Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 172: Os testes do Plano Aquático(1)

— O que será que os Yulang tem a ver com isso?

Arkab pergunta se aproximando do tablet e e o tocando. Parece querer descobrir o quão velho aquilo era.

— Cães mortais comem uns aos outros quando a fome começa a gritar morte em suas cabeças. Cultivadores não são muito diferentes disso quando se trata de morrer por velhice ou sem alcançar o topo. Veja o anfitrião do norte, em sua procura por poder aprisionou uma ÉterDao.

Mythro começa a estudar as paredes. Seus passos são vagarosos e cheios de intenção. Ele vai deixando pequenas marcas no chão.

— Meu Lorde? — Odyel pergunta, vendo as marcas sendo conjuradas.

— Sim?

— Para que as marcas no chão?

— Para aquilo no teto.

Os quatro olham para cima. Uma serpente marinha enrolada preparava em sua garganta uma poderosa esguichada de veneno. Suas escamas eram azuis claras, seus olhos negros e profundos.

Quando ela percebe que foi descoberta, ela cessa de acumular força física e espiritual e lança o líquido.

Odyel, Zara e Arkab lançam suas magias. O Druida faz uma parede de lava acima de todos. Os irmãos Camilitiafso lançam Qi de Espada que se torna cães que começam a subir as paredes e irem atrás da víbora.

Água começa a cair dos pilares que sustentam a caverna. As pinturas começam a brilhar e 4 runas podem ser vistas nas bocas de diferentes serpentes marinhas nas imagens.

Infelizmente para esse primeiro teste...

Alura lança uma cama de teias no teto e prende a serpente. A mesma estava no segundo estágio, mas para fugir da Pálida Júri ela teria que estar bem além. Os cães de Qi de Espada chegam ao teto e começam a se lançar na víbora, diversos cortes e mordidas começam a se gravar no corpo escamoso.

A água que começa a se juntar no chão é congelada pelas marcas do pequeno NOVA e, usando o gelo, Mythro ataca a serpente.

Pedaços brutos de gelo esmagam o corpo poderoso da serpente. A quantidade de energia contida no gelo não era brincadeira. Finalmente os poderosos músculos da besta cedem e ela cai, seu corpo começa a ser fatiado pela cama de teias, já que a serpente não mais consegue se envolver com energia cósmica ou endurecer seu corpo.

Puxando Éter, o pequeno NOVA corta o peito da serpente e três pequenas joias caem.

— Joias de Água.

Zara pega as três pequenas bolas carregadas de energia de água. Elas podiam ser usadas em formações e para fortalecer feitiços, assim como as Pedras Celestes na Condensação de Anima, porém, eram de uso único.

Usando o Qi de Nuvem que Éter produz, Mythro ataca as runas e autômatos pulam da parede e tentam fugir. Dois arcos aparecem no ar, do saco azul do pequeno NOVA, e serpentes cósmicas puxam suas cordas e destroem os autômatos.

As runas, perdendo quem as carregue, simplesmente flutuam com suas prévias ordens. Elas estavam ali para que a água que descesse dos pilares ficasse densa e pesada, impedindo os cultivadores que viessem de poderem lutar em suas máximas condições. Era para a serpente só ter atacado quando a água já estivesse relativamente alta, assim podendo eliminar com mais facilidade a todos.

Mas tudo foi evitado com muita facilidade graças aos dons naturais do pequeno NOVA.

Suife e os outros mal se moveram, ficaram observando tudo. Todos eles tinham ataques de menor alcance, então esperar a morte da serpente era o melhor a se fazer.

Mythro colhe as runas, e as refina a sua própria, em seu dedo. Além do grande salão há um corredor. Odyel vai na frente, analisando o terreno.

As paredes eram feitas de pedra aquamarina de 2 estrelas negras. Mesmo que Mythro quisesse, ele não conseguiria comprar esse tipo de minério. Elas eram extremamente escassas e valiam quase que o mesmo que uma pedra de 3 estrelas negras.

Os pilares eram feitos de pedra aquamarina revestida e lustrada. Um pilar destes deveria custar uns 120 bilhões. Milhares de pedras foram usadas para criar esse poderoso pilar.

— Imagino que tipo de grandes sectos e clãs viviam aqui antes dessa guerra de 1000 anos atrás. Uma estrutura dessa... Se nossa montanha não fosse banhada pela energia santa, com certeza nem nós teríamos um lugar tão bom assim.

Os quatro olham as pedras e concordam, movendo suas cabeças.

— Vamos revirar isso aqui, Lorde?

— Não. Depois de pegarmos o que há aqui, irei remover a runa e deixar esse lugar explodir.

— Por quê?

— Pedras aquamarinas... Se elas forem refinadas em um grande rio corrente, como o rio acima, elas podem alcançar a próxima estrela. Quando isso aqui for destruído, elas irão para cima, e no rio eu terei uma formação para poder refiná-las e torná-las nossas. Claro que não poderei pegar todas, mas o que eu pegar será instalado no Lago do Paraíso, tornando a próxima promoção da runa ainda mais rápida. Esse secto aquático pode ser o que precisávamos para tornar o Lago do Paraíso em um verdadeiro criadouro de plantas que precisam de grande nutrição hídrica.

De repente, um forte chamado é emitido do corpo de Odyel. Especificamente de seu dantian.

— Meu Lorde, está perto!

Todos se apressam. No final do grande salão há um grande tanque cheio de água túrbida e há três estátuas segurando este tanque. As três são feitas de pedra aquamarina de duas estrelas negras e tem formas de animais aquáticos. Um pinguim, uma sereia e uma serpente marinha.

— Como será que podemos passar desta fase?

Mythro move seu blazar e coloca seus Cristais Ars para poder fortificar e expandir o mesmo. Fazendo uma varredura completa, ele consegue ver o que o teste pedia.

— Havia três protetores na entrada. Nós só nos deparamos com um, que era a serpente marinha. Observem que há um olho faltando nas três estátuas.

Odyel e os jovem místicos olham com atenção e percebem que realmente, faltava um olho em cada um.

— Então o segundo teste é só para colocar a Joia de Água no olho da estátua? — Arkab pergunta, se aproximando do tanque.

— Parece que sim. — Alura diz, mas com energia em suas garras, preparada para qualquer tipo de emboscada.

— Mas onde estariam os outros monstros? O pinguim e a sereia?

— Provavelmente foram devorados pela serpente marinha enquanto ainda cresciam. Tanto tempo aqui embaixo, mesmo que por serem criaturas que usam a energia cósmica e necessitem de menos alimentos, ainda assim, em gerações os alimentos diminuíram a níveis alarmantes e elas desceriam em canibalismo. Provavelmente a partir da segunda geração, elas deixaram de alcançar o terceiro reino, dai em diante o custo de alimentação para sobreviver aumentou e provavelmente nesta geração, a serpente marinha jogou todo os preceitos para trás e devorou os outros dois. Ela estava muito forte para alguém com a cultivação dela.

Os quatro param para pensar sobre a força da serpente em particular. Mas eles falham em perceber muita diferença.

— Mas ela não morreu muito fácil? — Arkab, o mais inocente acaba comentando.

— Sim, ela não pode ser colocada no mesmo nível que vocês afinal. Odyel, percebeu as entradas nas imagens gravadas nas paredes?

Mythro comenta sobre buracos escondidos nas paredes.

— Sim, Lorde. Ela e os outros provavelmente entravam por ali até um lugar onde havia alimentos.

— Não seria mais fácil irmos por lá então?

— Arkab, se formos por lá, não vamos conseguir os tesouros deixados pelo secto aquático. Além disso, se a serpente desceu a nível de canibalismo para sobreviver, quer dizer que o viveiro que tem através das paredes está provavelmente desolado.

Zara repreende seu irmão por falta de visão. Nesses dois últimos meses ele amadureceu e aprendeu bastante, mas ainda tinha uma visão menor do que os mais velhos.

Puxando as três Joias de Água do seu saco azul, Mythro manipula sua energia cósmica e as leva pelo ar até as órbitas sem olho nas estátuas. Alguns minutos se passam até que algo aconteça. A água túrbida vai ficando mais clara e diversos itens podem ser vistos dentro.

— Nossa, olha quanta coisa boa!

Arkab pula e cai direto no tanque. Ele nada até os itens, uma adaga azul aqua e oito pílulas pequenas, jorrando pura energia aquática.

As cascas destas pequenas pílulas estavam soltando, como tinta velha. Era possível ver uma enorme quantidade de energia-líquida se movendo e cintilando. Era tanta energia que tinha um pequeno núcleo se formando.

— Isso... — Zara fica surpresa e seus olhos brilham levemente.

— Pílulas de segunda terra! Arkab, as traga para o Lorde. — Alura comanda.

— Sim, Líder de Castas!

O jovem Camilitiafso traz as pílulas e a adaga. Mythro dispensa a adaga, que era um tesouro natural no pico da segunda terra.

Alura inspeciona o item, mas no final, nenhum deles tinha grande afinidade com água além de Mythro. Alura pede para Zara guardar a adaga e quando seu uso fosse necessário, ela seria a mais rápida a desembainhar a arma.

— A quantidade nisso aqui é incrível. Deve ter sido fomentado por centenas de anos. Se não fosse a formação dos três monstros impedindo uma runa aquática de ser gerada, até mesmo primeira terra não seria impossível para elas. O pequeno núcleo já mostra isso.

Mythro comenta sobre as pílulas. Com a energia que estava nelas, ele poderia gerar mais 4 cristais! Claro, estes quatro cristais não são somente os dele, mas sim de todos que compartilhavam cultivação com ele.

Ele se senta rapidamente e começa a cultivar. Quando sua energia entra em perfeita circulação, ele joga as pílulas na boca.

A formação “Uma Árvore Fazendo Florestas” se manifesta. Linhas cármicas se mostram entre Nubia, Suife e Grásio, que tem suas cultivações diretamente ligadas a Natureza do Primeiro Reino de Mythro.

Seis Cristais Ars aparecem. Durante os dois meses na Gruta do Paraíso, o pequeno NOVA conseguiu construir mais um. Assim como todos os outros.

Uma energia calma, porém, pesada rebate neles. Mas se concentrando fortemente, eles conseguem lidar.

Não demora para que um Cristal Ars comece a se formar... Asteroides Ars também tomam forma ao lado dos outros três.



Comentários