quadra e começaram a jogar.

Nesse ponto, poderia se usar metade da quadra para ter dois jogos de uma vez, mas os alunos votaram que é melhor jogar com a quadra inteira, pois não só é melhor pela maior mobilidade, como também faz com que as pessoas assistam a partida. Se tiver dois jogos ao mesmo tempo, a atenção se dividirá.

Os alunos já se conhecem, e portanto, já sabem a habilidade atlética de cada um.

Sem falar que eles já tiveram aulas de basquete antes, então eles dividiram os times para que todos os times fiquem iguais em habilidade.

É claro, se fosse igual de verdade, não haveria vencedor.

Depois disso, dois times femininos entraram na quadra, mas não era a vez do time de Meimei.

Os times foram divididos de 1 a 3, os homens igualmente.

Depois de alguns minutos, o time 2 venceu.

Foi a vez dos rapazes, dois times entraram na quadra, e o time que tinha Baijian ficou de fora.

O time de Baijian é o mesmo time que o professor está preenchendo a vaga, então é visto como o time mais fraco no momento.

Os dois times estavam jogando.

Todos os alunos estavam juntos nas arquibancadas enquanto assistiam a partida.

Nesse ponto, um dos alunos perguntou:

“Como que se joga basquete?”

Estavam todos juntos assistindo a partida atentamente, só com alguns comentários baixos de vez em quando, então a pergunta foi obviamente ouvida por todos os alunos na arquibancada.

Ao olharem para a origem da pergunta, descobriram que foi o aluno novo.

Essa pergunta obviamente tem que ser respondida pelo professor, então depois da surpresa, o professor falou:

“São dois times de 5 jogadores, o objetivo do time é arremessar a bola e acertar na cesta do outro time.”

O rapaz assentiu, e então pegou o celular.

Ele começou a digitar alguma coisa, e os alunos não deram mais atenção.

Honestamente, é um pouco chocante ele não saber nem mesmo como funciona o basquete.

O basquete é um esporte bastante respeitado e bem popular na China, então ter alguém de 14 anos não sabendo jogar é bem estranho.

Meimei observou o rapaz mexendo no celular, e mais ou menos entendeu o que ele estava fazendo.

Depois de um tempo, o rapaz parou de mexer no celular e calmamente assistiu à partida.

Depois que a partida dos rapazes acabou, foi a vez da partida das meninas.

O time que tinha ficado de fora antes, o time 3, contra o time que tinha ganhado na partida anterior, o time 2.

Depois de alguns minutos, a partida terminou.

O time 3 venceu, com destaque para Meimei que é muito atlética e fez várias cestas. Os meninos ficaram animados vendo a bela menina correndo pela quadra com a bola.

Depois que a partida terminou, foi a vez dos meninos.

O time que tinha ficado de fora, o time 3, e o time que venceu a partida passada, o time 1.

Ninguém estava muito otimista.

Eles estavam um pouco curiosos sobre o novo aluno, até porque eles não o conhecem.

Mas ao descobrirem que ele nem sabia como se joga, muito menos as regras, ninguém mais estava curioso, obviamente as pessoas acreditavam que não tinha como alguém que até alguns minutos atrás nem sabia como jogar, ter qualquer habilidade.

O rapaz parecia o mesmo de sempre, parado lá na quadra indiferentemente.

A partida começou, e como alguém que não sabe jogar, ele foi colocado atrás.

No seu time tinha o professor que estava só preenchendo, que também ficou atrás.

Os três alunos restantes não estavam muito confiantes em vencer, mas para equilibrar o time, os três eram os melhores da turma.

No top cinco, todos os três tem a melhor das habilidades no basquete, então eles ainda tentaram com tudo.

Depois de algumas trocas na frente da quadra, a bola rapidamente foi tomada por um dos jogadores do outro time.

O aluno correu para a frente e enfrentou o professor.

O professor está preenchendo, então embora esteja se segurando para não jogar muito, ele ainda tinha que jogar alguma coisa, então depois de marcar o aluno por um tempo, o professor conseguiu roubar a bola e jogou para um dos três que estava mais a frente.

O garoto pegou a bola e correu para frente.

Depois de algumas fintas, ele jogou na marca de dois pontos e conseguiu acertar.

Os alunos ficaram animados.

Como sabem que é o time mais fraco, o fato de terem feito pontos deu um gás aos que estavam assistindo de fora.

A partida rapidamente começou de novo, e os alunos do outro time estavam com a bola.

Depois de algumas fintas, e tentando algumas aberturas, eles não encontraram nenhuma forma de penetrar.

O professor era alto, e embora estivesse se segurando muito ao jogar, eles não tentaram driblar. No final, por ser alto, e um pouco musculoso, mesmo que o professor esteja se segurando, ainda vai da consciência do próprio professor o quanto ele vai ajudar, e o quanto vai deixar, então os alunos não queriam arriscar perder a bola.

A estratégia deles é, quando encontrar o professor, fazer um passe.

Os três alunos são muito bons, então é difícil driblá-los.

Logo, eles pensaram no único jogador que até agora não fez nada e ficou apenas parado lá como um poste.

Um dos jogadores fez alguns dribles, e tentou puxar a atenção para longe do rapaz lá parado.

E então ele fez um passe para um jogador, que o colocou de frente ao rapaz.

O jogador correu rapidamente em direção ao rapaz, e tentou passá-lo.

No momento que ele ia passar, aconteceu algo que deixou todos os alunos, seja os jogadores, ou os que estavam assistindo da arquibancada, perplexos.

O rapaz, de quem ninguém esperava qualquer coisa, de repente correu para frente, e pegou a bola como se a bola escolhesse ir para a sua mão.

A jogada foi impressionante, porque o aluno estava correndo para frente com tudo e não esperava nenhuma ação do rapaz, o máximo que esperava era que ele bloqueasse o caminho com o corpo, mas para isso ele já tinha contra medidas.

Então ele nunca esperava que o rapaz corresse para frente, e tomasse a bola que estava no meio do ar.

Isso pegou o jogador desprevenido.

Depois de pegar a bola, o rapaz correu um pouco para frente, e olhou para os jogadores correndo para tentar bloqueá-lo.

Ele agora estava pouco antes do meio da quadra.

Ele olhou para a cesta e fez algo que deixou todos chocados.

Ele arremessou dali mesmo.

Ninguém esperava isso.

A bola viajou no ar, e entrou perfeitamente na cesta.

Depois de acertar cesta, os alunos ficaram lá chocados.

Isso foi simplesmente incrível.

Os jogadores do outro time, depois de um tempo, se compuseram e foram buscar a bola.

Eles pensaram que era sorte, então o jogo continuou.

Uma coisa que Meimei percebeu é que, desde o início da partida, até quando acertou a cesta, nunca houve uma única expressão no rosto do rapaz.

Era como se ele tivesse certeza que iria acertar.

Ela continuou assistindo a partida com olhos brilhando de curiosidade.

Depois de alguns segundos de troca de bola, um dos jogadores do time do rapaz pegou a bola, ele olhou em volta e não viu nenhuma boa jogada para fazer.

Normalmente, ele iria percorrer em volta da defesa em busca de qualquer abertura, faria alguns dribles, e passaria.

Ficaria assim até encontrar uma falha na defesa.

Mas, assim que ele fez seu movimento, sua visão caiu na parte de trás da quadra, onde tinha o professor e o rapaz.

O aluno, por curiosidade, jogou a bola para o rapaz.

Assim que o rapaz pegou a bola, ele falou:

“Eu só preciso acertar no aro?”

O aluno assentiu com força.

O rapaz então, do meio da quadra, fez novamente o que todo mundo achava que era sorte:

Ele jogou a bola de lá mesmo, e acertou perfeitamente.

A bola entrou tão perfeitamente que ela nem tocou os aros e as cordas da cesta.

Todo mundo ficou petrificado.

Depois de alguns segundos, os alunos na arquibancada começaram a discutir:

“Será que foi sorte mesmo?”

Então um dos alunos na arquibancada falou para os alunos na quadra:

“Recomecem a partida logo.”

Os jogadores rapidamente recomeçaram a partida.

E aconteceu novamente, a bola caiu nas mãos do rapaz e ele simplesmente lançou, de onde quer que ele estivesse, para a cesta.

A partida continuou assim por uns minutos, e ficava basicamente naquele pensamento:

“Ele vai errar na próxima.”

Os jogadores do outro time queriam acreditar que sim, até porque essa partida é ridícula.

Ele simplesmente ficava lá e jogava a bola, é insultante.

Mas não parou.

Depois de alguns minutos, ele já tinha feito 8 cestas, o que deu 24 pontos.

Ninguém acreditava que eles tinham como vencer depois de levarem 24 pontos.

O jogo recomeçou, e novamente, a bola acabou nas mãos do rapaz.

Foi então que um dos alunos do outro time se virou para o rapaz, e com raiva gritou:

“Se você é homem, porque não tenta nos driblar? E daí que você é bom em jogar as bolas na cesta? Você nem consegue nos driblar.”

O rapaz olhou para a pessoa que falou isso e respondeu inexpressivamente:

“O objetivo não é ganhar? Depois de analisar, a melhor forma de vencer que pensei foi em simplesmente jogar a bola de longe. De tão longe dá três pontos por cesta, mas se eu lhes driblar, chegar até a cesta e acertar a bola, dá apenas dois pontos. Sem falar que leva tempo o drible, e portanto, a forma mais eficiente de se fazer pontos é jogando a bola assim que eu pegar na mão.”

O jogador ficou chocado com o raciocínio, e depois de pensar, fazia sentido.

Mas ele ainda não desistiu e respondeu:

“Do que adianta? Não estamos jogando apenas para ganhar, mas também para se divertir. Essa partida está muito chata. Assim que a bola cai na sua mão, a cesta acontece. Então qual o ponto de jogarmos se a partida fica tão chata?”

O rapaz assentiu e falou:

“Você tem razão. Não tem nenhum motivo para eu ganhar esse jogo, então porque eu devo ganhar em primeiro lugar?”

O rapaz então soltou a bola, e ela quicou no chão.

Assim que soltou a bola, ele parecia que iria sair da quadra.

O jogador tinha colocado um raciocínio, e no final desse raciocínio, a conclusão que ele queria que as pessoas chegassem é: Tal partida é muito chata, e não é divertida, então para ser divertida, ele deve parar de lançar as bolas e tentar driblar.

Mas a resposta que o rapaz chegou foi totalmente diferente do que ele queria. Ele chegou a conclusão que não tem que ganhar, já que não tem motivo.

O jogador que estava discutindo ficou chocado com a conclusão do rapaz e rapidamente foi pará-lo e falou:

“Você tem que ganhar para ser divertido. Quando a partida é difícil e tem muita disputa, se torna divertido quando se ganha. Então, para ser divertido, você tem que tornar as coisas difíceis. Todos aqui respeitam muito sua habilidade em arremessar, mas tal partida é muito chata, portanto, para fazê-la mais divertida, você só precisa tornar mais difícil ao tentar driblar… Assim, a vitória depois de uma partida difícil será mais satisfatória.”

Depois que falou, o jogador parecia bem satisfeito com seu argumento e esperou a resposta do rapaz.

Mas ele nunca, nem em um milhão de anos, esperaria a resposta que ele recebeu:

“Do que adianta driblar? Vai ser tão fácil ganhar quanto antes, a única diferença é que um dá mais pontos mais rápido, e o outro leva mais tempo e dá menos pontos, é a mesma coisa. Não entendo a sua lógica.”



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