Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Bczeulli


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 17: Pobre Aurio

— Mits! — O pequeno NOVA vê Mits sendo segurada por Mutima e teme por ela.

— Mythro… Mythro! — Mits fala alegremente.

— Tudo bem!?

— Tudo ótimo. — Mits diz inocentemente, abrindo um sorriso.

— Como assim? — Mythro fica acanhado.

— Essa moça apareceu no nosso quarto e…

— Nosso quarto?

— É… Quer dizer, o seu, mas como somos noivos, o que é meu é seu, né?

— Hã, sim? — Mythro olha para cima por um momento e pensa sobre os prós e contras disso.

— Chega. Os pombinhos que discutam mais tarde. Mits, vá para o lado de seu noivo. — Mutima comanda.

— Sim, vovó. — Mits é colocada no chão e corre para Mythro.

— Ela não pode ser sua vó, ela é muito velha, ela é tipo sua um milhão de vezes tataravó.

"Ai garoto!“ — Gornn que estava mais calmo de como as coisas estavam andando, parece ainda mais nervoso agora do que quando Aurio foi jogado para outro mundo.

— Um milhão de vezes o quê? — Mutima fica com um ar assassino denso, seus olhos começam a brilhar rosa, por um instante, Mythro sente como se ele fosse cair de um penhasco, direto em um lugar onde traças o comeriam vivo.

— Calma, vovó. — Mits diz, chegando ao lado de Mythro e pegando em seu braço.

"Senhora… Mutima, devo chamá-la assim?“ — Gornn pergunta com tom respeitoso.

— O que você quer ralé? — Mutima diz, fazendo bico e olhando para baixo descontente, pois um largado qualquer acha que pode falar com alguém de seu calibre.

"Sua beleza foi dita em lendas e mitos através das dezenas de milhares de anos, mas ver em pessoa tamanha majestade e magnificência, fazem que até mesmo eu, um ancião, pasme e fique maravilhado.“

— Nada mal. Criaturas divinas tem uma lábia divina, de fato. Muitos de vocês vinham beijar meus pés e lavá-los com o próprio sangue.

"Nada mais justo. Os leões sagrados são conhecidos por seu grande orgulho e vaidade, mas na frente de uma consagrada deusa, adoração é o curso natural de eventos. Senhora Mutima, se eu puder pergunt— .“

— Me chame de ”minha deusa”. — Mutima interrompe Gornn.

"Minha deusa… peço que me permita algumas perguntas.“ — Gornn fala sem receio.

Mutima busca seus cabelos com seus dedos e começa a enrolá-los, ela abre um breve sorriso e então se senta em uma pedra que estava por perto e cruza as pernas. Segundos depois, Aurio aparece pelo mesmo buraco de onde tinha sido jogado.

— Eu voltei! Mythro, Mythro está bem? — Aurio diz bem baixo, seu corpo demorou mais do que o esperado para se reconstruir, e levou muito de sua energia. Ele olha para o garoto que está bem e relaxa.

— Gornn está estranho.

— Gornn é esse lobo de cara achatada dentro da sua cabeça?

— Você consegue ver?

— Sim. É muito estranho, parece que uma lagarta plantou um ovo dentro de você, e esse ovo deu nisso ai. — Mits fala com uma cara de nojo.

— Ah, Aurio você voltou. — O pequeno diz, alegre.

Aurio que mal voltou ouve o que Mits diz, e começa a rir.

— Meu deus, que risada odiosa. — Mutima rola os olhos e estala os dedos.

Aurio que estava saindo do buraco, cai nele de novo. Quer dizer, é estalado.

— Para de fazer isso com o Aurio.

— Aquelas fadas inúteis fizeram um imperadorzinho qualquer guardião dos presos deste ventre. Tem uns 4 deuses presos aqui, e para impedir eles, um imperador? Aquelas luzinhas de merda acham que eu não tenho coragem de me rebelar e estourar tudo em um trilhão de quilômetros? — Mutima diz, sua face alva se tornando levemente vermelha pelas partes da orelha.

"Minha deusa, sua permissão.“

— Fale, seu lobo de cara achatada. — Mutima dá de ombros e desaparece, quando ela reaparece, ela está com Mits nos braços, acariciando e beijando seu rosto.

"Eu vi a cultivação da menina Mits, mas não reconheci o que está no centro da árvore da vida.“

— É a roda do Dharma.

"Eu pensei que pudesse ser, mas não acreditei.“

— E por que não? — Mutima joga Mits no ar e a pega de volta.

"Porque é um item sagrado passado pelo próprio Budha. Nele há contido segredos do próprio universo e sua criação. Nele está um dos caminhos para a verdade original.“

— É isso mesmo. Eu ganhei de Ramishr como presente de noivado. Casar com essa deusa é caro, hmph.

— Hmph! — Mits imita Mutima.

Mutima a abraça forte e sorri.

— Você é realmente muito bonita. Mas a Namhr é mais.

— Namhr… A ÉterDao? Ela despertou a pouco tempo, vai demorar para ela ficar mais bela que esta deusa. Mas, sim, ela será.

— Que estranho vovó, eu não achava que você ia aceitar isso tão fácil.

— Por que eu não aceitaria? Ela é de uma linhagem ainda mais divina do que as criaturas divinas. Ela é a fonte de onde tudo vem e acaba. Essa garota despertou porque outro morreu.

"Um ÉterDao morreu? Isso é possível?“

— Mas é claro. Embora eles sejam eternos, eles ainda podem ser mortos.

"Que tipo de poder é necessário para isso?“

— Talvez uma menina fofa com a roda do Dharma. — Mutima fala beijando as bochechas coradas de Mits.

"…“

— Quem são os ÉterDaos?

— Você não tem cacife para saber disso garotinho, bem, vamos logo terminar com o que vim fazer. — A deusa das transformações coloca Mits ao lado de Mythro e estala seus dedos, isso faz com que Aurio apareça atrás deles.

Aurio está mais deplorável que antes. Ele perdeu seu braço esquerdo e perna direita, e só metade da sua cabeça está intacta. Mas antes que Mits e Mythro pudesse ver essa horripilante visão, Mutima estala de novo seus dedos e Sacrovivo é restaurado.

"Os poderes de um deus são de outro nível mesmo.“

— Monte o ritual enquanto eu me observo. — Mutima comanda, e um espelho aparece no ar, ela o pega e começa a se encarar.

Aurio começa a se mover tão rápido que parece que um furacão acabou de se fazer na pequena caverna subterrânea. Em 5 segundos tudo está pronto.

— Que demora. — Mutima reclama, e estala os dedos. Aurio some novamente, e um novo buraco se forma.

— Mits, me prometa que você não vai ficar igual sua vó. — Mythro pega na mão de Mits e olha fundo em seus olhos.

— Tá bom! Ela também me dá medo às vezes. — Mits cora e promete a Mythro.

— Hmph!

O ritual que foi montado é o de concessão interligada de sangue. Neste ritual Mythro vai passar para Mits seu sangue e fazer com que as habilidades que foram trancadas sejam novamente libertadas. Mythro e Mits estão agora em volta de um círculo com diversas inscrições.

Mutima pega um bambu com suas duas pontas cortadas e se agacha perto de Mythro e Mits.

Ela pega a mão de Mythro e passa seu dedo no meio dela, isso faz com que um corte seja feito e sangue comece a escorrer. Ela então coloca o bambu em posição, e o pedaço de madeira suga o sangue de Mythro.

"Diga: Eu concedo meu sangue, tudo a ele relacionado a minha prometida, à ela o sangue, espírito e alma.“

Mythro olha para Mits e diz o mesmo que Gornn. Pois só assim Mits poderá se beneficiar realmente do sangue de Mythro.

Quando o pequeno termina a sentença, Mutima vira o bambu e o coloca na boca de Mits, o sangue passa pelo outro lado e a pequena começa a tremer.

Na sua espinha, uma marca aparece.

— Minha distante neta. Concentre-se, você deve ativar seu Dhyana inicial, o Vitakka.

Mits concentra-se ao máximo, ela sua, seu rosto muda de cores várias vezes, em sua testa, uma roda aparece e gira levemente.

— Vamos roda idiota, faça a neta dessa deusa uma grande cultivadora, a maior já existente.

"Ela com certeza conseguirá, minha deusa, agora para completarmos, só precisamos passar o sangue de Mits para Mythro.“

— Não haverá tal coisa.

"Como?“ — Gornn cerra os olhos na área Shen de Mythro.

— Shangdi proibiu.

"Mas… Por quê?“ — Gornn está surpreso.

— Eu não sei, mas essa deusa aqui é muito jovem para morrer. Então você pode esquecer de abrir o caminho do Samadhi para esse garotinho.

Gornn suspira, mas sabe que se até mesmo Mutima não pôde fazer algo, imagine ele nesse estado.

 



Comentários