Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Bczeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 47: Não Tem Algo Mais Desafiador Nessa Prateleira (3)

Olhando os pergaminhos das prateleiras, Mythro encontra diversas artes. Muitas interessam a ele.

Garras retalhadoras

Arte do tigre

Fortificação corporal

Cordas confinadoras

Dedo agulha

Chute Circular de fogo

— Tem uns nomes muito legais aqui!

”Muita coisa circense. Você vai pegar o ”Soco de duas faces”, ”Golpe Montanha de 3 poses”, ”Chão terremoto” e a ”mão buscadora de corações”.

— Okay, algo mais?

”As artes daqui são incrivelmente inúteis. Mas para o primeiro reino está bom. Eu lhe passarei uma verdadeira arte agora, ela se chama ”Aura Primal Mortal”.

— Eu vi outras artes chamadas auras, o que isso quer dizer?

”Aura tem várias definições, ela é a sensação que emana de um ser. Em artes, usamos a aura para algo que reveste a si mesmo. Você viu a ”Aura de Luta”, segundo o pergaminho era uma aura que deixava seu inimigo entender que você iria com tudo se ele atacasse, isso ajuda a afastar animais. Agora a ”Aura Primal Mortal” é uma Aura que o revestirá para os outros entenderem que só morte os encontrará se forem contra você. Fora outros benefícios, ela deixará seus ataques mais mortais, sempre com o máximo de intenção assassina que você pode produzir, e lhe deixará em fervor de batalha mais rápido. Quando eu entro em guerra, minha aura diz quem é o general.”

— Certo, as outras eu posso aprender depois, como aciono essa aura?

”Invoque sua imagem viva, visualize sua árvore, ela é a união com ”terra”. No primeiro reino você treina a junção de corpo e alma por intermédio da cultivação, assim são as artes que celebram máximo poder no primeiro terço. A ”Aura Primal Mortal” é junção de pura ira e desejo incessante de matar. Para cultivá-la, você deve aprender a revestir seu corpo e árvore ao mesmo tempo, e fazer seu sol coroado girar emanando máxima pressão de sua cultivação”

Mythro segue o que foi passado por Gornn, ele reveste seu corpo com energia cósmica, e move a névoa cósmica para se concentrar na árvore, seu sol começa a girar, diversos raios no meio de um nevoeiro podem ser vistos, eles ficam mais e mais irados.

”Agora visualize em sua mente, algo que lhe traga intensa vontade de matar, como o extermínio da vila da caça, libere isso de uma vez, assim a aura começará a se solidificar em você”

O pequeno NOVA pensa nos irmãos Hu, filhos de Hu Ping, matando os guerreiros da vila da caça, de como os cortes de Qi de vento de Riolo faziam corpos se estraçalharem no chão, e cair da ponte direto à fenda abismal. Isso faz com que a aura de Mythro fique vermelha como sangue, seus olhos dourados novamente ficam com partículas vermelhas, mas estas ficam cada vez maiores…

”O que você quer fazer com estas pessoas?”

— Matar! — As serpentes de energia saem de Mythro, vindo de suas roupas. Elas estão completamente eletrificadas e… vermelhas! Elas perderam o tom azul da energia cósmica e tomaram a cor da Aura Primal Mortal.

”Ótimo, seu potencial não falha, você está prestes a alcançar o cultivo normal desta arte.”

Mythro relaxa e as serpentes voltam para seu corpo.

— Que estranho, não lembro de ter invocado essa magia.

”Você tem uma cultivação viva. Dependendo da intensidade de suas emoções, sua cultivação vai manifestar suas artes automaticamente. Entre outras coisas que serão manifestadas enquanto você cultiva e aprende mais.”

— Gornn, tem algo ali.

”O quê?” — Gornn vira sua cabeça da área Shen de Mythro, ele então vê pequenos raios emanando de uma das últimas prateleiras.

O pequeno segue o barulho e os raios, chegando na última fileira de prateleiras. Ela tem um letreiro próprio.

Artes Impraticáveis.

Tinha somente 5 pergaminhos nesta prateleira, os três tinham cores diferentes.

Azul escuro, verde, marrom, vermelho e azul claro.

”Isso sim é interessante. Quem diria, artes perdidas de fora desse mundo, ande, as abra”

Mythro pega a primeira na ordem.

Mundo Azul

A arte neste pergaminho, vem do clã místico dos Peixes Yin Yang. E se chama, Mundo Azul

Ela contempla as 7 barreiras de compreensão e prática sobre sua maestria.

Maestrias: Início do Dao, Dao pré-formado, Caminho Trilhado, Dao Subalterno, Próprio Dao, Dao Santo e Dao Divino.

Para estudar esta arte é necessário que o portador tenha um sol de água, e nele estudar a grande palavra ancestral ”Morus”, e cultivá-lo aos diversos estados da água.

Aqueles que cultivarem esse caminho trarão santidade sem igual a qualquer água benevolente, poderão engolir mundos feitos de água e transformarem-se ao maior estado de Morus.

— Morus quer dizer água, não é?

”Sim. Esta arte será ótima para a menina Mits, é uma arte guia de Dao. Nela podem se nascer diversas artes únicas para o usuário.”

— Os peixe Yin Yang, são aqueles que nascem nas folhas das árvores que vão nascer sementes de véu, não são?

”Mais ou menos. Eles são a representação cósmica de equilíbrio. Esta raça mística são eles em carne e osso, mas eles são poucos, foram caçados cruelmente por aqueles que queriam seu cerne para poder alcançar o Dao supremo da água.”

— Aqui tem até maestria do Dao divino, o que é esse Dao supremo?

”Dao Supremo ou Dao origem significam a mesma coisa. É o início do Dao, é quando em um ser são guardados todos os segredos do caminho que ele trilhou. Um dos seres lendários que se sabe que matou um peixe Yin Yang, foi Ryujin, Deus dragão das águas. Suas histórias de crueldade são sem fim. Quando ele alcançou seu Dao, foi quando ele se tornou um Deus, ele invadiu 10 quadrantes, e tomou tudo que era líquido, gasoso ou sólido ou que provinha de qualquer vida nascida em água. Estes quadrantes entraram em completo colapso, Quadrilhões de vidas se perderam. Ele só foi parado quando em sua arrogância, ele tentou entrar na dimensão escondida dos palacianos, ele foi expulso, sem cauda, chifres e sem dentes.”

— Quem eram os palacianos?

”Eles cortaram vínculos com a criação de Caenn e Lornum, embora tenham nascido de um dos lados. Eles rasgaram uma parte do universo e adentraram em um lugar onde os cosmos não tocavam, o castigo celestial invocado quando tal evento aconteceu, é contado por imperadores e deuses de outrora como ”A manifestação de Pan Gu para os assassinos da criação”. Eles são considerados criminosos hediondos por terem criado um outro universo, dentro do nosso universo.”

— Isso é realmente possível?

”Antes deles, não. Depois deles, somente eles. O panteão de deuses que fez o reino dos palácios são considerados os mais poderosos vivos. E eles são seguidos por um Senhor dos Deuses, um grande ser no 12º reino.”

Mythro fica completamente surpreso. É a primeira vez que ele escuta Gornn falando sobre alguém no 12º reino.

— Qual é o seu nome?

”Não se sabe mais o nome dele, apenas o conhecemos pelo seu título. Uorne Mobrij Akalan YahWeh”

— Aquele que vai contra o criador.

”Muito boa tradução, o despertar de seu sangue está trazendo à tona o verdadeiro significado de ser um filho dos cosmos”

— Eu gostaria de o encontrar e ouvir dele sobre o Dao.

”Estou logo atrás de você, um dia talvez iremos pisar nos palácios. Abra o pergaminho azul claro, é a cor do relâmpago. Provavelmente é uma arte de guia de Dao”

Mythro então coloca a arte azul escura no saco cinza que ele carrega, ele pretende falar com Ariã depois. Ele passa sua mãos por cima dos outros pergaminhos, eles tremem, como se chamando por ele.

”Os pergaminhos tem senciência, eles clamam por seu sangue. Mas você já escolheu o caminho do relâmpago, antes de abrir o pergaminho, você deve entender que, embora seja chamado de ”relâmpago”, você não cultivará apenas o elemento. Você cultivará o significado, o que ele traz, suas mudanças e suas diversas possibilidades. E claro, não existirá mudança após o quarto reino.”

O pequeno NOVA não recua nessas palavras, ele pega o pergaminho e diversos raios se conectam em sua mão, e vão dançando por ele inteiro até chegar em sua barriga, no exato ponto onde está o dantian Jing, eles adentram diretamente o dantian e vão como chicotes até seu Sol. Ammit assiste a tudo, sentada e quieta, como sempre.

Mythro lê o título do pergaminho azul claro.

Lacrimoso fastígio das intempéries do relâmpago das trevas,

ádito da execração do ídolo

Quando o pergaminho é completamente aberto, os raios que eram azuis claros mudam de cor para completos raios negros. Sem nenhuma força para poder expulsá-los de seu corpo, Mythro cai de joelhos e sucumbe à uma visão tenebrosa.



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