Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BCzeulli e Heaven


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 113: Leilão(3)

“Karma colhido é cosmicidade.” — Quão esclarecedoras eram estas palavras?

Quem podia dizer que entende tudo acerca de cosmicidade? Alguns sábios diziam que um homem que possui grande cosmicidade, respira no mesmo ritmo e olha com os mesmos olhos, mas seria distinguido no meio de milhões.

“Cosmicidade é tudo antes do Dao.” — Antes de pisar no caminho, um tem o dever de primeiro, acumular cosmos.

O que é acumular cosmos? Ser a todo momento, aquele que assimila as virtudes da grande criação? Talvez.

Seja o que for, o Mythro do primeiro reino era um ser que já cultivava a mente e os mistérios da cultivação. Essas coisas sendo apresentadas para qualquer outro, seriam apenas deméritos, pois eles não teriam a origem correta para poder assimilar estes grandes segredos.

Mas quem era o pequeno NOVA? Filho de imperadores de duas raças diferentes e normalmente opositoras. Aquele que foi abençoado com o próprio Torá. A língua primordial rodeava sua Árvore da Vida, e seu dantian Jing guardava uma deusa, seu dantian Shen guardava um imperador.

Seus ossos guardavam ouro e seu coração uma bela joia vermelha(Rubi). Seus olhos dourados guardavam o augúrio das estrelas e as transformações terrenas e celestes.

Detentor da autoridade de Caenn e Lornum. Da linhagem direta de Numroharr, Progenitor dos Blazares cósmicos, filho do próprio Weh, criador de todas as trevas do universo. Um verdadeiro Zumb’la!

Ele não simplesmente estava acima das criaturas mortais, ele estava acima das criaturas divinas!

Acima dele, apenas os verdadeiros e altíssimos ÉterDao, os iniciadores do Dao, o caminho que é trilhado e para onde tudo vai!

Com a máscara de diamante de Arietem no rosto, Mythro passa a jornada quieto no meio dos outros. Ele pensa em Namhr.

Ele já perguntou uma vez ou outra sobre as movimentações da guerra. Ele queria saber se uma garota de cabelos e olhos roxos já foi avistada. Mas é difícil obter esse tipo de informação devido a sua classe de força.

Para poder entender sobre a guerra e participar dela, era necessário no mínimo estar no segundo reino.

Para obter informações de guerra e sobre o que acontece no front, era necessário ser um cultivador do segundo reino. Para participar na guerra, alguém tem de estar no segundo estágio do segundo reino.

Isso é devido as propriedades deste reino. No primeiro estágio do segundo reino, o cultivador deve criar pequenas pedras de energia condensada, e quando um ser neste estágio morre, essas pedras não somem, elas se solidificam e viram pedras de Qi de duas estrelas.

Pedras destas eram recursos de cultivação. Pense, em uma batalha com 100 mil guerreiros, se 10 mil destes morressem e cada um tivesse 3 asteroides, seriam 30 mil pedras Qi de duas estrelas.

É o suficiente para impulsionar outros cultivadores a um maior estágio. No meio da guerra, seus inimigos ficando mais forte enquanto você fica mais fraco… Isso seria letal!

Por isso apenas cultivadores do segundo estágio do segundo reino podiam ir ao front.

Com exceção de criminosos, era proibido tomar os asteroides de um aliado e absorvê-los. A própria terra absorveria a energia deste asteroide, mas levaria algumas semanas. Com certeza alguém as encontraria antes e não deixaria um recurso precioso desse ser tomado pela terra.

Era possível diferenciar os asteroides baseados nas características de cada clã. Por isso era impossível dizer que um habitante do oeste se confundiu e absorveu o cristal de outro habitante do oeste, pensando que era um nortenho.

Se colocarmos como exemplo Mythro. Quem poderia dizer que sua energia cósmica negra de atributo relâmpago é de algum outro lugar a não ser dele mesmo? Não haviam sectos ou clãs de relâmpago conhecidos publicamente na atualidade, então se alguém do oeste absorvesse seus asteroides após sua morte, era muito óbvio saber se ele fez isso por engano ou por avareza.

E é claro que seria a última opção.

Quinze dias não passam rápido, mas uma viagem cheia de pensamentos fazem quinze dias parecerem menores.

A jovem turma de expedição não esteve tão próxima a seu líder durante esses dias. As últimas palavras de Mythro para eles ainda não tinha cicatrizado. Embora, eles entendessem que foi para o bem que elas foram pronunciadas.

Eles começaram a se perguntar que tipo de perigo teria feito seu jovem professor ficar dias sem voltar para o clã. Eles ouviram falar também de Suife cavalgando como um relâmpago por dias a fio sem parar.

O que o teria feito correr por dias a fio sem parar com certeza não era algo normal. Os seis sabiam que em uma luta contra Mythro, Núbia, Grásio e Suife, eles não teriam a menor chance.

Mesmo assim, com esses quatro juntos, Mythro ainda assim foi ferido. O que teria sido deles então?

Emoções conflitantes batem em seus peitos. Principalmente na pequena Maki. Ela imagina um pequeno NOVA ferido, precisando de ajuda, e seus olhos se enchem de lágrimas.

Mirmo II Mapok e Mirmo Mapok sabem dos sentimentos da menina pelo seu jovem artesão. Mas não forçam o assunto. Por diversas vezes, Mythro mostrou não ter interesse romântico algum nela, e isso está muito claro. Mas a primeira paixão é algo da qual às vezes é necessário ser curada apenas com uma próxima paixão.

Tudo isso estava nas mãos do destino. Era uma época de crescimento para todos, e alegrias e tristezas devem ser compartilhadas.

Ao chegar no último percurso da vila Déka, já era possível ver diversas carruagens cheias de mortais a procura de lucro. Com certeza um evento desta magnitude não passaria batido e muitos vieram vender seus itens, vindo de todos os lugares do oeste de fora e do início do meio-oeste.

Existiam muitos clãs e sectos em todo o oeste. Mas alguns não viriam, devido a distância do local e também devido ao nível do leilão.

Muitos sectos e clãs do meio-oeste tinham um ou dois artesãos, alguns até mais. Por isso, itens de até o segundo reino eram itens fáceis de serem obtidos.

Os sectos do meio-oeste que comparecerão a este leilão são apenas aqueles que não tinham artesãos, ou aqueles que não tinham artesãos de armas, os desenhistas, ou artesãos alquimistas.

Por que artesãos eram chamados de artesãos, e não diretamente de desenhistas ou então de alquimistas? Era bem simples na verdade. Eles eram chamados de artesãos porque a forma dessa profissão era como esculpir a própria energia do céu e terra.

Os canais das armas por exemplo. Eles eram feitos para recriar efeitos pré-descritos pelos artesãos. Isso era basicamente reescrever um novo mundo, um novo ambiente dentro do próprio canal.

Com certeza era uma arte celestial. Por isso de forma genérica, desenhistas e alquimistas eram chamados de artesãos.

Eles eram separados por seus respectivos reinos para a categoria de terra e por estrelas dependendo de sua maior obra.

Tomando Mythro por exemplo, ele era um artesão Desenhista de quatro estrelas de quarta terra. Então suas armas eram para praticantes do primeiro reino, e possuía poder de aumentar o poder de uma arma até a 80%.

Isso com certeza era fenomenal. Uma arma desta só seria empunhada por jovens mestres e gênios dos sectos e clãs. Seu custo entre as armas de quarta terra seria muito mais alto, mas, com certeza seria um benefício equivalente.

Armas podem quebrar durante seus incessantes usos e batalhas. Em uma luta entre dois experts do mesmo reino e estágio, um sem arma e outro com uma arma, quem provavelmente venceria?

Indo em encontro a outro ângulo, quem gostaria de enfrentar um inimigo armado de mãos nuas?

Uma arma mais fortificada garantia mais durabilidade e força. Fora o próprio feitiço, que poderia ser alimentado previamente e utilizado sem gastar energia direta do seu portador.

Havia muitos cultivadores jovens e velhos dizendo que se você fosse emboscado por jovens de sectos malignos, você só sobreviveria se tivesse uma arma do artesão convidado do clã Espada sob o Sol nas mãos.

As armas dos sectos malignos eram feitas sob sacrifícios, e devido a isso elas ficavam geralmente mais fortes do que armas de 3 estrelas. Por isso, competir em armas contra eles era algo que poucos podiam. Usar seres vivos como sacrifício era um pecado! Proibido por lei no oeste, leste e sul.

Os únicos que permitiam essas artes em seu território era o norte. Mais um motivo para que eles fossem odiados.

Muitos diziam que o norte abrigava os sectos malignos. Até mesmo o sul tinha suas dúvidas com o norte. Mas ficar sozinho nesta guerra, era motivo para ser pisado.

Uma vez que você comece a montar o tigre, é difícil de descer dele.



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