Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 19: As Lutas Vão Começar

Naquela noite, Mits dormiu ao lado de Mythro. E enquanto ela dormia no seu peito, Mythro conversava com Gornn.

— O senhor Mitri ficou uma fera comigo.

"Não o culpe. Quando você tiver filhos entenderá que a menor ideia de perdê-los de vista, lhe fará querer massacrar reinos. E além disso, por ter o corpo com Samadhi bloqueado, eles se tornam mais irascivos, o Samadhi é o meio de desligar as emoções inúteis do corpo e alcançar o próprio nirvana, que não é nada mais do que o próprio extravio dos sentimentos que tem influências externas, ou internas e sejam consideradas negativas. Por eles não poderem seguir esse caminho, o contrário acontece.“

— Você tem filhos Gornn?

"Sim. E tenho muita saudade deles. São três, dois leões e uma leoa. Seus nomes são, Mufasa, Sinbad e Nala. Eles me trazem muito orgulho.“

— Eles são imperadores também?

"Eu não os vejo há mais de 40 mil anos, então não saberia lhe dizer. Na última vez que os vi, Mufasa era um rei-céu, Sinbad era um rei-terra. E Nala estava ascendendo a rainha.“

— Quais são as diferenças?

"Você é considerado ”Rei” a partir do oitavo reino. Rei-terra é o rei que acabou de se tornar rei, rei-céu é aquele que está indo para o nono reino, ou seja, está no topo do oitavo. E para ascender a rainha, bem, você já deve ter entendido.“

— Mm, sim. Eles são bem incríveis.

"Eles foram considerados os maiores talentos de todo o quadrante. Um pai não poderia estar mais satisfeito com seus filhos, foi por eles, que também pequei.“

— O que são aqueles… Kananzix

"Kananmis. Eles são outra raça mística. Existem diversas raças Divinas e místicas. Se fez uma colocação sobre suas cosmicidades, sendo que seres místicos são mais poderosos em seus respectivos quadrantes, enquanto os seres divinos não sofrem influência de onde nasceram, pois então, são fortes e continuam com seus talentos em qualquer lugar. Mas claro, tudo é como o ditado, ”um dragão em um ninho de serpentes, ainda perderá contra as cobras”“

— Isso quer dizer que independente se eu sou forte, se eu atacar as pessoas onde elas nasceram, elas serão mais fortes do que eu?

"Basicamente, mas claro, pessoas extraordinárias fogem dessa regra. Bem, meu pecado foi principalmente matar dois Deuses que protegiam os Kananmis.“

— Nossa… Você era tão forte assim?

"Não, eu já era um imperador quando aconteceu, mas estava longe da divindade. O que os Kananmis fizeram foi movimentar estes mesmos dois Deuses para ter o controle do quadrante ao qual meu clã tinha controle e maior influência. Eu nem teria me movido se fosse só isso, mas, para atingir o alto escalão do meu clã, eles mataram netos de todos os anciões, e até mesmo o filho de nosso atual líder de clã. Isso gerou uma raiva tremenda, mas as fadas interviram e disseram que não queriam uma guerra entre dois clãs divinos, se não as consequências para o quadrante e os cosmos seriam sem volta.“

"Mas… Como poderíamos ficar calados? Pelas sombras, lançamos torrentes de ataques contra os kananmis, eles mataram 100 dos nossos, nós matamos 10 milhões deles. E assim a guerra iniciou. Os leões sagrados de meu clã que alcançaram a divindade já entraram todos em hibernação. A lei entre qualquer Deus de raças divinas é que para sair da hibernação, um ataque das raças de Lornum tem que ser efetuado. Mas quem nos atacou eram nossos vizinhos, então nenhum deles veio à tona. A guerra foi amarga, nós sofremos baixas de milhões, e eles também, mas a quantidade de reis-céu e imperadores que perdemos nas mãos de seus Deuses foi excruciante. Foi aí, que eu me movi, e me provei no templo da sanguinolência. Lá o espírito de Saz, o diabo vermelho, me fez sacrificar minha divindade, e em troca disso, ele deixaria eu ornar sua coroa, e ascender à divindade.“

— Foi assim que você foi depois caçado pelos outros?

"Sim, depois que eu me tornei um falso-Deus, eu obtive poder incomparável até mesmo para aqueles no décimo primeiro reino. A coroa do diabo fez seu trabalho, me infectou com a essência núcleo do ser maligno e me deixou.“

— Espera, mas como se sacrifica a própria divindade?

"Não existem muitos meios para isso, e muitos desses meios elegíveis levam o ser a morte. O que Saz fez… foi comer minha divindade, para ajudar em sua cultivação.“

— Tem como pegar de volta?

"Sim, mas para isso, precisaríamos do poder de outro devorador. Quando a coroa me deixou e eu fui cassado pelos alto-clãs, eu busquei um meio de reconquistar o meu presente divino.

— Gornn, eu… eu vou retribuir isso que você está fazendo por mim. Eu vou alcançar a divindade, e vou matar Saz, e lhe dar sua divindade de volta.

— E eu vou ajudar o Mythro… — Mits diz, com voz de sono, mas com seus olhos abertos.

"O caminho até a divindade é árduo, bifurcado e cheio de provações além da imaginação. O que você fará quando cair, e já não ter mais forças para levantar?“

— Então, como eu já fiz nesta vida, vou me arrastar, comendo meu próprio sangue. — Os olhos de Mythro estão cheios de determinação, eles brilham dourado por um momento, e novamente, uma luz azul fraca o envelopa, e sua marca se move.

— E eu vou socar tudo até que não se mova mais! — Mits diz, também determinada, mas soa um pouco cômico, e os três acabam rindo.

Aquela noite se passou com um pouco mais de cultivação, pois os dois não conseguiam mais dormir. Gornn pregou sobre o Dao, e deu a eles um pouco de experiência teórica, e conselhos de como lidar com seus inimigos.

No dia seguinte as crianças foram levadas por seus pais direto para a Arena que havia no pátio central. As lutas finalmente começariam.

A arena do pátio tinha por volta de 80 metros de cada lado, sendo que era um belo quadrado feito de mármore.

100 Participantes acompanhados de seus representantes estavam lado a lado em volta do pátio, formando um círculo ao redor da arena.

O público tinha 4 bancadas de fileiras de escadas, onde podiam se sentar. Essas bancadas ficavam em X em relação a arena. E aqueles considerados convidados distintos, tinham uma bancada separada no centro superior do X. Lá também estava o senhor do abismo, lorde desta cidade, e do lado dele havia alguns outros senhores e senhoras e duas crianças.

O senhor do abismo se levanta e com um chifre que está em sua mão, ele soa para que todos fiquem quietos e escutem seu anúncio.

— Cidadãos do grande abismo. Temos hoje o prazer de ter Hu Ping como convidado, ele que é um raro artesão, general de um dos exércitos de nosso óctagono! E também hoje, ele traz consigo seus filhos, Hu Ming e Hu Xu.

O público grita quando a voz do senhor do abismo baixa. Um homem deste calibre vindo ao abismo significa boas coisas para seu futuro!

Hu Ping se levanta e estende suas mãos, em forma de pedir silêncio.

— Cidadãos do abismo, eu, Hu Ping, me sinto honrado em estar aqui, à pedido de nossa própria realeza, Mor Fumin.

Hu Ping então sai de sua posição, e estende sua mão à escada que dá acesso à posição alta dos convidados distintos.

Um homem anda com uma mulher em seu braço. Ela é bela, loira, corpo esbelto que até mesmo de longe, rouba suspiro dos homens. E atrás destes uma menina de cabelos roxos segue.

Mythro não poderia ser mais familiar com estas pessoas

— Fumin… Fashr e… Namhr…

"Esta é a ÉterDao… Sim, eu sinto… Ela já está passos a frente de vocês, seu despertar é lento, mas ela já está quase no segundo reino.“

— O que será que eles estão fazendo aqui, e como assim realeza? — Mits pergunta segurando o braço de Mythro, estando um pouco a frente de Trinto e Mitri.

Hu Ping recebe Fumin e Fashr com abraços e beijos em suas bochechas. Ele se curva três vezes para Fumin, então Namhr sai de trás dos dois e cumprimenta Hu Ping. Ele se vira e volta a falar.

— Esta é a filha de nosso senhor do norte, Mor Monach. Mor Fumin! Este é seu atual marido, Fashr, da vila de Fashr, e esta é sua afilhada, e filha de Fashr, Namhr!

O público grita novamente, ainda mais alto que antes! Se o rei deu sua filha em casamento a alguém do abismo, é certeza que as coisas vão começar a mudar!

Mas enquanto o povo glorifica a vinda de Fumin, Mythro sente seu coração pesar.

— Como isso aconteceu? — Ele murmura, incrédulo.

Mitri e Trinto se encaram, e também se perguntam o mesmo. Se o que Mythro disse foi verdade, como tudo isso se sucedeu a atual situação?

Pai e filho encaram Mythro e começam a se perguntar sobre a história do garoto.

 



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